Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Qui | 23.02.23

Dos momentos de televisão mais bonitos que já vi

Amar num mundo apocaliptico

 

Long Long Time.webp



Gosto de arte. Não sou grande conhecedora. Sou uma apreciadora, modesta, de coisas bonitas, bem-feitas e capazes de mexer com as emoções.

A minha forma de arte preferida é a música, seguida pelo cinema e depois pela literatura. Gosto de todas as outras, mas um bocadinho menos.
Vou classificando estas coisas de acordo com a forma mais ou menos intensa de mexerem com a minha mente e as minhas emoções.

Também gosto de séries, mais para entreter. Dentro das séries, a minha preferida é a “Breaking Bad”, mas já vi muita coisa diferente.

Dentro dos temas para séries (ou filmes) gosto de zombies e mundos pós-apocalípticos em geral. Às vezes enjoo um bocadinho destes temas mas, de tempos em tempos, gosto de voltar a eles.

Eis que comecei a ver a série “The Last of Us”, baseada num jogo com o mesmo nome onde um contrabandista e uma adolescente, atravessam os Estados Unidos num cenário apocalíptico, em que o mundo foi assolado por um surto causado por um fungo que transforma os homens em “monstros canibais” semelhantes a zombies. Estes ingredientes têm tudo o que é preciso para confecionar episódios sensacionalistas, violentos e gore.

Esta série tem tudo para ser “mais uma série de zombies”. Mas, curiosamente, não é.

O escritor Craig Mazin pega em todos os clichés que existem e transforma-os em obras de arte de uma beleza e sensibilidade comoventes. Foi o que senti quando vi o terceiro episódio da série: “Long, Long Time”.

Foi, com certeza, um dos episódios mais bonitos que já vi em séries. O enredo, as interpretações, a direção… tudo parecia ter sido pensado ao pormenor para passar uma maravilhosa mensagem de amor, otimismo e beleza. Que grande momento de televisão! Que obra de arte sublime!

Este episódio fala-nos de amor, de vulnerabilidade, de beleza, de otimismo, de humanidade e de esperança, num cenário rodeado de caos, miséria e incerteza. É maravilhoso!

Recomendo muito esta série. Está, com certeza, no meu Top 3 de todas as séries que já vi.


Ter | 14.02.23

Um bolo de maçã simples, rápido e muito saboroso

 

Dei por mim com montes de maçãs em casa e sem saber o que fazer com elas para que não se estragassem.
Vai daí, percorri o google à procura de uma receita fácil, rápida e que não levasse quilos de açúcar.

Acabei por encontrar uma que me deixou satisfeita  e que partilho aqui, com as alterações que fiz.

Gostei muito do resultado, achei que o bolo ficou muito saboroso e com uma consistência bem fofinha.

Vamos à receita de Bolo de Maçã:

Ingredientes:
- 4 maçãs
- canela em pó qb
- 150 g de açúcar mascavado
- 200 g de farinha de aveia
- 1 colher de chá de fermento para bolos
- 4 ovos
- sumo de uma tangerina (opcional)
- 50 g de manteiga

Preparação:

Descascar as maçãs e colocá-las, em cubos, no fundo da forma (usei um tabuleiro de vidro).
Juntar canela e o sumo de tangerina e misturar bem. Guardar.

Bater (pode ser na batedeira) a manteiga com o açúcar. Juntar os ovos e continuar a bater um minuto.

Juntar a farinha com o fermento e bater mais um pouco.

Deitar o preparado na forma, por cima da maçã. Se necessário, envolver e alisar a massa com uma colher.

Levar ao forno pré-aquecido a 180º  durante cerca de 30 minutos ou até ficar dourado por cima.

Bom apetite!

 

Qua | 08.02.23

Encontro pessoas gentis em todo o lado

gentileza.jpeg.webp

Provavelmente é porque devo apresentar um ar confuso e ligeiramente perdido em muitas situações, mas acho impressionante o número de vezes que encontro pessoas dispostas a oferecer-me a sua ajuda mesmo sem pedir.

Lembro-me de ter 18 anos e a carta de condução há pouco tempo e, enquanto fazia umas macacadas sem sentido com o carro, uns jovens noutro carro me ajudarem, sorridentes e gesticulando, a orientar o meu carro na direção correta. E garanto que os gestos não eram daqueles obscenos que encontramos muito no trânsito, eram mesmo de  simpatia (terei visto dos outros também, com certeza).

No outro dia, enquanto levava as minhas filhas ao karaté (o que nunca sou eu a fazer), um dos pais informou-me de que o local de recolha dos miúdos era num sítio diferente. O senhor percebeu que não era meu costume ir e talvez não tivesse visto a notificação do professor (que não vi, de facto). Se não fosse isso, teria dado com uma porta fechada e ficaria sem saber o que fazer durante um bom tempo, de noite e com o Eduardo atrás. Foi muito bom ter alguém a ajudar-me mesmo quando eu não sabia que precisava de ajuda.

Já fui abordada em São Francisco por uma senhora chinesa que estava a fazer uma prática de meditação e desenvolvimento chamada Falun Dafa, para me falar da prática (que é gratuita em todos os sentidos da palavra). Posso dizer que o pratico até hoje.

No outro dia, estava na rua a enviar uma mensagem a uma amiga com quem tinha combinado encontrar-me. Devia estar com um ar apreensivo porque o sitio onde íamos tomar uma bebida estava fechado. Fui imediatamente abordada por um simpático senhor, que,  achando que era uma turista, se ofereceu para me dar indicações. Ri-me e agradeci, dizendo que não estava perdida, mas achei  maravilhoso a disponibilidade para ajudar.

Também já aconteceu ir a uma roulote com o Milton para beber uma cerveja e, estando o local cheio de senhores (que não conhecíamos de lado nenhum)a ver um jogo de não nos deixaram sair de lá sem nos oferecerem uma cerveja.

Por outro lado, as minhas amigas emprestam-me roupa para os meus filhos, emprestam-me livros e dão-me conselhos imensamente valiosos.

A minha família, mesmo ao longe, está sempre disponível quando é preciso.

Podia dar exemplos sem fim da gentileza que testemunho todos os dias. Da minha parte, tento fazer uma gentileza por dia, se possível. Se não puder fazer mais nada, ganhei o hábito de sorrir para as pessoas. Eventualmente poderão achar que tenho um problema qualquer, mas pronto, há coisas mais aborrecidas. 

E por aí, que atos de gentileza têm testemunhado (ou efetivado)?

Seg | 06.02.23

5 razões pelas quais desencorajo o consumismo nos meus filhos

IMG_4919.jpg
O consumismo causa-me uma certa aflição. 
Não foi sempre assim. Tive os meus momentos de consumidora de roupa e sapatos. Ainda hoje tenho os meus vícios consumistas: caixas de plástico, vídeos do Youtube (daqueles que ensinam alguma coisa, de preferência) e lápis de cor. Tenho lápis de cor para 20 anos, calculo. Mas, por alguma razão, associo sempre o consumismo a uma certa inquietude mental, a um certo desassossego.

Em relação às crianças associo o consumismo a uma falta de oportunidade para lutar pelas coisas ou para apreciar o que se tem. Recordo-me sempre de um Natal em que lhes oferecemos muitas coisas e em que as miúdas rasgavam freneticamente papeis para deixar de lado os brinquedos dois segundos depois e, acabando de abrir o último presente, perguntavam se não havia mais, como se o ato de os abrir fosse o verdadeiro foco de interesse da coisa.

De modo que, por aqui, tentamos praticar e ensinar o minimalismo aos miúdos por cinco razões principais:


1) Acredito muito que os miúdos serão mais felizes e capazes de apreciar o que têm se tiverem menos coisas. Acredito, também, que o que lhes dá mais satisfação e gratificação é passear, estar com os amigos e construir coisas.

2) Quanto menos coisas tivermos, menos temos para limpar e arrumar. Essa razão, para nós, é muito forte.

3) Tentamos ser mais sustentáveis a cada ano e isso passa muito por evitar comprar coisas de que não precisamos. Claro que falhamos neste aspeto constantemente, mas o objetivo é ir melhorando.

4)Tentamos ensinar o valor do dinheiro aos miúdos, indicando que quantidade de comida (para nós e para para outras pessoas que precisem) podemos comprar com o dinheiro que evitamos gastar com coisas de que não precisamos. Acho que meço tudo pelo preço da comida que é capaz de ser daquelas coisas mesmo essenciais.


5) O materialismo é um assunto sensível para mim. Cresci numa época em que se dava muito valor a possuir bens materiais, desvalorizando-se outras coisas que, na minha opinião, eram mais importantes. Disto resultou que dou importância a tudo aquilo que não se vê e, consequentemente, ninguém nos pode tirar, como experiências, conhecimento, amizade, amor, vivências felizes e viagens.