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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sex | 30.12.22

Reflexões antes de dormir #1


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Invejo muitas coisas nos homens. Se for verdade que vivemos muitas vidas, devo ter sido um homem na última vida. E, se tudo correr bem, na próxima vida o género vai ser algo tão irrelevante para os outros como saber a cor preferida ou as crenças de cada um.

Isto para dizer que uma das coisas que invejo nos homens é a famosa “gaveta vazia” para onde eles correm quando a situação o exige e sempre com uma facilidade desconcertante.

Eu, que luto todos os dias com os novelos emaranhados que vivem na minha mente de mulher, também tenho uma “gaveta especial”. Mas não está vazia, nem se abre de qualquer maneira. Abre-se com a música adequada e está cheia de tecidos coloridos de organza com purpurinas.
Qua | 28.12.22

Objetivo para 2023: fazer mais do que mais gosto

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Para o próximo ano não vou estabelecer metas de reeducação alimentar, exercício físico, minimalismo, sustentabilidade, espiritualidade, auto-cuidado e muitas outras coisas que, felizmente, são cada vez mais populares.

Estas coisas já têm sido a minha meta (mais ou menos alcançada) nos últimos dez anos.

Este ano tenho como meta fazer mais das minhas atividades preferidas, daquelas que me dão muito prazer e me fazem sentir bem, feliz e leve. Acho que assim tenho melhores probabilidades de ser bem sucedida. 

 Para isso vou estabelecer objetivos mensais de leitura, sendo que para janeiro tenho o propósito de ler cinco livros: um da Jane Austen, dois do Gabriel García Márquez e dois do português Valter Hugo Mãe.

Claro que sinto um pouco que devo estar louca mas, na verdade, com menos tempo de séries e menos tempo nas Redes Sociais consegue fazer-se muitas coisas.

Vou-vos contando como está a correr.

E por aí, quais são as vossas metas para o Novo Ano?

Seg | 26.12.22

Como atenuar os efeitos de um mau comportamento, quando se tem quatro anos

Eduardo #44

                             

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Aprendi, com os meus filhos, que ter irmãos de idades próximas pode ser semelhante a viver na selva. 
Não raramente, os meus filhos andam à pancada uns com os outros. Sempre por bons motivos, com é evidente.

Ontem, por exemplo, durante uma discussão sobre quem seria o proprietário de um pijama com coelhinhos, o Eduardo deu um estalo à Maria que a deixou com a cara marcada.

Obviamente ralhámos bastante com ele e tivemos uma longa conversa sobre a forma como devemos tratar as outras pessoas em geral e os irmãos em particular.

À noite, enquanto estava ao lado dele na minha cama (ele adormece sempre na cama dos pais), a coisa que lhe dizia ele respondia: "Está bem, mãe lindíssima!!!!".

Como não rir?!!!!!

Qua | 21.12.22

50 factos (absolutamente irrelevantes) sobre mim

 

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1- Cresci em Alpiarça, uma pequena vila do Ribatejo.
2- Comecei a trabalhar, em campanhas agrícolas nas férias de verão, com 13 anos de idade. 
3- Estudei Comunicação Social, mas trabalho em Comunicação Empresarial. 
4- Entrei para a universidade com 17 anos.
5- Nunca reprovei nos estudos.
6- Tirei a carta de condução com 18 anos, mas atualmente opto por não conduzir.
7- Depois de acabar o curso universitário, fui viver para Lisboa sozinha. 
8- Antes de trabalhar na minha área de formação e depois de acabar o curso, trabalhei numa loja de roupa e como secretária numa empresa de recursos humanos.
9- Sou filha única.
10- Adoro música.
11- Não consigo ter as unhas grandes e corto-as sempre rentes.
12- Pinto o cabelo desde os 26 anos, e tenho cabelos brancos desde  muito cedo.
13- Tenho um leve transtorno de ansiedade que me fez tomar anti depressivos durante 2 meses. Depois engravidei do Eduardo e não voltei a tomar antidepressivos.
14- Tenho 3 filhos.
15 - Adoro ler.
16- Adoro cinema independente. 
17- Prefiro o cinema francês.
18- Sou apaixonada por Lisboa e sofro com a distância. Não sei explicar isto muito bem.
19- Sou agnóstica.
20- Pratico yoga todos os dias.
22- A minha bebida preferida é vinho tinto.
23- Bebo café sem açúcar.
24- Adoro estar rodeada de pessoas, mas também gosto muito de estar sozinha.
25- Uma das minhas atividades preferidas é estar numa esplanada a ler ou a conversar.
26- Não sei nadar (se não tiver pé).
27- Divirto-me como uma criança em parques aquáticos.
28- Adoro viajar.
29- Sinto-me atraída por tudo o que é diferente.
30- Adorava ser guionista.
31- Estou sempre a imaginar videoclipes na minha cabeça.
32- A biblioteca é um dos meus lugares preferidos.
33- A cinemateca de Lisboa faz-me sentir em casa.
34- Adoro comer.
35- A minha comida preferida é sashimi.
36- Não gosto de nutella.
37- Já vi a minha banda preferida ao vivo, na primeira fila, e foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida.
38_ Também já toquei no Tom Yorque. Fiquei a segurar a mão dele, firmemente, durante uns belos segundos e até hoje me custa a acreditar que ele seja real. Sim, tenho uma forte tendência para a idolatria, mas fazer o quê? O homem é um génio.
39- Adoro ler comentários a vídeos de música no Youtube. Muitos são geniais.
40- Desde que fui mãe, emociono-me muito facilmente.
41- Tenho muitos complexos com a minha pronúncia em inglês por isso evito falar a língua, mas, se for necessário e estiver entusiasmada, desenrasco-me.
42- Sou muito criteriosa com as pessoas com quem me relaciono e estou convencida de que os meus amigos são dos melhores espécimes humanos que existem.
43- Adoro conversar e sou muito tagarela.
44- Adoro pequeno almoço de Hotel.
45 - Sou sagitário e identifico-me com as caraterísticas do signo.
46- Não tenho tatuagens mas já fiz 3 piercings: debaixo do lábio, no umbigo e na língua. 
47- Uma vez, há muitos anos, fiz vários furos sozinha nas orelhas, com uma agulha.
48- Tento ser cada vez mais minimalista.
49- Adoro organizar coisas e fazer listas.
50- Consigo fazer muito bem a técnica de Yoga Nauli Kriya. Para quem não conhece pode ver aqui o que é (começa aos 5 minutos).

Seg | 12.12.22

Uma infância muito solitária

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A minha infância foi muito solitária. Tão solitária que, ainda hoje, sinto uma ponta de angústia quando percebo que uma criança não tem irmãos.

É um sentimento que em nada está relacionado com a criança em causa. É algo meu, muito pessoal e totalmente relacionado com a minha experiência.

Vivi a minha infância numa solidão imensa, não só porque brincava sempre sozinha, mas principalmente porque interpretava o mundo sozinha, geria sozinha os meus pensamentos e as minhas emoções.  E, muitas vezes, a imaginação que uma criança mistura com a realidade na construção da sua visão do mundo, não é colorida nem leve, mas cheia de medos e de incertezas.

Sempre senti muita falta de ter alguém com quem partilhar ideias, com quem viver as experiências mais banais do dia, com quem partilhar brincadeiras, as refeições, as descobertas, tudo e mais alguma coisa.

Antes de descobrir os livros e deixar a minha mente fugir para dentro deles, costumava desenhar muito, escrever, inventar histórias e brincar com os gatinhos que ia encontrando e levando para casa. Lembro-me de conversar com as flores do quintal e inventar uma família dentro de cada vaso. Todas as galinhas e coelhos da minha avó tinham nome e uma personalidade própria.

Claramente, poderia ter-me beneficiado conviver com mais pessoas da minha idade quando era pequena.

Lembro-me de inventar grandes debates onde eu fazia as vezes de fortes oponentes que, como advogados de causas opostas, discutiam avidamente um assunto fraturante.  

Talvez tenha sido por ter tido uma infância tão solitária que hoje tenho três filhos. Como qualquer pai ou mãe, esforço-me por lhes dar exatamente aquilo de que senti mais falta. Não sei se é o melhor para eles, mas é algo de que me orgulho muito.

Vê-los a crescer juntos, a partilhar experiências, a fazerem desenhos uns para os outros, a chamarem os irmãos para lhes mostrarem novas conquistas, coisas que já sabem fazer e coisas engraçadas que descobriram,  aconchega a criança que fui.

Hoje gosto de alternar momento curtos de solidão com momentos, muito mais longos, de convívio. Gosto de estar sozinha para voltar àquele lugar especial na minha mente onde encontro todo o tipo de coisas estranhas e fantásticas, mas, depois, preciso de voltar ao mundo aconchegante onde existem outras pessoas, pessoas que podemos abraçar e com quem podemos conversar.


Sex | 09.12.22

10 ideias de presentes para meninas de 6 anos por menos de 10 euros

christmas-3861993_1280.jpg              Imagem de Jill Wellington por Pixabay 

Está a chegar o Natal e, entre toda a magia das luzes e da boa vontade que cresce nestes dias, temos, também, os presentes para comprar.

E, para quem tem filhos pequenos, a "necessidade" de comprar presentes não surge apenas no Natal. Ao longo do ano, surgem as festas de aniversário dos amiguinhos da escola e, muitas vezes, existem aniversários todos os meses, senão todas as semanas. Com três filhos, já me aconteceu ter 3 aniversários na mesma semana.

A não ser que se tenha uma renda avantajada, torna-se complexo investir mais de 10 euros em cada presente, quando existem muitas ocasiões que exigem oferta. Assim, achei que poderia ser útil dar-vos algumas ideias de presentes que custarão, no máximo,  10 euros.

São presentes que ofereço e que os meus filhos também gostam de receber.
Desta vez, as minhas sugestões são para meninas de 6 anos (também serve para outras idades, claro). Se acharem este tipo de publicação útil, digam nos comentários que faço mais, para diferentes idades.

Vamos, então, às sugestões:

1- Um diário ou um caderno bonito com uma caneta. 
2- Livros. Não costumam ser baratos, mas há edições muito boas a valores abaixo de 10 euros. 
3- Puzzles.
4- Bijuteria. A Maria adora anéis, pulseiras, colares e tudo o que se possa imaginar de bijuteria.
5- Plasticina. Temos várias opções de valores e os miúdos adoram.
6- Livros de atividades. São uma boa opção e existem para várias idades. Podem ser livros para pintar, desenhar, escrever, com autocolantes, etc.
7- Escova de cabelo. Pode ser uma escova com espelho, uma escova de viagem ou com uma personagem temática.
8- Acessórios para cabelo: elásticos, molas, bandeletes.
9- Mealheiro. Se for engraçado e já tiver uma ou duas moedinhas, ainda melhor.
10- Caixinha de papel para guardar joias. É um clássico para meninas e agrada sempre.

Têm mais ideias? Escrevam nos comentários. 

Beijinhos 

Seg | 05.12.22

Fiquei uma semana sem carro e sem telemóvel

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Na semana passada o nosso carro foi para a oficina e lá ficou durante uma semana. Ao mesmo tempo o meu telemóvel, que andava a funcionar cada vez pior, deixou de funcionar de todo. Comprei outro, em segunda mão, mas demorou uma semana a chegar por correio.

Fiquei, assim, sem carro e sem telemóvel.

Obviamente que não é nenhuma desgraça, mas  acho que poderia ser encarado como um aborrecimento. Mas não foi. De todo. 

Passei muito bem. De manhã, fazíamos todos uma bela caminhada até à escola. À tarde, a mesma coisa. O Eduardo, pouco habituado a andar muito a pé, fazia umas birras pelo caminho durante as quais se sentava no chão, recusando-se a fazer o caminho de outra forma que não fosse ao colo ou às cavalitas. 

Parecendo que não, com 4 anos, é um rapaz bastante encorpado de modo que essas opções estavam fora de questão.

Fora isso, foram uns passeios bastante agradáveis. Andámos literalmente entre os pingos da chuva muitas vezes e, sempre que precisávamos mesmo de carro, usávamos um táxi.

Quanto ao telemóvel, foi um descanso. Eu já não sou muito ligada ao telemóvel, por isso quase não notei diferença. para falar com o Milton e outras pessoas, usava o Facebook no computador.

Das Redes Sociais, não senti grande falta. Já as uso apenas para  publicar conteúdo, ver publicações da escola e falar com algumas pessoas mais facilmente. 

O facto é que li bastante mais e não senti falta de nada em particular. Começo a achar que encarar estes pequenos contratempos com tranquilidade faz com que eles, praticamente, se resumam a nada. Não sei se é da idade, da maturidade ou de todos os podcasts de mindfulness de que consumo, mas cada vez me chateio menos com as coisas.

E por aí, já ficaram sem telemóvel e carro durante muito tempo?