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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Qui | 30.09.21

Maria #52

As tangerinas

 

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A Maria está numa fase em que adora clementinas (chama-lhes tangerinas) e pede todos os dias para comer uma.

Estávamos na cozinha e ela estava a alinhar algumas "tangerinas" na mesa, junto duma laranja. Supostamente a laranja seria a mãe das "tangerinas".

Depois a Maria, desenvolvendo toda uma história na sua cabeça em que as frutas eram as personagens, disse: 

"Lá vão as tangerinas tangerinar por ali."

Seg | 27.09.21

A melhor compra do mês #1

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Duas considerações iniciais:

- Adoro homewear, roupa confortável sem ser feiosa, para estar em casa e sair sem problemas se tiver que ser.
Por mim, até dormia com ela e levantava-me já vestida para o dia. Bom... com um banho a intermediar, claro.

- Penso muito antes de adquirir seja o que for.  Cada vez mais. Se vou comprar alguma coisa, tem que ser algo que faça realmente diferença na minha vida.

Posto isto, informo que experimentei, pela primeira vez, umas luvinhas para os pés (meias com dedos). Comprei-as porque calhou não haver outras na loja que me parecessem confortáveis, embora já tivesse visto uma amiga com umas iguais.

Confesso que tinha algumas reservas em relação ao conforto de umas meias assim, ainda por cima um pouco mais caras que as outras meias, mas assim que as experimentei, adorei! São muito confortáveis mesmo, até faço Yoga com elas. Recomendo totalmente para quem, como eu, não usa sapatos em casa.

Estou fã e acho que vou passar a comprar sempre destas. 

Para quem quiser saber, comprei-as na Decathlon (que, por sinal, bem podia patrocinar aqui o estaminé).

Qui | 23.09.21

Quem nunca #1

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Viu os filhos a fazer grandes cagadas, dignas de um grande ralhete, mas fingiu que não viu para que eles se continuassem a divertir?

Sou eu. Ainda esta manhã.

Depois de estarem vestidos e de pequeno almoço tomado, se sobra tempo até sairmos de casa, eles ficam a brincar uns com os outros (ainda estamos com o regime da televisão apenas aos fins de semana).

Hoje, estranhei a ausência de choros e de discussões entre eles, substituídos por uma grande galhofa de gritinhos e gargalhadas.

Espreitei e estava o Eduardo em na cama de cima do beliche, onde a Lara dorme, a arremessar peças de Lego Duplo às irmãs, que se protegiam num forte construído com almofadas e cadeiras.

Tão queridos!

Seg | 20.09.21

Os 7 maiores desafios diários de uma mãe de três

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Há algum tempo, pedi que vocês me dissessem o que gostariam de ler por aqui e a Anita mencionou as dificuldades do dia a dia com 3 crianças pequenas.

Achei um tema excelente, até porque às vezes acho que não falo muito das dificuldades quotidianas que sinto. Parece que nas alturas mais desafiadoras acabo por escrever menos. Na verdade gosto mais de trazer soluções do que problemas, mas falar dos problemas pode fazer parte da solução. Nem que seja para irmos trocando umas ideias, não é?

Então quais são os principais desafios com que tenho lidado?


1- Dar atenção individual a cada um dos meus filhos.
Para mim, com a correria dos dias, é muito complicado dar uma atenção especial a cada um dos meus filhos. Sempre que possível, tentamos passar algum tempo sozinhos com um filho, à vez, mas muito menos do que gostaríamos.
Com a Lara, antes dos irmãos nascerem, fazia muito mais coisas giras e especiais, só as duas e com o Milton. Agora, é realmente difícil.

2- Educar.
Isto, minha gente, é o mais difícil de tudo. Noites sem dormir, birras e tudo o mais não se comparam à responsabilidade que sinto por ter que educar seres humanos. É o mais difícil e, ao mesmo tempo, é o melhor. O primeiro desafio passa por nos educarmos a nós próprios. Somos o principal exemplo dos filhos e não adianta de nada querermos que eles sejam algo que nós não somos. Falo por mim. Todos os dias faço um esforço consciente para ser mais organizada e, principalmente, mais calma. É muito difícil e já vejo nos miúdos algum nervosismo parecido com o meu. Isto, é o que mais me custa. Todavia, o que faço é conversar muito com eles. Explico-lhes, inclusive, porque é que sou tão ansiosa e o que faço para melhorar. Eles veem-me a fazer Yoga e meditação e já sabem que, a partir do fim da tarde e à noite, fico meio descompensada.

3- Encontrar tempo para mim e para o casal.
É complicado, mas fazemos por ter esse tempo. Às vezes, eu e o Milton almoçamos juntos enquanto os miúdos estão na escola e, mais raramente, tiramos um dia de férias para estarmos só os dois. Claro que passamos metade do tempo a falar dos miúdos mas, mesmo assim, é muito bom.
Para mim, tento tirar uma hora por dia, de manhã, para fazer Yoga e meditação, mas nos últimos tempos não tenho conseguido acordar cedo. Neste caso é uma questão de força de vontade e organização.

4- Viajar.
Nem sei se é bem uma dificuldade porque nem tentámos. Nunca viajei de avião com os 3. Neste momento, parece-me impossível. Bagagens, miúdos a correr de um lado para o outro em locais desconhecidos, é simplesmente um cenário em que não me quero colocar este ano.
Para o ano, logo se vê. Para já, fomos acampar, aqui na ilha mesmo, e foi uma maravilha.

5- Gerir a relação e os ciúmes entre irmãos.
Quem não é novo por aqui, sabe que sempre quis ter irmãos. Nunca tive e, talvez por isso, romantize muito a relação entre irmãos. Custa-me especialmente, por isso, ver os meus filhos a brigar. Quem tem irmãos já me disse que é super normal e não invalida, de forma nenhuma, que venham a ser grandes amigos no futuro. Estou a contar com isso.
Para já, vou usando alguns truques para gerir a relação deles. Escrevi sobre isso aqui.
Outra coisa que me deixa mal é quando revelam ciúmes uns dos outros em relação a mim. Juro-vos que é-me impossível pensar que algum dos meus filhos se sinta menos amado que outro. É algo que me custa mesmo muito. Sei e compreendo que existam afinidades diferentes mas, para já, nunca poderia dizer que que me dou melhor com uns filhos do que com outros. Claro que tenho maior tolerância com o Eduardo, que é mais pequeno, mas essa tolerância tende a diminuir à medida que ele vai crescendo e espero um comportamento diferente dele. Acho que é mais por aí. O Milton diria já que não é nada assim, mas ele é livre de vir aqui comentar nesse sentido. :P


6- A logística de roupas, livros e brinquedos.
Isto eu resolvo com o minimalismo e muita organização (tanta quanta a que eu consigo ter). É muita roupa para lavar, brinquedos para arrumar e material escolar para organizar. O trabalho existe e, por mais que me organize, há sempre muito esforço associado.
Apesar de eu e o Milton repartirmos todas as tarefas de casa, esta parte da organização das coisas dos miúdos fica para mim. Na verdade, gosto de o fazer. Tenho uma costela (muito ténue, diga-se) de Marie Kondo. Toda a roupa da estação dos miúdos está num roupeiro de duas portas, todo o material escolar em duas pequenas secretárias e uma estante, e todos os brinquedos num móvel de arrumação e 2 baús. Cá em casa, o minimalismo é a solução. Temos o que precisamos, sem grandes excedentes.

7 - As consultas médicas, reuniões da escola e outros eventos.
Felizmente, tanto eu como o Milton, trabalhamos em empresas e com pessoas que nos permitem ter flexibilidade para estes assuntos. No nosso caso, trabalhamos por objetivos, embora com horário normal, e podemos fazer o que necessitamos e compensar o trabalho de noite. Tem corrido muito bem, mas é sempre estranho quando tenho 3 consultas na pediatra num mês, ou 3 reuniões da escola. Parecendo que não, faz uma diferença.

Por aqui são estes os maiores desafios que sinto como mãe de três crianças pequenas.
O facto é que sinto, também, que as coisas tendem a melhorar bastante, principalmente no que diz respeito à logística e ao trabalho mais físico relacionado com os filhos.
As questões tornam-se diferentes e os desafios são outros.

E por aí, quais são as maiores dificuldades da parentalidade? De pessoas com 3 filhos ou com 2 ou 1.

Qui | 16.09.21

Eduardo #25 3 anos

O comilão desenrascado

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Talvez por ser o meu terceiro filho e eu querer muito mantê-lo pequenino enquanto for possível, parece-me que o Eduardo está a crescer mais rápido do que as irmãs.

Olho para ele e vejo um mini homenzinho, cheio de personalidade e discrição, a fazer valer as suas vontades com alguma diplomacia ou usando a força bruta quando lhe apraz (ou julga que é o caminho mais eficaz).

Fez 3 anos há um mês e já não usa fralda, nem de dia nem de noite. Imaginava que com ele fosse tudo mais difícil e lento, mas foi o contrário. Não me lembro da última vez que fez um chichi ou cocó fora do sítio e já nem nos damos ao trabalho de perguntar se ele quer ir à casa de banho.

Este ano está no recreio da Maria e, tal como a Maria fazia com a Lara antes, agora é o Eduardo que anda atrás da Maria nos intervalos. A Maria queixa-se imenso, não empatizando com o irmão que se limita a fazer o que ela fazia há bem pouco tempo atrás.
Creio que o Eduardo não se enrasca muito com as tentativas da Maria de o dissuadir. Vai atrás dela na mesma, talvez encorajado pela simpatia de uma das amiguinhas da Maria que parece gostar dele e brinca muito com ele.

Comilão, como sempre, o Eduardo deixou de nos pedir comida assim que acorda de manhã. Assim que percebemos que ele está acordado, bem podemos correr da cama para o encontrar com os pés em cima de um banco da cozinha e a cabeça e os braços dentro do frigorífico, a servir-se do que lhe apraz para o pequeno-almoço.

Ele agora está assim: decidido e pouco motivado para seguir as nossas instruções no sentido de se afastar do frigorífico. Deseja comer alguma coisa específica, não entende porque é que insistimos em dar-lhe outras coisas, e resolve o assunto por si, indo buscar o que lhe apraz.
 
Bom... não consigo ficar muito zangada com ele. É convicto e desenrascado.

Seg | 13.09.21

Temi desmaiar umas quatro ou cinco vezes no caminho de volta... mas foi bem bonito.

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Tirei um dia de férias e fui com o Milton fazer o trilho da Rocha da Relva, que fica muito perto de Ponta Delgada e que ele tinha feito, sozinho, uns dias antes.

Já não fazia um trilho sem crianças há uns 8 anos, de modo que este passeio me soube pela vida.
 
Logo antes de começarmos vimos chegar um rapaz de uns 10, 12 anos, suadíssimo, seguido pelo seu ofegante pai. Confesso que pensei que deviam estar em baixo de forma, não me estava a ver ficar naquele estado com uma caminhada de 2 horas. Ah, a doce ingenuidade.
 
Começamos a caminhar com entusiasmo e confiança.
 
Descemos tranquilamente até à Rocha da Relva, contornando grandes cocós de um animal grande num caminho muito pitoresco de cimento e pedra, contornado por uma uma paisagem deslumbrante sobre o mar.

Passámos por quintas e casinhas muito pitorescas e fomos acompanhados, a determinada altura, por um atrevido grupo de gatos de várias idades diferentes, mas suficientemente semelhantes para podermos concluir que eram todos aparentados.

A determinada altura encontrámos a ruína do que outrora havia sido uma casa com uma vista privilegiada sobre o mar. Sinto-me muito idiota, agora, ao perceber que não tirei nenhuma foto da ruína. Teria dado umas fotos fantásticas.

A meu favor digo que estive a apreciar o momento e a paisagem, andando pelas divisões da ruína, olhando pelas janelas e imaginando como seria viver ali, há dezenas ou centenas de anos atrás. De certeza que se comia basicamente o que a terra e os animais davam. Se calhar, e tendo em consideração o caminho difícil para sair dali, não se passeava muito. Provavelmente os dias eram sempre iguais. Depois, de cada janela, via aquele mato azul e infinito do mar e refletia sobre se as pessoas que ali viviam sentiam necessidade de sair dali.

Ao passar para a zona exterior da casa, vejo um tanque de lavar a roupa feito de pedra e comecei a fantasiar como seria criar ali 3 filhos, lavar ali a roupa, à mão, com aquela vista magnífica. Imaginei-me a ir apanhar a comida à horta, tomar conta das crianças e fazer disso a minha vida. Nunca me lembro de alguma vez na vida, me ter passado pela cabeça uma situação dessas como desejável. Será da idade? De repente, uma vida simples e tranquila pareceu-me algo muito interessante. Eu,  que tenho saudades de Lisboa quase todos os dias desde que saí de lá.

Bom... continuámos o passeio, foi muito giro e, depois de um breve descanso numa zona muito arranjadinha com mesas,  informações sobre a zona e casas de banho muito jeitosas, fizemos o caminho de volta... sempre a subir.

Confesso que, a determinada altura, com o coração a bater a mil à hora e a duvidar da capacidade dos meus pulmões de aspirar o ar suficiente para continuar ereta, ponderei fazer o caminho de gatas. Foi árduo, pessoas. O facto de estar um daqueles dias de sol em que se está bem é na praia não tornou a subida mais agradável.

Posto isto, diria que vale muito a pena fazer este trilho. É muito bonito, muito pitoresco e tem a vantagem de não se encontrar quase ninguém por ali. Passámos por apenas meia dúzia de pessoas no caminho.

Depois deste passeio refleti bastante sobre a pertinência do minimalismo. Duvido que vivam ali muitos consumistas desenfreados. Nem sei bem como é que as pessoas levavam o material de construção para ali e como levam ainda as mercearias, as roupas e coisas básicas. E o lixo? Como fazem a recolha? O melhor é não produzir muito.



Qua | 08.09.21

O meu segredo para acabar com as brigas entre irmãos

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Isto tem duas fases e o efeito não é imediato.

Vamos praticando. Ouvimos muitas reclamações. Insistimos. Vai melhorando. 

Cá em casa tem resultado.

Primeiro desligamos a televisão. 

Depois indicamos às crianças que não haverá televisão ou quaisquer outras vantagens previstas se elas não se entenderem. Normalmente digo que, enquanto existir um dos meus filhos a reclamar do outro ou a chorar por causa de algo que outro fez ou a bater num irmão, não há vantagens para ninguém.

A contragosto lá vão fazendo um esforço para se entenderem.

Vejam... não sei se esta forma de evitar conflitos é a melhor para todos ou em todas as situações. Tem resultado connosco. Posso falar apenas da minha experiência.

E eu ando cansada de ser mediadora dos meus filhos. Às vezes não faço ideia de quem é que começou a briga ou de quem é a culpa. Quero que sejam eles a resolver as suas coisas, a negociar, a entender-se.

Assim, não tomo partido, não brigo com ninguém e deixo que eles percebam que a paz entre eles é para o bem geral. Se não há paz, não há televisão ou gelado ou seja o que for de diferente.

Por aí, como resolvem os conflitos entre os vossos filhos?

 

Seg | 06.09.21

Eduardo #24

O influencer.

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Já tinha decidido que não iria sair de casa naquele dia, nem sei bem porquê.

O Eduardo chega de casa da avó com o pai, chega ao pé de mim, põe-me as mãozinhas na cara e pergunta, com a sua voz fofa e tranquila:

"Mãe, podemos ir andar de escorrega? Podemos mãe, podemos?"

Fomos.

Saímos de lá pelas 22h00.

Quem é que pode? 

 

Sex | 03.09.21

Primeira vez a acampar com os miúdos #3

Porque foi tão bom.

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Para os miúdos

Porque viveram uma aventura, tiveram experiências diferentes, passaram os dias e as noites junto à natureza, conviveram com amigos diariamente, puderam estar connosco de uma forma mais livre e descontraída, porque foram felizes num contexto diferente.


Para mim

Porque estive com pessoas. Basicamente isto.

Nunca me conheci tanto como um ser social, que precisa realmente de estar com outras pessoas, como nestes tempos de pandemia e consequente confinamento.

Preciso de estar perto de pessoas diferentes, de falar com elas, mas também preciso de estar perto de pessoas com quem não falo, nem vou falar. 

Acampar foi o que senti de mais parecido com o que sentia quando vivia em Lisboa. De vez em quando, adoro estar rodeada de pessoas que não conheço de lado nenhum. Posso vir a conhecê-las ou não, isso não interessa muito.

Adorei ver aqueles grupos de pessoas, com idades diferentes, estilos de vida diferentes, a ouvir músicas diferentes, a fazer coisas diferentes e, ao mesmo tempo, a fazer o mesmo que nós. Gostei mesmo.  À noite, na tenda, chegava-me sempre mais para o canto onde podia ouvir melhor as conversas ou mesmo as vozes das pessoas. 

Esses dias em que pude conversar com outros adultos, ao relento, enquanto dezenas ou centenas de pessoas passavam de toalha ou cerveja na mão, em que levei com o fumo de churrasco, gritos de crianças alheias no banho, e música pimba e menos pimba de manhã e à noite, encheram-me  de contentamento interior.

Até voltei para casa, para as minhas músicas, as minhas letras e a minha mente com um novo vigor. 

Qua | 01.09.21

Primeira vez a acampar com os miúdos #2

Tudo o que fizemos nas Furnas

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Passámos 3 noites e 3 dias nas Furnas.

Já lá tínhamos estado, dezenas de vezes, com e sem os miúdos. Ainda assim, houve espaço para fazer coisas que nunca tínhamos feito.

Eis o que fizemos de especial:

- Estivemos um dia inteiro na praia, mesmo até ao final da tarde. 
Pode não parecer nada de especial, mas já nem me lembro há quantos anos eu não fazia isso. Provavelmente, desde criança. Os miúdos, claro, adoraram. Energia não lhes faltava para correr, para se enfiarem nas ondas, para se encherem de areia. Foi uma alegria. Curiosamente, eu que ando toda esquisita com a  praia, com a possibilidade de apanhar frio e com a areia metida em todo o lado, também gostei muito.

- Fizemos fogo com uma lupa.
Achei isto extraordinário. Os nossos amigos tinham uma lupa e o Milton lembrou-se de a usar para queimar umas folhas secas. Calma. Não somos incendiários. Estávamos só a mostrar aos miúdos como fazer fogo usando o reflexo do sol e foi uma experiência muito controlada. Deixámos tudo como estava antes (menos alguns milímetros de folha seca).

- Bebemos, pela manhã, café feito ao lume. E, numa dessas vezes, chovia torrencialmente. Que delícia!

- Deixei a Lara e a Maria, sozinhas na casa de banho, a vários metros de mim (o espaço entre a casa de banho e a tenda). Não foi muito tempo e expliquei à Lara o que devia fazer se fosse abordada por estranhos. Achei que era altura de lhes dar alguma liberdade controlada. Foi bom para mim e para elas.

- Fomos dar um passeio com os miúdos à noite pelas Furnas. Acreditem ou não, nunca tinha visitado as Furnas à noite. A lua estava cheia, enorme, e o efeito das fumarolas à noite, sob a luz da Lua, é algo surreal. Senti-me maravilhada pela beleza desta ilha, mais uma vez.

- Provei doce de pimenta, pela primeira vez, e adorei! E o novo corneto de chocolate branco. E descobri um sítio que faz pizzas ao nível das italianas. 

-E, para além disto, tivemos toda a experiência do acampamento, de tomar banho nos balneários, com os miúdos, de dormirmos todos juntos, de ficar a beber vinho e a conversar com amigos à noite, fora da tenda, já com os miúdos a dormir.

Agora que temos o material e a experiência, acho que vamos tornar isto uma tradição de verão.