Desde que me lembro de pensar que me interesso pela felicidade (não nos interessamos todos?) e que faço um esforço consciente por estar feliz. Claro que a ideia que tenho hoje de felicidade é bem diferente da ideia que tinha há 10 anos, e há 20. E, arrisco a dizer, que hoje tenho uma ideia de felicidade mais realista e mais serena. Se antes felicidade - para mim - era sinónimo de grandes festas e muitas novidades, agora é muito mais simples e aconchegante do que isso. Geralmente (...)
Naturalmente a gentileza, a empatia, a alimentação saudável, o gosto pela aprendizagem, a ética, talvez a prática de desporto, a leitura, a música e tantos outros que dependem da dinâmica de cada família. Por aqui, para além do hábito de criar piadas tolas de hora a hora (é mais forte que nós), tentamos criar o hábito da leitura. Acho que este hábito se tem sobreposto a muitos outros, porque as miúdas adoram livros e desfolham-nos todos os dias e ainda não dizem bom dia (...)
A não ser que sejam histórias curtas, muito engraçadas e com uma moral associada. Atire a primeira pedra quem nunca começou a bocejar logo na primeira página de um livro infantil. É automático. Principalmente quando são livros cheios de páginas, sem interesse nenhum e lidos já umas 100 vezes. A Cinderela, por exemplo, é um desses. Até me arrepio quando uma das minhas filhas me vem pedir para ler a Cinderela pela 137ª vez. É uma tortura japonesa. Mas depois, quando temos (...)
Esta semana trouxe 13 livros da biblioteca mas quero destacar apenas 3 enciclopédias infantis que trouxe para a Lara. A Lara está numa fase em que adora aprender coisas novas e tem uma curiosidade imensa. Ainda me lembro de ser criança e ter essa sede de conhecimento que originava um rol interminável de perguntas que afligia os adultos. Creio que algumas vezes me respondiam uma coisa qualquer só para eu me calar e não me está a apetecer muito fazer isso com os miúdos. Com isto (...)
Lembro-me de ter uns 5 ou 6 anos e adorar uma disciplina na escola que se chamava "Expressão Plástica". Alguém se lembra disso? Pessoas dos anos 80? Havia colagens, picotagem, pinturas, plasticina... e eu adorava aquilo tudo. Era mesmo o que eu mais gostava de fazer. Sentia que construía mundos, inventava coisas bonitas e adorava sentir que podia criar com as minhas mãos aquilo que a minha mente ditasse. Dito assim parece um pensamento muito profundo para uma criança de 6 anos (...)
A Maria tem um novo livro preferido: o livro Pinkalicious. É a história de uma menina muito teimosa que fica cor de rosa depois de ter comido demasiados queques dessa cor. A história é simples mas contada com muita graça e eu interpreto o livro de uma forma muito teatral o que resultou num entusiasmo tal, pela parte da Maria, que desde que o trouxe da biblioteca até ao dia em que o devolvi, tive que o ler todos os dias. À volta desta história e tendo em consideração o (...)
Sou um "rato de biblioteca" desde os 13 anos, mais coisa menos coisa. As minhas filhas gostarem de livros é a coisa mais natural do mundo. Nem consigo imaginar como poderiam não gostar. Olhando "de fora" para o que têm sido os nossos hábitos com os miúdos em relação aos livros, consigo destacar alguns comportamentos nossos que podem ter estimulado este gosto pela leitura nas nossas crianças. Seguem, então, algumas dicas para incentivar a leitura nas crianças: Gostar de ler. (...)
Um livro sobre arte, que reune desenhos criativos e obras de arte intemporais. É muito diferente e estimulante para os miúdos e, por não ter texto, convida os pais a usarem a imaginação e criarem formas diferentes de "ler" o livro. Este é daqueles que a Maria me pede para ler várias vezes seguidas e eu não me importo mesmo de o fazer. É mesmo muito giro!
Trouxe este livro de Alpiarça, de casa dos meus pais quando a Lara era bebé. Nem me lembro dele ter sido comprado mas assim que o vi no meu quarto antigo quis logo trazê-lo. Gostei dele, essencialmente, por ter imagens reais de animais. Sempre achei muito mais didático e interessante ensinar palavras aos miúdos utilizando imagens reais em vez de desenhos. Neste momento é o livro preferido da Maria. Pede-me para lhe "ler" o livro várias vezes por dia e anda sempre com ele atrás. (...)
O meu primeiro livro "a sério" foi o Eva Luna, de Isabel Allende. Tinha 13 anos e andava no 8º ano. A ideia era trazer a Casa dos Espíritos, livro de que tinha ouvido falar na aula de português e que me tinha gerado muita curiosidade. A minha mãe foi à biblioteca busca-lo mas, como não estava disponível, a funcionária da biblioteca sugeriu, e muito bem, que trouxesse o "Eva Luna". Nunca tinha lido nada assim e, a partir desta leitura, decidi que o mundo e a minha vida haveria (...)