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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Ter | 31.08.21

Auto cuidado também é isto

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Depois de uma manhã chata, aborrecidinha e mais cinzenta, optar por "me animar a mim própria", como diz a minha filha Maria.

Decido, então, almoçar numa simpática esplanada repleta de turistas, fingir que sou turista também e que estou de férias, e ficar ali a ler um livro e a beber uma cerveja durante uma hora.

Fiquei outra. A nuvem em cima da minha cabeça transformou-se num sol radioso e pude desfrutar da tarde com muito mais ânimo. 

Sex | 27.08.21

Restaurantes amigos das crianças


Quando queremos jantar ou almoçar fora, somos 5 e 3 de nós são especialmente mexidos e barulhentos.

Não é muito fácil estar em sossego, com crianças, num restaurante, por isso, quando decidimos fazer este tipo de programa, escolhemos muito bem o restaurante. Não nos aventuramos muito e gostamos de regressar aos locais onde sabemos que a coisa tem maior probabilidade de correr bem.

Posto isto, existem alguns detalhes que fazem a diferença quando vamos comer fora com os miúdos.

O local é o mais importante. Tem que ser um sitio seguro, com algum espaço para os miúdos andarem à vontade sem estorvarem o serviço e, de preferência, ao ar livre.

 Depois, existem pormenores que nos cativam bastante e nos fazem regressar, tais como:

- Oferecerem um livrinho e lápis de pintar para entreter os miúdos enquanto esperam pela refeição.

- Haver um parque infantil, com visibilidade perfeita mesmo em frente às mesas.

- Disponibilizarem replicas de copos de adulto em plástico. É um detalhe fofo que os miúdos adoram.

Sei que é aborrecido estar num restaurante com miúdos a fazer barulho e acorrer por todo o lado, acreditem. Mas, como mãe de três crianças que, na maioria das vezes estão sempre connosco, fico sensibilizada e sinto-me bem-vinda com a minha família a restaurantes que demonstram, nos detalhes, que ficam felizes em receber-nos.

Qua | 25.08.21

7 formas de estimular o gosto pela leitura nas crianças

 

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Já falei sobre isto algumas vezes.  Por aqui não é difícil estimular a leitura nos miúdos.
Os pais adoram ler, temos sempre livros diferentes em casa, frequentamos a biblioteca e lemos para eles desde miúdos. Penso que estas são as ações básicas para estimular uma criança a ler.

Para além disto, há mais um ou dois truques que podem ajudar a estimular o gosto pela leitura nos mais pequenos.

1- Transformar a ida à biblioteca num momento especial. Falo sobre isso uns dias ou umas horas antes com muito entusiasmo. Quando é possível, levo os miúdos comigo  e deixo-os explorar os livros e escolher os que querem ler e levar para casa. A Lara, que é quem tenho levado mais vezes, não faz questão de escolher livros para levar para casa, mas gosta de ficar a ler um livro, sentada numa mesa da biblioteca.

2- Se vou sozinha à biblioteca, não digo nada aos miúdos e, quando eles chegam a casa da escola, encontram todos os livros "novos" em exposição. Ficam entusiasmadíssimos com a novidade e começam logo a explorá-los.

3- Tento trazer sempre livros muito diferentes entre si.  Assim, eles podem explorar diversas linguagens e escolher aqueles de que gostam mais. 

4- Para os mais pequenos, trago sempre livros muito coloridos, com relevos, brilhantes, com janelas ou pequenos jogos. É uma primeira abordagem à leitura mais simpática e com potencial para ser bem sucedida.

5- Exploramos um livro de várias formas. Lemos da forma tradicional e, depois, fazemos jogos: procuramos objetos, dizemos quais são as nossas partes preferidas no desenho, fazemos vozes de animais e de personagens e deixamos a imaginação guiar-nos.

6- Nunca os obrigamos a ler. Sugerimos, deixamos os livros aqui e ali, mas nunca tornamos o ato da leitura algo obrigatório. 

7- Tento trazer sempre um ou dois livros sobre algo que eles gostem: dinossauros, princesas, cores ou sobre alguma coisa próxima da nossa realidade: desfralde, praia, férias, verão. 

Mais dicas aqui e aqui.

Seg | 23.08.21

Primeira vez a acampar com os miúdos #1

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Foi a primeira vez que qualquer um dos meus filhos acampou. A Lara tem 7 anos, a Maria 5 e o Eduardo 3.

Tanto eu como o Milton já tínhamos acampado várias vezes (algumas delas juntos) e sempre pensámos em ter esta experiência com os nossos filhos. Não o fizemos antes porque, em anos anteriores, ou estava grávida ou com com um bebé pequeno.

Este ano surgiu a oportunidade de irmos com um casal amigo - que tem 2 filhos com idades semelhantes aos nossos - acampar para as Furnas e, tendo já a vontade de proporcionar esta experiência aos nossos filhos, aproveitámos com entusiasmo.

Comprámos uma tenda para 4 pessoas (pareceu-nos suficiente, e foi suficiente), um colchão insuflável, um candeeiro de campismo e uma lanterna de cabeça. Já tínhamos um colchão insuflável e sacos cama que nos serviram de edredão.

Eu estava entusiasmadíssima e tinha a certeza de que as crianças iam adorar, ainda para mais, quando iam estar com amiguinhos da idade deles.

Previa algum cansaço, algumas birras e alguma falta de paciência da minha parte. Aconteceu tudo. E foi fantástico mesmo assim! 

Na verdade os miúdos nem fizeram tantas birras assim, eu nem fiquei tão cansada assim (fiquei, mas isto é como nos partos, uma pessoa esquece-se logo a seguir) e os miúdos adoraram a experiência. Foi mesmo muito bom! Estou preparadíssima para ir acampar de novo, com amigos e só nós também.

Se quiserem posso fazer uma lista dos preparativos e de tudo o que me parece importante levar, mas por hoje queria mesmo realçar as nossas experiências, que foram  muitas (para as três noites que passámos no acampamento) e que nos encheram o ânimo.

Como o texto iria ficar muito extenso, vou ter que o dividir em várias partes. Hoje, queria só dizer-vos que acampámos, foi muito bom e pretendemos repetir logo que possível. 

Não há nada que eu possa apontar como menos bom e tudo foi muito melhor do que eu esperava. Bom... tenho que dizer que, a nosso favor, esteve o facto de não termos montado a tenda.

Os nossos amigos foram um dia antes e são tão gentis, talentosos e conhecedores das nossas capacidades de campistas, que nos montaram a tenda. 

Até ao próximo episódio. Estou ansiosa para vos contar tudo. 

Sex | 20.08.21

Eduardo, o empático

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Estávamos num jardim, ao final da tarde. As meninas andavam de patins e o Eduardo de triciclo.

A Lara, fiel à sua personalidade aventureira, já não se contenta em andar de patins para cá e para lá e a descer rampas a grande velocidade. Ontem, decidiu começar a saltar os degraus de uma escadaria larga com os patins. Um a um, mas ainda assim, foi suficiente para eu desatar aos gritos, de forma um pouco instintiva.

A Lara, aborrecida, sentou-se no chão.

O Eduardo, vendo-a triste, foi ter com ela e, fazendo-lhe festinhas no capacete, perguntou-lhe o que se tinha passado. A Lara lá lhe contou o sucedido.

Passados uns momentos ele, com 3 anos acabados de fazer, muito sério, vem falar comigo e pede-me que deixe a Lara andar de patins nas escadas. Argumenta que a Lara gosta muito de saltar de patins nas escadas e está muito triste porque eu não a deixo fazer isso.

Confesso que a intervenção do miúdo me deixou emocionada.

Nota: Não por causa do Eduardo, mas, mais tarde, falei com a Lara e expliquei-lhe que eu tinha medo que ela se magoasse, por isso tinha gritado. Disse-lhe que não a quero impedir de fazer o que gosta e não duvido, de maneira nenhuma, das suas capacidades para fazer o que desejar. Disse-lhe, não obstante o anterior, que preciso de um bocadinho mais de tempo para me acostumar a estas coisas.

Seg | 16.08.21

A Lara aprendeu a nadar

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Na semana passada, na quinta-feira, dia 12 de agosto, a Lara nadou sozinha, sem pé, pela primeira vez.

Confesso que para mim, que não sei nadar até hoje, foi um momento muito emocionante.

Bom... para ser fiel à verdade, se calhar não chamaria nadar ao que a Lara fez, foi mais um deslocar-se na água como podia, meio a nadar à cão, a tentar deixar a cabeça fora de água e respirar o melhor que podia. Mas, caramba, a rapariga aguenta-se na água, sem pé, e consegue deslocar-se na água. Posso chamar a esta atividade nadar? 

Fiquei mesmo orgulhosa! A Lara estava super determinada.

Estávamos nas piscinas naturais do pesqueiro, que ficam perto da nossa casa. Com a maré alta, mesmo a piscina mais pequena fica bastante funda. Eu não consigo ter pé em lado nenhum da piscina, quando está a maré alta.

A Lara começou a pedir ao pai para se afastar um pouco e a nadar até ele. A determinada altura passou a ir sozinha para a piscina e a nadar em zonas sem pé. Como é uma zona vigiada e muito tranquila, não estava nada preocupada.

Agora é treinar muito para ver se aprende a nadar bem. 


Sab | 14.08.21

5 atitudes minimalistas para o dia a dia

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Identifico-me com o minimalismo como estilo de vida e procuro praticá-lo de uma forma que me faça sentido. É um caminho, longo e diário, que gosto de percorrer.

Na verdade não é um sacrifício para mim. Gosto de ver a minha vida a tornar-se mais simples, mais organizada e com mais sentido.

Falta-me aprender muito e praticar melhor aquilo que aprendi. Ainda assim, há coisas que pratico que fazem uma diferença grande no meu dia a dia.

1- Não fazer stock.
Fui educada numa casa em que se fazia stock, principalmente de comida. E, de certa forma, tenho uma tendência para isso. Costumava comprar roupa nos saldos para o ano seguinte, comprar comida a mais, papel higiénico a mais, fraldas a mais, etc. Geralmente o objetivo é poupar dinheiro, aproveitando as promoções e evitando muitas idas à loja. 
Deixei de o fazer. Vou experimentar comprar apenas  aquilo que preciso, quando preciso. O objetivo é evitar desperdício, principalmente desperdício alimentar.
Em relação à roupa das crianças, a mesma coisa. Muitas vezes emprestam-me roupa ou oferecem nos anos e no Natal e acabo por não precisar de comprar tanta coisa nos saldos, para o ano seguinte. 

2- Fazer compras online.
Faço de quase tudo: roupa, mercearia, livros.
Ainda gosto de passear por uma loja e ver as coisas ao vivo. Mas, gosto mais da poupança de tempo e de evitar gastar dinheiro, comprando coisas de que não preciso, o que é quase uma inevitabilidade quando vamos a lojas e batemos com os olhos em produtos que parecem brilhar hipnoticamente na nossa direção.

3- Requisito livros na biblioteca.
Para mim e para os miúdos. Desde criança que frequento bibliotecas. São um dos meus locais preferidos de sempre. Todos os meus filhos estão inscritos na biblioteca desde pequenos e, quase todas as semanas, trago 20 livros para casa. Em férias trago mais. Lemos praticamente todos e depois vou renovar o stock.

4- Não encho as crianças de brinquedos.
Recebem 3 presentes no aniversário e 3 presentes no Natal. Explico-lhes porque é que não devemos ter muitas coisas e tento encorajar os meus filhos a fazerem atividades que não impliquem brinquedos. Não é dificil porque eles gostam muito de passear, brincar ao ar livre e inventar as suas próprias brincadeiras com o que tiverem à mão.

5 - Faço destralhes regulares.
De vez em quando, escolho uma gaveta ou uma área da casa e faço um destralhe, reduzindo os itens ao minímo. Vou tentar envolver mais os miúdos nisto e incutir-lhes o gosto por ter um ambiente leve e organizado. Ainda nos falta um longo caminho neste sentido porque ainda acumulo muitas coisas e muita desorganização mental.  Vamos devagarinho.

Têm outras dicas sobre minimalismo para mim? Digam-me nos comentários. 

Qui | 12.08.21

Desabafos de uma mãe de três

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Tenho passado muito tempo a gritar com os miúdos. Os meus vizinhos saberão.

Esforço-me por evitar. Mesmo.

Acho que temos melhorado alguma coisa, mas sinto-me meio louca quando tento dizer-lhes calmamente para pararem de se agredir uns aos outros (por exemplo).

-Olha Lara, querida, pára de pontapear a tua irmã.

-Eduardo, fofo, não arremesses esses objetos rijos em todos os sentidos, muito menos na direção de seres humanos, está bem?


Às vezes não dá.

Nota-se muito que a disciplina positiva foi diminuindo cá por casa à medida que foi aumentando o número de crianças?


Ps: Continuo a acreditar na disciplina positiva como sendo a melhor e mais eficiente forma de educação. Têm-me faltado é forças mentais para a praticar. 

Qui | 05.08.21

Como está a correr o desfralde do Eduardo?

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Começámos o desfralde do Eduardo há 2 meses e, muito sinceramente, sinto que está a correr muito bem.

E agora vocês perguntam: 

- Ele já não faz chichi e cocó nas cuecas? 
Faz pois. Ainda no outro dia fez um belíssimo cocó na cueca, num jardim da cidade. E nem tínhamos muda de roupa. Resolveu-se com um rápido regresso a casa.

- Ele já pede para fazer chichi e cocó?
Raramente, mas antes era nunca, por isso já estamos a evoluir no bom sentido.

Então porque é que eu acho que isto está a correr bem?

Porque, na verdade, achei que ia ser super cansativo. Foi por isso que adiámos mais o desfralde do Eduardo do que o das raparigas.

Mas não está a ser cansativo. Nada disso. 

Está a ser normal. Fazemos isto com alguma desenvoltura mental.

O facto é que há 7 anos que a nossa vida envolve lavar rabos, mudar fraldas e limpar cocó e chichi. Habituámo-nos. Não nos faz mossa.

Ainda no outro dia o Eduardo fez um grande cocó na areia da praia, enquanto eu estava a lavar uma das irmãs no chuveiro. Estava sozinha com eles naquele momento e, assim que perceberam que o Eduardo tinha feito cocó, a Maria começou a gritar que o Eduardo tinha feito cocó na areia, para toda a gente que a quisesse ouvir.

Se fiquei envergonhada? Nada, por acaso. Ri-me e quem passava por nós ria-se comigo (escolho acreditar que era comigo). E tudo se resolveu com umas boas gargalhadas.

O Eduardo ainda faz alguns cocós e chichis na cueca e no chão, mas são cada vez menos. E a fralda, de noite, vem quase sempre seca. Já conseguimos sair de casa com algum à vontade porque ele faz chichi em qualquer lado, sem resistência.

E pronto. Os miúdos estão a crescer. E, quero acreditar, a partir daqui só melhora. É ou não é?

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