Já tinha decidido que não iria sair de casa naquele dia, nem sei bem porquê. O Eduardo chega de casa da avó com o pai, chega ao pé de mim, põe-me as mãozinhas na cara e pergunta, com a sua voz fofa e tranquila: "Mãe, podemos ir andar de escorrega? Podemos mãe, podemos?" Fomos. Saímos de lá pelas 22h00. Quem é que pode?
Começámos o desfralde do Eduardo há 2 meses e, muito sinceramente, sinto que está a correr muito bem. E agora vocês perguntam: - Ele já não faz chichi e cocó nas cuecas? Faz pois. Ainda no outro dia fez um belíssimo cocó na cueca, num jardim da cidade. E nem tínhamos muda de roupa. Resolveu-se com um rápido regresso a casa. - Ele já pede para fazer chichi e cocó? Raramente, mas antes era nunca, por isso já estamos a evoluir no bom sentido. Então porque é que eu (...)
Conversas das miúdas, enquanto as duas pintam desenhos em livros de pintar: Lara: “Maria, pinta bem.” Maria: “Vou dar o meu melhor.” Lara: “Está bem querida.” Maria, muito calmamente: “Já te disse que não gosto que me chames de querida.”
De manhã, a caminho da escola dos miúdos, reparo que está um polícia numa mota, à frente do nosso carro. Pergunto ao Milton: "O que achas que está dentro daquelas saliências laterais que o polícia tem na mota?" Responde ele: "Vassouras e esfregonas. Para o polícia limpar a cidade do crime." É isto.
Costumo fazer exercício físico, seguindo uns vídeos no Youtube. Os vídeos têm músicas animadas e os miúdos acham graça a fazer os exercícios e dançar com eles. Estavam os 3 muito entretidos a abanar o corpo ao som da música, quando o Milton perguntou à Maria o que é que ela estava a fazer. Responde a Maria: "Estou a fazer exercício, para não usar bengala quando for velhinha."
Desde que começámos os confinamentos, que o meu tom de voz foi subindo uns decibéis, tão naturalmente que, de acordo com as minhas filhas, parece que estou sempre a gritar e até parece que dou "Bom dia!" a ralhar. Eu diria que elas é que estão demasiado sensíveis, mas não temos tido grandes formas de nos compararmos com outros humanos. Até ao último fim de semana, quando fomos até um parque infantil ao fim da tarde. Estavam as miúdas a andar de baloiço quando ouvimos, a (...)
Para mim, portanto. Digamos que tenho uma personalidade ansiosa e um pouco controladora, o que me faz levantar a voz com facilidade e ter um toque nervoso na forma de falar, quando a coisa não está a modos de me parecer bem. Neste contexto, os meus filhos (em especial as raparigas) queixam-se um bocado e chamam-me "mãe gritona". Em minha defesa afirmo que não costumo andar aos gritos com os miúdos por tudo e mais alguma coisa. Tenho é uma forma de falar algo acelerada e um ou (...)
Tentamos ensinar os miúdos a negociar em vez de gritarem uns com os outros. Claro que nem sempre conseguimos evitar que se esbofeteiem como se não houvesse amanhã, mas vamos caminhando sempre no sentido da pedagogia. Ensinamos as miúdas a oferecerem ao Eduardo um brinquedo que possa interessar-lhe, sempre que quiserem algo com que ele esteja a brincar. Claro que também as ensinamos a conversar, a pedir educadamente, etc , mas convenhamos que oferecer algo para troca encurta em (...)
A situação é a seguinte: Estou sentada no sofá com o Eduardo, a chamar-lhe a atenção por ter estado a pular no sofá. E o que é que ele faz, esta formiga com 2 anos e meio? Encosta a cabeça para trás, fecha os olhos e começa a ressonar, fingindo que está a dormir.
Técnica para adormecer um menino de 2 anos, nada interessado na sesta
Purpurina
Eduardo, 2 anos e 7 meses. O Eduardo nunca quer dormir a sesta. Temos que o adormecer ao colo. Se o Milton o consegue adormecer sentado, eu só consigo com ele ao colo, em pé, a andar de um lado para o outro. É como fazer pesos no ginásio durante uns 15 minutos, com sorte. Estava eu com o Eduardo ao colo, ele a espernear por todo o lado, a dizer que não queria dormir e a dificultar-me muito a tarefa. Começo rapidamente a pensar numa técnica para domar aquele ursinho, que (...)