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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Qua | 22.06.22

Férias na ilhaTerceira com três miúdos e muita chuva

Decidimos fazer uma férias curtas numa ilha vizinha: a ilha Terceira. É perto, as viagens são mais baratas e pareceu-nos uma boa ideia conhecer melhor, em família, outra ilha dos Açores. Contávamos com algumas dificuldades logísticas, com algumas vontades para gerir, e com a possibilidade de chuva. Tivemos de tudo. Mas adorámos cada momento!

Para a Maria e para o Eduardo, seria como andar de avião pela primeira vez, porque viajaram muito bebés e não têm qualquer memória disso. Para mim e para o Milton também seria interessante porque conhecemos muito pouca da ilha Terceira.

Otimistas, como sempre, colocámos na mala colete, braçadeiras, fatos de banho e toalhas de praia. Razoáveis, como às vezes nos calha ser, auscultámos a previsão do tempo para aqueles dias e não deixámos de acrescentar aos itens otimistas casacos, t-shirts de manga comprida e calças. No final das contas, usámos mais os artigos de inverno do que os de verão.

Choveu todos os dias. Num deles torrencialmente.

 Mas, estranhamente ou não, divertimo-nos muito e aproveitámos a viagem tanto como pudemos, praia incluída.

Por isso, e muito resumidamente, posso dizer que correu muito bem, mesmo sendo a primeira viagem maior com os meus três filhos e mesmo com a chuva que nos acompanhou praticamente todos os dias.

Faço-vos um resumo muito breve da viagem para dar nota das formas que encontrámos para contornar as dificuldades (que não se resumiram às chuva) e das soluções que encontrámos e que nos permitiram usufruir bastante destas mini férias.

Resumo das nossas férias na Ilha Terceira

Viajámos de tarde o que se revelou uma boa hora. Almoçámos em casa, calmamente, e apanhámos um táxi para o avião, com bastante antecedência.

A viagem de avião foi curta (cerca de 30 minutos) e correu muito bem. O Eduardo adormeceu ainda antes do avião descolar e as miúdas adoraram andar de avião e ver as nuvens de uma perspetiva diferente.

Na Terceira tínhamos um carro alugado à nossa espera e aproveitámos para ir fazer compras de mercearia antes de fazer check-in no Alojamento local que alugámos.

Chegámos à casa ao final da tarde e aproveitámos o resto do dia para nos instalarmos, preparar um jantar rápido e descansar da viagem.

A casa era ótima, com um quintal muito giro, um baloiço de pneu numa árvore e brinquedos para os miúdos. Na casa também existiam muitos brinquedos, jogos e livros para os miúdos. Foi um extra muito bom. Ficámos sempre num só piso (embora existisse um segundo piso com um quarto) que tinha dois quartos,  a cozinha e a sala em open space e a casa de banho. Os miúdos ficaram num quarto com beliche que tinha  TV, um luxo do qual eles nunca tinham usufruído antes.

No segundo dia fomos a Angra do Heroísmo, uma cidade lindíssima, com praças maravilhosas, casas coloridas e flores por todo o lado. Posso afirmar com segurança que é uma das cidades mais bonitas que vi no nosso país e fez-me lembrar Lisboa muitas vezes, numa dimensão reduzida. Entre os chuviscos conseguimos ir ao belíssimo jardim do Duque e provar queijadas de batata doce numa esplanada situada  numa praça muito acolhedora ao lado de uma das coloridas igrejas da cidade.

Durante uma chuvada maior fomos ao Museu de Angra que muito me impressionou pela coleção completa e interessante que alberga. O Eduardo foi difícil de entreter no museu (queria mexer em tudo) e, com a colaboração do Milton que tomou conta dos miúdos o tempo todo, eu pude ver toda a coleção com a atenção possível. Confesso que sou o rato de biblioteca e de museus da família.

No terceiro dia  voltou a chover. Pouco incomodados com isso fomos ao Algar do carvão, ver um vulcão por dentro. Mais um local impressionante, diferente e muito bonito. Fomos todos e, apesar de ter bastantes escadas, o local era seguro para crianças pequenas, como o Eduardo.

De regresso aos Biscoitos, parámos no Bar "Queijo Vaquinha" onde os miúdos comeram gelados e queijos. Depois do lanche ainda passámos, a caminho, na Lagoa das Patas, um espaço muito bonito, com um lago, muitos patos e baloiços para os miúdos.
Para jantar contávamos comer uma boa alcatra num dos restaurantes que nos tinham sido recomendados, mas estavam todos cheios e reservados para os dias seguintes. Sem nos atrapalharmos muito, comprámos três pratos em Take Away e defrutámos dos melhores pratos de carne que já comi na vida, no aconchego da casa que alugámos. Nem consigo descrever como a comida estava saborosa... A alcatra estava deliciosa. Muito boa mesmo. Comprámos no restaurante "O Caneta".

No quarto dia, aproveitámos uma aberta para tomar o pequeno almoço no quintal, mesmo antes de mais uma grande chuvada.
Depois, rumámos à Praia da Vitória com fatos de banho e toalhas na mala. Chegados ao nosso destino, os miúdos foram os três à água e muito se divertiram, apesar da água estar gelada e estar um vento que nos encheu o cabelo e as orelhas de areia. Depois... começou a chover, claro. 

Mas, antes de regressarmos a casa, fomos comer ao Bar da Prainha, um bar muito pitoresco, localizado ao lado de uma praia pequenina onde os miúdos ficaram a brincar na areia, enquanto os pais desfrutavam de algum sossego na esplanada. Aproveitámos cada "aberta" do tempo para fazer o que podíamos.

No quinto dia o tempo melhorou e só apanhámos alguns chuviscos. Decidimos voltar a Angra do Heroísmo e visitar o Monte Brasil. A caminho parámos no miradouro da Serreta onde pudémos apreciar uma vista maravilhosa de um planalto da ilha Terceira. Fiquei impressionada com a beleza daquele campo de retalhos verdes... Muito bonito mesmo.

Almoçámos em Angra e fomos explorar o Monte Brasil, o que gostámos muito de fazer. Entre uma vegetação mais baixa que aquela a que estamos habituados em São Miguel, encontrámos um escorrega enorme que fez as delicias dos miúdos, um veado bebé, à beira do caminho (mas não perdido), um papagaio colorido e  vários pavões, um deles enorme e bastante exibicionista que ficou um bom tempo a abanar-se e a exibir a penugem lindíssima à nossa frente.

Ainda tivemos oportunidade de visitar as piscinas naturais dos biscoitos que são muitas e muito bonitas. As piscinas têm condições excelentes, com vários guarda-sois de palha, casas de banho e parques infantis. Não tomámos banho porque o tempo não o permitiu, mas ficámos com vontade de voltar numa altura de sol e calor.

Regressámos a casa no dia seguinte, pela hora de almoço, depois de um voo tranquilo, apesar de não termos conseguido lugares juntos no avião que já estava cheio. Ficámos perto uns dos outros (embora não juntos) e os miúdos portaram-se ainda melhor. Parece-me que é uma nota mental a fazer para futuras viagens.

E foi isto, pessoas simpáticas. A primavera anda um pouco tímida para estes lados, mas nada que nos impeça de desfrutar de uma ilha bonita como a ilha Terceira.

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