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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sab | 30.10.21

O que fazer com os miúdos em dias de chuva #1

Estão a chegar os dias de chuva e frio e prevê-se que os próximos fins de semana sejam passados em casa. Vai daí é preciso ocupar os miúdos com algo mais que a televisão. Se já estão fartos de puzzles, de plasticina e de fazer bolachas, hoje recomendo que façam bonecos de meias velhas. É divertido e fácil. 

Aqui vai a receita, mas não se prendam por ela. Misturem os ingredientes à vontade e até podem juntar outros. 

Bonecos de pano


Material necessário:

- meias velhas;
- enchimento de almofadas ou restos de tecido;
- botões;
- pompons;
- cola;
- agulha e linhas;
- cartolina colorida;
- acesso ao Pinterest para tirar ideias.

Depois, é só usar a imaginação.

 

Qui | 28.10.21

Um dos meus (poucos) vícios

Comer sem cozinhar.

Afirmo com convicção que, se não tivesse mais onde investir o dinheiro, investia muito em bons restaurantes.

Como até tenho onde investir o dinheiro, não faço disto um vício (ao contrário do que o título indica), mas uma coisa especial para fazer de vez em quando.

E, nos Açores, come-se mesmo muito bem: peixe, carne, marisco, vegetais, doces... há por onde escolher.

O problema é que a coisa está cada vez mais inflacionada, mas, de facto, não me importo de pagar para comer bem. Lá raramente acontece pagar bem para comer menos bem, mas é raríssimo.

Deixo algumas fotos de comidinhas que tenho petiscado aqui e ali.

Por aí? Algum restaurante que queiram sugerir, para troca de ideias?

Começo eu: Restaurante Alcides, em Ponta Delgada, e o restaurante que fica no Bar da Praia da Ribeira Quente (não sei o nome mas tem umas pizzas maravilhosas).

 

Seg | 25.10.21

Produto do mês: máquina de fazer panquecas


Foi a melhor compra do mês, sem dúvida. Bom... também não me lembro de ter comprado mais nada no último mês. Seja como for, foi uma excelente compra.

O que se passa é que não sei fazer panquecas. Ou melhor, não sei fritar panquecas. As minhas saem todas tortas, desfeitas ou queimadas, não há volta a dar.

Mas agora já não. 

Agora faço panquecas e tortilhas na perfeição. E parece que também resulta bem em bolachas e pastéis de bacalhau.

Para já fiz tortilhas, panquecas simples e umas panquecas de especiarias  (semi inventadas por mim). Ficou tudo excelente. Mesmo! Muito bom!

Estou fã.

Nós comprámos uma máquina que faz quatro panquecas de cada vez, mas existem só de duas e, seja como for,  a cozedura é muito rápida, entre 2 a 3 minutos de cada vez.

Recomendo muitíssimo.

Qui | 21.10.21

As máscaras que passámos a usar fazem-nos ver as pessoas mais bonitas?!!!

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Há cerca de dois anos que, em certos contextos, só vemos as pessoas de máscara. É o caso de cabeleireiras, esteticistas, funcionários de lojas, restaurantes, entre muitos outros.

Um dia destes, dei por mim a refletir num fenómeno que achei interessante e que, julgo, atingirá a maior parte de nós.

Quando tenho algum tempo para conversar com alguém que está de máscara, imagino o seu rosto de determinada forma, de acordo com as impressões que tenho da pessoa. Se é uma pessoa simpática, imagino-a com um rosto leve e bonito. Ao contrário, se é uma pessoa com modos antipáticos ou bruscos, imagino-a com traços carregados e pouco estéticos.

Quando existe oportunidade de ver o rosto real das pessoas, chego a ficar verdadeiramente surpreendida. Há pouco tempo aconteceu-me ficar muito surpreendida com a beleza do sorriso de uma pessoa que eu imaginava apagada e feia. Inconscientemente, passei a simpatizar muito mais com ela, até porque foi mais fácil perceber outros detalhes importantes na comunicação, como o sorriso, que antes não estavam visíveis.

Também já me aconteceu o oposto, as pessoas serem menos bonitas do que eu imaginava. Chego a  ficar um pouco abatida nessas alturas, como que a achar que devia haver uma justiça divina que fizesse coincidir a beleza exterior com a interior (isto pode ser um pensamento parvo, bem sei, mas estou a escrever-vos com toda a franqueza).

Isso também vos acontece? Imaginam os rostos das pessoas com características que, depois, se revelam muito diferentes da realidade?


Seg | 18.10.21

Um livro indispensável para educar crianças... e adultos.


Trouxe-o, um pouco por acaso, na minha última visita à biblioteca, e foi amor à primeira vista. Olhei para a capa do livro e gostei logo. Depois de o ler, reforcei o sentimento.

É um livro com uma mensagem muito simples: nenhuma escolha, desejo ou gosto pessoal são exclusivos de raparigas ou rapazes. O que importa é que nos sintamos felizes, mesmo que as nossas escolhas sejam diferentes do habitual.

Adorei a mensagem que é, na verdade, a que tento passar aos miúdos todos os dias.

Por aqui temos variedade de gostos e de escolhas: tenho uma menina que adora bonecas e vestidos vaporosos e brilhantes; uma menina que adora jogar futebol e detesta bonecas e vestidos de folhos; e um rapaz que adora brincar aos monstros e jogar futebol, mas também gosta de cor de rosa e vestir os tutus das irmãs. E todos estão certíssimos, contando que estejam felizes e que façam as suas escolhas a partir das próprias vontades.

Qui | 14.10.21

Eduardo #27

O animado

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O Eduardo teve febre no inicio da semana e ficou comigo em casa. 
A febre era baixa e ele esteve sempre muito bem disposto e animado, apesar de ter alguma tosse.

À tarde já ele perguntava pelas irmãs e quando poderia ir para a escola com elas. Dizia que tinha saudades das irmãs, dos amigos e das professoras.

No dia seguinte, tendo acordado sem febre, decidimos que o Eduardo ia para a escola.

Quando estacionámos o carro, na escola, o Eduardo começou a gritar e a pular de excitação e entusiasmo ao ver os amiguinhos. Não estão a ver bem a cena... Eu e o Milton até ficámos um bocadinho atrapalhados com o entusiasmo do rapaz, era algo digno de notar!

"Amigooooooos!  Professoraaaaaaaaaa!" Gritava ele. (Na verdade ele gritou o nome da Educadora, mas por questões de privacidade não posso escrever) 

Nunca vi nada assim! Este ainda é mais entusiasmado com a escola do que a Lara!

Seg | 11.10.21

Como afastar um admirador indesejado, de forma natural e muito eficiente

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Como devem calcular, esta história foi vivida pela prima em 3º grau, de uma conhecida, de uma amiga distante, de uma amiga minha.

Até  posso descrever brevemente a personalidade dessa pessoa, que nem conheço de vista, mas saibam que estou só a usar a imaginação. Como já disse, não conheço a senhora em questão. Para nos orientarmos, chamemos-lhe "a nossa amiga".

Tenho uma ideia de que a nossa amiga é um tanto ou quanto espevitada. Talvez seja uma pessoa determinada e efusiva, muito confiante e segura em relação às suas convicções e à forma como utiliza o seu tempo.

Bom... acontece que esta mulher, adulta, segura, muito elegante e extrovertida, dá nas vistas. É de todo impossível não dar pela sua presença.

Já se sabe que, mais tarde ou mais cedo, estas pessoas carismáticas começam a atrair atenções menos desejadas.

Foi o caso.

Um senhor, seu colega, com uma personalidade morna e que no seu todo se mostrava desinteressante para os criteriosíssimos requisitos que a nossa amiga exigia em situações de romance tinha, também, um defeito incontornável: um estado civil não compatível com as suas intenções românticas.

O homem, com idade para ter todos os dentes do siso na boca há pelo menos 20 anos, era insistente. Sempre que se apanhava sozinho com a nossa amiga brindava-a com uma ou duas tiradas escusadas e um pouco constrangedoras.

A nossa amiga não se atrapalhava muito e ia-se esquivando bravamente às suas investidas. Mas o homem, ou não percebia que estava a ser impertinente ou era mesmo, apenas e simplesmente, um grandessíssimo chato.

Nisto, uma ocorrência totalmente aleatória, resolveu a situação de vez.

A nossa amiga, sempre atenta a um estilo de vida saudável, terá abusado um pouco nos brócolos ingeridos ao almoço. Nada que a apoquentasse muito até que, ao final do dia, ao entrar no elevador para ir a um departamento no primeiro piso levar alguma documentação necessária, sentiu uma vontade enorme de se aliviar de um gás que lhe causava algum desconforto abdominal. Muito despachada, assim fez, calculando que, àquela hora, a empresa deveria estar vazia e não iria importunar ninguém.

Mas a sorte, neste dia, ia sorrir (ou gargalhar) à nossa amiga.

O elevador descia lentamente, demasiado lentamente para o cheiro petrificante que adensava o ar daqueles 3 metros quadrados. Eis que... de repente pára.

A nossa amiga não tem fuga possível.

E eis que... do 3º andar entra o nosso Don Juan, alegre e sorridente com a perspetiva de estar sozinho com ela num espaço tão privado.

Em menos de 2 segundos, o sorriso esmoreceu no seu rosto e foi substituído por uma expressão de choque. 
A viagem de três andares decorreu num absoluto silêncio.

Sabemos que o senhor se mantém vivo e operacional depois daquela viagem de elevador, mas as suas investidas românticas em relação à nossa amiga cessaram imediatamente.

Podia dizer que a nossa amiga, desenvolta e bem humorada , conta esta história entre gargalhadas. Mas só posso tentar imaginar. Não foi a mim que me contou. Ouvi isto em terceira mão. 

De qualquer forma, fica a dica para afastar admiradores inoportunos: podem usar brócolos, repolho ou couves em geral. Se estiverem muito aborrecidas e os quiserem fazer desmaiar, experimentem um dentinho de alho cru, picadinho, logo de manhã. Em jejum. 

E não digam que neste blogue não se aprendem coisas úteis.

Qui | 07.10.21

Lista essencial para um armário minimalista de criança

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               Photo by Bess Hamiti from Pexels


A roupa e sapatos dos meus 3 filhos cabe num roupeiro de duas portas.  
Tenho no roupeiro apenas a roupa que está a ser utilizada e guardo na arrecadação toda a roupa que ainda não serve ou de outra estação.

Posso dizer que ainda sobra espaço no roupeiro e ele não é nada grande.

Cada um dos miúdos tem toda a roupa de que precisa e muito pouca roupa extra, o que torna tudo muito mais simples: o tratamento de roupa, a arrumação, a escolha das roupas na hora de sair e toda a logística necessária de cada vez que muda a estação.

Partilho convosco a lista de roupa que tenho para cada um deles, sendo que as necessidades variam de criança para criança.  Pode ser necessário ter roupa específica para a prática de desporto, por exemplo.  A Maria, este ano, é capaz de ir para o ballet e vai precisar de comprar roupa e sapatilhas para isso.
Por vivermos em São Miguel, gostamos de ter um fato de banho  mais velho e escuro de reserva, para irmos às piscinas de água quente, mesmo no tempo mais frio.  Já gorros é algo que não nos faz falta por aqui, porque o clima não é assim tão frio e as camisolas dos miúdos costumas ter capuz.

Posto isto, deixo-vos a lista básica de roupa para ter no roupeiro das crianças, no Inverno. Serve para rapaz e rapariga. Será de adicionar tudo o que, posteriormente, fizer falta. 
Aprendi que não vale muito a pena comprar roupa e sapatos em excesso para as crianças, para o caso de poderem ser uteis mais tarde. Com a exceção de básicos, que podemos comprar nos saldos para o próximo ano, tudo o resto que comprarmos pode nunca vir a ser usado, o que é uma grande chatice para a carteira e para o ambiente.

Segue a lista, agora sim, sem mais delongas:

- 10 meias
- 7 collants (para os mais friorentos)
- 15 cuequinhas
- 4 meias antiderrapantes para usar em casa (andamos sempre descalços em casa)
- 8 calças de fatos de treino
- 8 camisolas de algodão de manga comprida
- 6 sweat shirts quentes
- 3 pares de calças de ganga
- 1 casaco quente
- 2 casacos de fato de treino
- 5 pijamas de manga comprida
- 1 roupa mais formal para alguma festa
- 2 t-shirts para quando o tempo começar a ficar mais quente
-2 pares de ténis
- 1 par de galochas ou botas 
- Uns sapatinhos mais formais (Às vezes nem tenho e uso uns ténis mais discretos. Compro mesmo só se tiver que ser, para um casamento ou uma festa da escola. Nos últimos dois anos, por exemplo, não comprei porque estivemos sempre por casa por causa da pandemia.)

E é isso minha gente.  Os miúdos têm, basicamente, roupa confortável para ir para a escola, algumas calças de ganga para os fins de semana e uma roupa mais arranjadinha para as festas e eventos especiais.

Não os emboneco todos para sair ao fim de semana porque geralmente vamos para parques e jardins e eles querem é correr, saltar e subir a árvores. Por aqui andamos sempre muito práticos e simples: pais e filhos.

Nota do editor ao serviço da transparência deste blogue: A Maria já gosta de brilhos, folhos e coisinhas mais mimosas. No caso dela vou abrir uma exceção e talvez o Pai Natal lhe traga umas roupinhas cheias de purpurinas  para ela desfilar nos passeios de domingo. 

Ter | 05.10.21

Não consigo ser minimalista nisto...

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Praticamente todas as semanas vou à biblioteca e venho carregada de livros.
Muitas vezes, trago mais de 20, sendo que, com os cartões de toda a família, posso trazer até 25 livros de cada vez.

Na última vez que lá fui, na loucura, até trouxe dois livros para mim: um de Ken Follet, um triller muito atual sobre a ameaça duma pandemia, e uma autobiografia da Patti Smith, uma escritora e música que admiro pelo pouco que conheço, e que quero conhecer melhor.

Para os miúdos trouxe Atlas, histórias para lhes ler, histórias para a Lara começar a ler sozinha, alguns livros sobre bons modos para o Eduardo e uns livros amorosos, cheios de purpurinas e imagens deliciosas em tons de cor de rosa, que eu adorei e desconfio que a Maria também vai adorar.

E pronto, minimalismo aqui não há. E podia haver. Às vezes são tantos livros novos que deixam de ser especiais. Um ou outro acaba por ficar esquecido no meio dos outros.

Para já, vou deixar as coisas desta forma e vou exercendo o minimalismo noutras áreas da minha vida, como os passeios por Redes Sociais, por exemplo.  

Por aí, o que é que nunca é demais ter?

Sab | 02.10.21

Eduardo #26

O cuidadoso

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O Eduardo pediu para comer uma banana cortada às rodelas e eu, querendo proporcionar-lhe alguma independência,  coloco a banana descascada num prato e, ao lado, deixo uma faca de refeição normal, de adulto (daquelas que não cortam nada).

Ele, ao ver a faca ao lado do seu prato, pega nela e, todo indignado, vira-se para mim e diz-me que não pode usar aquela faca: "Mãeeeee, esta faca é muito perigosa para mim. É muito grande!!!!"

E vai à gaveta buscar uma pequena faca de bebé para cortar a banana.