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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Qua | 22.03.17

3 anos de Lara

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No dia 13 de março de 2014 a minha vida transformou-se nesta coisa caótica e maravilhosa que é hoje: nasceu a minha primeira filha.

Lembro-me de, na inocência da ignorância, ir para o hospital (para provocar o parto) como quem vai para uma festa ou um parque de diversões. Estava feliz e leve como uma criança, embora a minha barriga parecesse um barril enorme.

Ao terceiro dia no hospital, nascia a Lara, com recurso a ventosa e eu, que ainda não sabia o que era ser mãe (e só vim a saber com o tempo) senti, acima de tudo, alívio. Naquela altura só queria que ela nascesse bem e depressa. Já pedia uma cesariana, qualquer coisa que me livrasse daqueles fios todos presos ao corpo e daquela cama onde passei quase 3 dias.

Mudei-lhe as primeiras fraldas a tremer muito. Estava muito nervosa. Não percebia nada de crianças e agora estava ali, sozinha, com uma criatura desconhecida que dependia de mim para viver.

E a Lara foi crescendo, foi ganhando personalidade. Quando deu a primeira gargalhada, com 2 meses, emocionei-me e chorei tudo o que não chorei quando ela nasceu: a minha filha estava feliz! Dava gargalhadas.

E o tempo foi passando e a Lara foi-se transformando numa menina tão carinhosa como desafiadora que me surpreende todos os dias.

A Lara é livre, alegre, tem um sentido de humor fantástico, uma teimosia de mula velha que não sei onde foi buscar, uma sensibilidade de peixes que joga mal com a minha frontalidade de sagitário, uma tendência para estar sempre a trepar coisas e a pular que me deixa os nervos em frangalhos, um jeitinho com as mãos que me deixa sempre emocionada e orgulhosa e uma forma de dizer que está zangada porque “A mãe portou-se mal” que me faz ter vontade de a abraçar e encher de beijos quando devia estar zangada.

A Lara ensinou-me uma forma de amor que nunca achei possível viver. O verdadeiro amor incondicional que me faz querer ser melhor, todos os dias, por ela e pela irmã.

A minha filha tornou-me melhor em muitas coisas. Tornou-me mais receosa, mais paranóica também, mas infinitamente mais feliz, mais paciente e muito mais consciente de tudo o que interessa realmente nesta vida.

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