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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sex | 01.04.22

Falta de jeito gritante

Purpurina
Depois duma sessão de estudo de inglês com o pai, diz-me a Lara, com toda a calma:  - Sabes mãe, gostei muito de estudar com o pai. Gosto muito mais de estudar com ele do que contigo porque tu gritas muito. Acho que devo estudar todas as disciplinas com ele. Eu, que não me ofendo com a opinião livre e não tenho qualquer ilusão quanto ao meu  (inexistente) talento para o ensino, concordei pronta alegremente com a minha filha de 8 anos.   Nota:Cá em casa os miúdos dizem (...)
Sex | 25.03.22

Os filhos salvam a nossa saúde mental

Purpurina
"Deixas-me louca!" Quantas vezes dizemos isso aos nossos filhos? E, se não dizemos, pensamos, muitas vezes, que estamos à beira da loucura. Às vezes tenho a sensação de que, nos recentes oito anos, a minha vida é uma repetição contínua entre dar comida à boca, limpar rabos, fazer máquinas de roupa, estender, roupa, arrumar roupa, cozinhar, preparar lanches, preparar mochilas, gritar com os miúdos para que parem de se aborrecer e de bater uns nos outros e tentar que a casa (...)
Sex | 11.03.22

Como tirar os miúdos da frente dos ecrãs?

Purpurina
Com uma grande dose de paciência e alguma convicção. Por aqui, temos fases. Nas fases de cansaço extremo, em que queremos só mais 10 minutos para dormir de manhã, o Milton, em modo semi-automático, liga a televisão aos miúdos. Nos dias em que estamos mais convictos e capazes de ouvir umas reclamações mais ou menos agudas, indicamos que não vai haver televisão e que devem entreter-se de uma forma mais rudimentar, que é como quem diz: brincando. A regra costuma ser sempre (...)
Seg | 28.02.22

Os livros que fizeram a minha filha de 7 anos começar a ler desenfreadamente

Purpurina
Quando a Lara nasceu, tinha muitas expetativas. Não sabia nada. Ainda sei pouco. Primeiro esperei que se mexesse, que sorrisse, que pegasse em alguma coisa com as mãos. Estava ansiosa para que brincasse e muito ansiosa para que falasse e começasse a conversar comigo (hoje em dia não é muito conversadora, gosta mais de criar coisas). Esperei que adorasse a irmã, depois o irmão e brincasse muito com eles, tanto quanto eu desejei fazer com um irmão  ou irmã que nunca tive.  So (...)
Qua | 16.02.22

As saudades que eu já tinha destas coisas

Purpurina
De modo que chegou o "Dia das Amigas" e os miúdos mais novos comemoraram, na escola, com um relógio criativo. Ahhhh a delícia de fazer trabalhos manuais destes (só que não). Bom! Acho que envergonhados não ficaram. Talvez o Eduardo tenha feito sucesso com o dele, todo brilhante, junto das amigas.  Eu, que não tenho jeitinho nenhum para estas coisas, faço um verdadeiro esforço, para produzir, junto com os meus filhos, alguma coisa que não os envergonhe e não deixe muito a (...)
Qui | 20.01.22

Maria e o seu interesse pelo Salazar

Purpurina
Apesar de grande parte das convicções que eu tinha sobre educação terem caído por terra depois de eu ter sido mãe e, automaticamente, bafejada com uma avalanche de realidade, algumas mantiveram-se: - Faço um esforço consciente para ensinar os meus filhos a serem tolerantes e a não se sentirem inferiores ou superiores a ninguém; - Tento que se habituem a comer bem e sem excessos; - Ensino-lhes, sempre que surge uma boa oportunidade, as partes da história do mundo e de (...)
Qui | 13.01.22

Eduardo #31

O asseado

Purpurina
Já tinha referido aqui que o Eduardo não pode ver um bocadinho de água na roupa que começa a gritar que está sujo. Imaginem quando, nas brincadeiras no parque, se suja mesmo. É um drama. Chega a gritar como se lhe estivesse a doer qualquer coisa e, nós, invariavelmente, não nos conseguimos impedir de rir. A última exigência dele, no que ao asseio diz respeito, foi comer de bata de pintura, daquelas de plástico, com mangas compridas. Eu ainda tentei demovê-lo, dando-lhe um (...)
Sex | 07.01.22

Maria #53

A auto cabeleireira

Purpurina
Tinha cortado o cabelo à Maria direito. Sem franja, sem escadeado. Direitinho. Depois, reparei que ela parecia ter uma franja. No meio dos afazeres, não pensei mais nisso. Noutro dia, vejo mechas de cabelo no chão da casa de banho... E reparo que a Maria tem o cabelo ligeiramente escadeado. Prometi-lhe que não ralhava e ela contou-me que tinha andado a cortar o cabelo, com a tesoura de cortar o cabelo que guardamos na gaveta da casa de banho, em dias diferentes. Queria (...)
Seg | 27.12.21

Pecados consumistas: os livros de atividades para os miúdos

Purpurina
É um ponto fraco, bem fraquinho, no meu caminho para uma vida cada vez mais minimalista. Não sei bem o que me dá mas, sempre que me deparo com livros de atividades para os miúdos, fico com uma vontade incontrolável de os comprar. Isto deve ter uma explicação qualquer. Provavelmente gostaria de ter tido estes livros em criança, provavelmente sou eu que gosto deste tipo de atividades e os miúdos nem ligam tanto... não sei. Os miúdos gostam de fazer as atividades dos livros, (...)
Sex | 10.12.21

Não há nada que nos salve de um mau conteúdo ou: o caso do boneco de neve

Purpurina
Sim, isto é sobre o tal anúncio de Natal, aquele em que uma menina se aborrece com todas as tentativas dos pais para lhe construir um boneco de neve, até que chega a salvação: uns óculos de realidade virtual que podem, finalmente, oferecer-lhe a realidade com que sonha. Chorei copiosamente a ver este anúncio. Eu e, felizmente e de acordo com os comentários que tenho visto no sítio do costume,  metade dos pais deste país. Foram uns óculos de realidade virtual, mas podia ser (...)