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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Dom | 21.06.20

O que ando a ouvir #1

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Beach House


Estou completamente viciada nesta banda. Estou a ouvir os álbuns todos e não consigo preferir um. Têm sido todos maravilhosos.

Sabem aquelas músicas que falam connosco desde a primeira vez que ouvimos? As músicas de Beach House são quase todas assim...

Diz que o estilo é dream pop ou indie rock. 

Podia tentar descrever a música com uma série de palavras atrapalhadas e insuficientes mas encontro sempre palavras de outros, nos comentários do Youtube, que descrevem bem o que também eu sinto quando a oiço:

"I could write a million novels based on all the feelings this song gives me."

"I love this song because it perfectly captures the essence, the feeling of what it is to truly fall in love and have the realization that you are willing to risk almost anything for one person."

"This song makes me want to be in bed gazing into someone's eyes and falling in love."


"I find myself falling deeper into my mind with each beach house song i listen to."


"Makes me feel like I'm flying on the giant dog in the never ending story."


"Their music touches a part of my soul that I didn't even know was there..."


Oiçam. Mesmo.

Esta.

Esta.

Esta.

Procurem mais. Vão sentir-se como crianças que encontraram um tesouro infinito.


Qui | 18.06.20

Fomos de férias cá dentro... a 15 minutos de casa

Depois de passarmos mais de 2 meses enfiados em casa, num apartamento, achámos que merecíamos umas mini férias.

Assim, numa tentativa de fazer o melhor possível com as condições que temos, decidimos fazer férias na ilha, num alojamento local com jardim, já que era de espaço exterior que sentíamos mais falta.

Por sorte, conseguimos uma excelente promoção e aproveitámos para passar 5 noites num local lindíssimo, com um jardim de sonho que acabava numa vista incrível para o mar e para o ilhéu de Vila Franca do Campo.

E estes 5 dias pareceram um mês e souberam a um mês de umas férias fantásticas!

A casa onde ficámos, na Caloura, era realmente fantástica, com um toque de cuidado e carinho que só encontro mesmo nos Açores. A anfitriã foi professora numa creche onde o Milton andou e, com o seu marido, receberam-nos muitíssimo bem, com fruta fresca e mel, com berço, cadeira de comer para bebés, proteções para a cama e até brinquedos para os miúdos.

Passámos dias fantásticos, mesmo tendo chovido em dois deles.

Fizemos churrascos, os miúdos brincaram com água numas piscinas insufláveis que levámos, recebemos amigos para almoçar e passar a tarde, as crianças correram, brincaram, jogaram à bola, arranharam-se todos... como se quer.

Jogámos dominó, brincámos com bonecas, vimos estrelas cadentes, vimos a Moana 30 vezes (é bem giro o filme), tomámos o pequeno-almoço no jardim de inverno da casa e até consegui ler um livro inteirinho durante as férias. Foi maravilhoso!

Os miúdos adoraram estas férias e tenho a certeza que estamos a criar memórias muito felizes com eles. É mesmo especial vê-los a viver estas experiências juntos!

 

Seg | 15.06.20

Lara #36

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A Lara gosta imenso de fazer tendinhas. Faz tendas com mantas, cadeiras, almofadas, cobertores e tudo o que encontra à mão.

Chegou a fazer uma tenda na sua cama, na parte de cima do beliche, o que achámos um bocadinho claustrofóbico mas... enfim.

Um dia montou uma tenda na sala, debaixo de duas cadeiras e insistiu em dormir ali. Obviamente não deixámos porque era um espaço mesmo muito pequeno e nada confortável. A Lara ficou  muito aborrecida e chegou a chorar por não a deixarmos dormir ali.

Nisto decidimos voltar a montar uma tenda que lhe tínhamos oferecido há dois anos, no Natal e à qual as miúdas nunca tinham ligado muito. É uma tenda cor de rosa, com bolinhas brancas, paredes de tule e folhos. É grandita e ocupa uma boa parte do chão do quarto dos miúdos.

Colocámos um edredão no chão da tenda e uma manta de verão e, desde então, é lá que a Lara tem dormido.

Acho o chão tão duro que tentei demover a Lara de dormir ali mas ela mostrou-se irredutível.

Dorme bem a noite toda e ainda é a última a acordar. 

Parece que, afinal, dormir no chão é que é confortável. 

Sab | 13.06.20

Lego Friends, o novo vício delas (e meu também)

Este texto não é patrocinado mas bem que podia ser.

 

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Há uns dois anos atrás, no Natal, uns tios da Lara ofereceram-lhe o primeiro Lego Friends. Era uma casa na árvore que foi construída em conjunto e que gerou alguma curiosidade, mas que acabou por ser guardada por causa da Maria, que na altura era muito pequena para brincar com as minúsculas peças do Lego.

Mais tarde, nos aniversários da Lara, foram-lhe oferecidos mais Lego Friends. A Lara construía na altura mas, mais uma vez por causa dos irmãos, acabávamos por guardar os conjuntos de Lego.

Entretanto eu e o Milton começámos também a comprar mais Lego para a Lara e ela começou a gostar bastante de fazer construções e inventar coisas novas.

A verdade é que eu também gosto muito de brincar com Lego e resolvi montar todos os Lego Friends que estavam guardados. Nisto, o Milton vê uma casinha de Lego Friends numa loja e decidimos comprar. Eu e a Lara montámos a casinha e fizemos uma mini cidade na mesa da sala com todos os Lego Friends que temos. Ao todo temos uma casa, uma casa na árvore, duas carrinhas, uma mota, 7 amigos, 2 gatos, 2 coelhinhos e um passarinho. Um mundo, portanto. 

Ao ver aquelas estruturas giras na mesa da sala, a Maria também se interessou e desde então, as miúdas passam horas a brincar com o Lego. Num fim de semana contámos 6 horas seguidas de brincadeira. 6 horas entretidas, a brincar juntas! 

Até eu gosto de brincar com aquilo. Adoro pegar naqueles bonecos e po-los a comer pizza na casa da árvore, a fazer rappel, a andar de skate, a dormir no beliche, a cozinhar, a conversar amenamente enquanto tomam o pequeno almoço numa mesa fora da casa, junto dos animais e das "árvores".  São tantas as possibilidades que podemos bem passar dias inteiros a inventar.

Também é bastante interessante ficar ali por perto, só a ouvir as brincadeiras da Lara e da Maria. Entretanto já transformaram uma boneca de lego em bruxa e outro em vampiro, já fizeram festas sem fim ali e já transformaram todas as flores em dezenas de doces para as festas!

Não se pode dizer que seja um brinquedo barato mas, garantidamente, vale cada euro. Temos o Lego na mesa da sala  há semanas e as miúdas ainda passam imenso tempo a brincar ali. 

 

Qua | 10.06.20

Isto está a tornar-se uma obsessão!

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Minimalismo.

Umas vezes sinto que vou deitar tudo fora e que, quando quiser algo para vestir só vou encontrar leggings velhas e casacos de malha cheios de borboto, que por serem confortáveis me parecem ser objetos verdadeiramente úteis. As leggings, que os casacos com borboto são mais para o estilo (grunge).

Outras vezes sinto que continuo a acumular demasiadas coisas em casa, no computador e na cabeça e que deveria ser muito mais radical nas minhas ações. Deveria apagar todos os emails da minha caixa de entrada, livrar-me de metade do meu guarda-roupa (que já é bem pequeno) e esvaziar a arrecadação de tudo o que não for roupa para os miúdos e material para acampar.

E ando neste dilema: deito metade das coisas fora ou não?

É que a sensação de leveza e liberdade que temos quando nos desprendemos dos objetos é qualquer coisa de magnífico! Chega a ser viciante!

Dom | 07.06.20

Lara #35

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A Lara plantou uma tangerineira num vaso, na varanda comum do prédio onde vivemos.

Ela fala com a planta e vai regá-la todos os dias. Tem muita estima e cuidado com as suas plantinhas e trata-as com muito amor. A Lara acredita (por o pai lhe ter sugerido dessa forma) que as plantas lhe respondem abanando as suas folhagens.

Hoje, depois de contar às meninas uma história antes de dormir, que calhou ser sobre uma árvore, a Lara confidenciou-me o seguinte:

"Sabes mãe, eu dei um nome à minha tangerineira. É Mimi."

"Mas ela não quer chamar-se Mimi. Diz que quer chamar-se Rapunzel Cocó Chichi."

Sex | 05.06.20

O regresso à creche depois da quarentena

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Ficámos todos em casa durante dois meses. O Milton saía para fazer as compras e mais nada.
Íamos ocasionalmente à varanda comum do prédio, mas a maior parte dos dias era passada no nosso apartamento.

E foi muito bom. Foi ótimo estar 24 horas por dia com os nossos filhos, a conhece-los melhor, a brincar mais com eles e a fazer uma série de coisas que nunca imaginámos possível: trabalhar com os três em casa e, ao mesmo tempo, cozinhar, fazer limpezas e tratar de tudo o que é necessário no dia a dia.

De facto, os pais e as mães conseguem fazer coisas fantásticas! Mas é muito desafiante. Sempre que cedemos um pouco à pressão e a nossa mente se indisciplina um segundo, parece que tudo se transforma num festival de gritos e desordem. Se estamos nervosos as crianças sentem a nossa ansiedade e reagem também com ansiedade.

E imagino como não será com quem tem mais que 3 filhos, os pais que também são professores, profissionais de saúde ou quaisquer outros que se viram obrigados a ir trabalhar fora mesmo em tempos de pandemia.

Por isso eu, que afirmava convincentemente que se pudesse fazer teletrabalho ficaria com os miúdos em casa até setembro, coloquei-os na escola três dias depois da sua abertura. E não senti culpa ou outros constrangimentos. Bem pelo contrário. De facto, soube-me mesmo bem! A mim e ao Milton.

Passo a explicar porquê:

- Em primeiro lugar por nos sentirmos seguros. Só existe um caso ativo de Covid-19 nos Açores e a escola tem mostrado estar a adotar todos os procedimentos de segurança e higiene adequados. Quanto a isto estou totalmente descansada.

- Depois existia a outra preocupação: será que as crianças vão adaptar-se às novas regras? A ver as educadoras de máscara? Será que vão poder brincar com os amigos?
Um dia depois da abertura da escola dos meus filhos eu já tinha visto fotos enviadas pelas educadoras para grupos fechados no Facebook e lido os testemunhos das mães cujos filhos já tinham voltado. Os miúdos estavam bem, tranquilos e muito felizes por voltarem à escola.

- Analisei racionalmente a situação com o Milton e rapidamente percebemos que voltar para a escola seria muito melhor para os nossos filhos do que passar uma grande parte do dia em frente à televisão, para que ambos os pais pudessem fazer teletrabalho.

Conversei com as miúdas e expliquei que iriam voltar para a escola porque era o melhor para todos nós. Tive que explicar bem as razões da mudança de planos porque elas já não contavam voltar este ano letivo. Sublinhei que ia ser muito bom para elas, ia ser fantástico rever os amigos e as professoras e até deixei escapar que a comida da escola estava ainda mais saborosa (de acordo com o testemunho real de um coleguinha da Lara).
Elas perceberam e mostraram-se recetivas à ideia.

E, ontem, lá fomos levar os miúdos à escola pelas 8h30.

O Milton é que os levou: primeiro o Eduardo e depois a Lara e a Maria. Só pode ir um dos pais e eu não estava com coragem nenhuma para ver o Eduardo a chorar e não o trazer de volta para casa. Por isso, antes que desse treta, o Milton tratou desta parte que requer uma mente "menos emotiva".

Voltámos para casa para trabalhar e à tarde fomos buscar os miúdos.

Eles voltaram animadíssimos, mesmo o Eduardo. As miúdas tinham histórias para contar e estavam mesmo contentes por terem passado o dia a fazer coisas diferentes, com pessoas diferentes. 

Fiquei mesmo feliz por ter tomado esta decisão porque a verdade é que pensava que ficar em casa seria o melhor para eles. Enganei-me e estou verdadeiramente feliz por isso!

Os miúdos precisam de conviver com outras crianças, de aprender as matérias escolares com os professores e de ter experiências diferentes das que nós lhes podemos proporcionar neste momento. E a verdade é que as crianças se adaptam muito mais facilmente que nós a mudanças e novidades.

E por aí, como foi o regresso à escola?  

Qui | 04.06.20

Coisas de irmãs #8

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Antes de dormir a Lara foi fazer cocó.

Tinha estado a brincar com a Maria com um comboio telecomandado do Eduardo e a Maria foi continuar a brincadeira para a casa de banho.

Estiveram as duas a brincar durante uns minutos.

A determinada altura, a Maria aparece na sala e diz:

"Quando o comboio apitar é para ir limpar o rabo à Lara."