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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Qui | 28.11.19

Maria #32

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À noite, antes de irmos deitar os miúdos, estávamos todos na sala a ouvir música e a dançar.

Pergunto ao Milton quem era a banda que estava tocar e ele diz-me que é "Liima" e comenta que já vieram ao Tremor (festival internacional de música alternativa em São Miguel).

Lembro-me que gostava muito de ir ao Tremor e que, naturalmente, nos últimos anos não tem sido possível, e digo:

"Este ano era bom que fossemos ao Tremor. Ias num dia e eu ia noutro."

Responde o Milton (a brincar):

"Eu vou é tocar ao Tremor."

Ao que a Maria replica:

"Eu também vou tocar tambor."

Dom | 24.11.19

Maria #31 Perguntas e Respostas

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Respostas da Maria, com 3 anos

1- Qual o nome da mãe ?
Mãe Carla. Carla Sofia.

2- A mãe é gorda ou magra?
Magra.

3- Alta ou baixa?
Baixa.

4- O que a mãe gosta de comer?
Ervilhas.

5- O que a mãe gosta mais de vestir?
Vestidos.

6- Quantos anos a mãe tem?
39 (What?!!!!!!)  
(Voltei a perguntar no fim das outras perguntas e ela disse 38. Depois perguntou-me quantos anos eu tinha, eu rrespondi e ela disse: 37. Ufa)

7- Quantos kg a mãe pesa?
5.

8- Que presente gostarias de dar à mãe?
Um livro.

9- Quem ama mais a mãe?
Eu.

10- O que a mãe é?
Linda.

11- O que a mãe sempre te diz? 
Não grita!

12- Para onde queres viajar com a mãe?
No avião, para o castelo.

13- O que tu queres ser quando cresceres? 
Quero ser a Lara.

14- Qual é a cor perferida da mãe?
Verde... vermelha... Roxa.

15- O que a mãe gosta mais de fazer?
Brincar comigo.

16- Qual o animal perferido da mãe?
Zebra... Cavalo... Cavalo.

17- A mãe é loira ou morena?
Morena.

18- A mãe é gira ?
É.

Nota: Tag retirada do Facebook.

Qui | 21.11.19

O que trouxemos da biblioteca esta semana #5

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Esta semana trouxe 13 livros da biblioteca mas quero destacar apenas 3 enciclopédias infantis que trouxe para a Lara.

A Lara está numa fase em que adora aprender coisas novas e tem uma curiosidade imensa.

Ainda me lembro de ser criança e ter essa sede de conhecimento que originava um rol interminável de perguntas que afligia os adultos. Creio que algumas vezes me respondiam uma coisa qualquer só para eu me calar e não me está a apetecer muito fazer isso com os miúdos.

Com isto em mente vou tentando alimentar esta curiosidade da Lara com livros adequados à idade dela que lhe vou lendo todos os dias. Assim ela diverte-se, ganha conhecimento e eu não tenho que me dar ao trabalho de inventar respostas para todas as perguntas que ela faz ou (pior ainda)  pesquisar para lhe dar informações corretas (lá chegaremos).

O desafio agora é parar de ler. A Lara gosta imenso destes livros e pede sempre para lhe ler mais páginas. 

Os livros são mesmo muito interessantes e giros e ler. Algumas destas enciclopédias têm janelinhas e desenhos muito apelativos o que os torna mais interessantes para as crianças. E eu também gosto muito de os ler. A verdade é que vou aprendendo muito também.

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Ter | 19.11.19

Andei a evitar escrever este texto

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Mas senti que era necessário.

Sempre julguei que devia escrever sobre coisas essencialmente positivas e que pudessem acrescentar algo de bom à vida de alguém. Queria falar apenas do que fazia bem para poder dar informação útil e relevante às outras pessoas. 

Não que quisesse parecer perfeita aos olhos dos outros, não era isso. Era mesmo porque pensava que contar as minhas falhas não iria acrescentar nada a ninguém.

Até que, numa altura que andava muito aborrecida comigo mesma, li este texto e senti-me capaz de acolher a minha frustração. Aconchegou-me a alma perceber que os meus problemas não são originais, exclusivos ou demasiado graves. Por isso, decidi que, às vezes, também pode ser muito relevante partilhar os momentos em que não me sinto uma pessoa espetacular.

Sempre tive muito orgulho em dizer que nunca tinha dado uma palmada a um filho. Era um sentimento ingénuo e arrogante ao mesmo tempo.

Ingénuo, porque já devia saber que existem muito poucas certezas na vida, muito menos em situações em que lidamos com muitas emoções ao mesmo tempo, como acontece no mundo estonteante e maravilhoso da maternidade.

Arrogante, pela minha facilidade em julgar as pessoas que têm atitudes diferentes das minhas.

Posto isto confesso que já não posso dizer que nunca dei uma palmada a um filho. Já dei palmadas.

Poucas, felizmente. Sei que não posso dizer que jamais vou voltar a usar a palmada. Espero que não, mas a verdade é que não sei.

Durante muito tempo não precisei de usar a palmada. Acredito que existem pessoas extraordinárias que nunca deram uma palmada a um filho e que têm o controlo emocional e a sabedoria necessária para impor limites sem as palmadas. Estas pessoas têm toda a minha admiração.

Também acredito que as palmadas podem e devem ser evitadas e que existem formas muito melhores e mais eficazes de impor limites. Aliás, não considero, de todo, a palmada eficaz com a agravante de, muitas vezes, deixar quem a aplica com um sentimento de culpa terrível. Não é o meu caso.

Calma. Vou explicar.

Já com três filhos, perante cenários de “birras” enormes em já se passaram todos os limites do que a minha tolerância conseguia aceitar, depois de ter tentado outros métodos, várias vezes, e perante a insistência de algum dos miúdos em gritar, bater ou partir coisas, apliquei a palmada. 

Não a aplico quando não fazem o que digo, quando são mal-educados ou quando me desobedecem. Apliquei, em situações muito específicas onde já há um descontrolo emocional tão grande e com tanta gritaria envolvida, que já não sei que mais fazer para que a situação pare. 

Claro que estaria nas minhas mãos evitar o descontrolo emocional dos meus filhos, eu sei.

Bastava aplicar uma das seguintes fórmulas:

-Dar tempo às crianças para exprimirem os sentimentos, sentando-me com eles até perceber exatamente o que estão a sentir, após o que pensamos em conjunto numa solução;

-Desviar a atenção da criança para outra coisa qualquer que lhe possa interessar;

-Respirar fundo e esperar que a birra acabe sem mais nenhum estratégia mas sem me enervar muito com o que está a acontecer;

-Prevenir situações que possam desencadear uma birra, assegurando-me que ando sempre com garrafas de água, bolachas, brinquedos e qualquer coisa que eles possam desejar, multiplicado por 3 para não haver birras.

 

Mas, como a vida não é um programa linear em que tudo ocorre sempre de acordo com o previsto e como eu não sou o robot “Mamã perfeita versão 7”, às vezes as coisas descontrolam-se, às vezes tenho aborrecimentos na cabeça dos quais não me consigo desligar, às vezes tenho muitas horas de sono em atraso (a maior parte das vezes), às vezes estou mesmo em cima da hora para qualquer coisa importante e às vezes estou simplesmente com a paciência em modo “serviço mínimo”.

Isto não é uma desculpa para não tentar melhorar, mas é uma forma de aceitar que nem sempre vou estar com a presença mental ao nível de uma mãe superperfeita (aka monge budista).

 

E o que tenho feito para melhorar?

- Passei a juntar ao yoga (3 vezes por semana) alguns minutos de meditação diária. Preciso de estar bem para conseguir manter a calma em situações mais desafiantes.

- Aceitar que não consigo fazer 1000 coisas por dia. Isto é difícil, mas nada como priorizar. 

- Perceber quais são os gatilhos que me fazem perder o controlo das emoções e tentar evitá-los: basicamente resumem-se a ver os meus filhos a bater uns nos outros, a colocarem-se em situações de perigo ou a gritarem de uma forma descontrolada. Para prevenir estas situações, tenho (eu e o Milton, claro) que estar muito presente e tentar dirigir as brincadeiras para um método de cooperação entre todos.

-Elogiar e valorizar o bom comportamento.

-Aceitar sempre os sentimentos dos meus filhos e encorajá-los a exprimirem-nos de forma que não os prejudique ou aos outros (e se puderem não partir nada, ainda melhor).

 

Acima de tudo, amo os meus filhos mais do que qualquer outra coisa no mundo. Obviamente. Como a grande maioria das mães. 

Sei que não sou perfeita mas quero melhorar. Quero, mais do que outra coisa qualquer, que os meus filhos cresçam saudáveis e felizes, num mundo maravilhoso que apresenta desafios e implica que tenhamos todos algumas capacidades de resiliência.

De modo que não vivo assolada pela culpa, pelas palmadas que dei. 

Se julgo que foram bem aplicadas? De modo nenhum. Continuo a defender o mesmo: as palmadas não são solução e devem ser evitadas ao máximo. Quero evitá-las ao máximo. Tal como quero evitar gritos, castigos, ser um mau exemplo, passar pouco tempo com os meus filhos, dar-lhes alimentação menos saudável e tantas outras coisas.

Ser uma mãe melhor é um objetivo diário, que é perseguido com tranquilidade e aceitação dos momentos menos bons. Nesses momentos, converso com os meus filhos, peço-lhes desculpa se achar que errei com eles e mostro-lhes que sou uma pessoa humana, normal, que as ama acima de tudo e que quer melhorar a cada dia.

E, estou confortável com este exemplo de mãe normal, que lhes estou a dar.

E, não quero, mesmo, voltar a dar-lhes uma palmada. 

Espero, em breve, trazer-vos textos mais didáticos e cheios de conteúdo relevante sobre a forma como consegui, de uma vez por todas, estabelecer limites e evitar birras com base na conversa, no afeto, na atenção e no controlo das emoções (das minhas).

Quando conseguir, partilharei a fórmula mágica! 

Partilhem, por favor, as vossas dicas para gerir "birras" de uma, duas ou três crianças pequenas ao mesmo tempo. 

Seg | 18.11.19

Um dos meus maiores sonhos realizou-se!

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Não é o euromilhões! Acho que nunca sonhei em ganhar o euromilhões. Sonho com viagens, com algumas coisas materiais, com mais algum dinheiro, mas nada muito extravagante.

O meu sonho também não se realizou na sua essência mas vai-se realizando, de uma forma maravilhosa, através dos meus filhos.

Desde criança que sonho ter irmãos. Gostava de ter partilhado os meus dias e os meus brinquedos com um irmão ou uma irmã; alguém com quem pudesse brincar, conversar, fazer tolices e descobrir o mundo.

Acabei por passar uma infância bem solitária, o que teve vantagens e desvantagens e, já com uns 18 anos, passava imenso tempo com a minha melhor amiga, mais de 10 horas por dia se fosse preciso, e adorava esses momentos.

Mais tarde, já a viver sozinha, em Lisboa, lembro-me de ser raro estar sozinha. E de ser raro parar por casa. Gostava imenso de estar com muitas pessoas, de ver filmes em casa de amigos, ou amigos de amigos, e de sair para jantar ou para dançar sempre com um grupo grande. Apesar de ser tímida e um bocado reservada adorava um belo "monte de gente".

Hoje, com três crianças em casa, esperava que se dessem lindamente e que vivessem numa harmonia de unicórnios, super felizes e gratos por se terem uns aos outros.

Mas, a realidade, era que as miúdas usavam mais de metade do tempo que passavam juntas a implicar uma com a outra, a bater uma à outra, a competir uma com a outra pela atenção dos pais, pelos brinquedos e até por comida.

Isto deixava-me, emocionalmente, de rastos. Elas tinham o que eu sempre quis e, ao contrário do que eu idealizava, não se davam nada bem.

Até há umas semanas atrás.

Gradualmente as miúdas passaram a brincar mais juntas, a conversar uma com a outra e a desenvolver uma cumplicidade muito gira. Claro que deste amor todo resulta muita tolice e muitos comportamentos desafiadores. Juntam-se as duas para nos desafiarem de uma maneira bem irritante mas tenho que confessar que até fico feliz quando fazem tolices juntas, através de um bom trabalho de equipa.

Nem consigo explicar a felicidade que sinto a vê-las a ter ataques de gargalhadas juntas, a brincarem aos monstros com o Eduardo, a ver a Lara a ensinar coisas à Maria, a inventarem danças malucas na sala. Vê-las a apreciar a companhia uma da outra deixa-me mais feliz que qualquer outra coisa. 

Elas estão a ter a infância que eu gostaria de ter e quero acreditar estão a ter uma infância feliz!

Qui | 14.11.19

Um cansaço muito peculiar

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Isto de ter três filhos pequenos causa-nos um cansaço mental e emocional muito peculiar. 

Não sei de é da privação do sono, da privação de refeições regulares e saboreadas com alguma calma, ou se é mesmo do carrossel de emoções a que somos sujeitas quase 24 horas, ininterruptas, por dia. O facto é que, por vezes, o cérebro parece bloquear e esquecer a forma de processar informações simples.

No outro dia, a Lara pediu-me uma roupa para vestir o seu "careca", um boneco chorão do tamanho e forma de um bebé de 12 meses.

Dei-lhe um babygrow vermelho, do Eduardo. 

A Lara andava para cá e para lá com o boneco ao colo, deixando-o ocasionalmente abandonado em cima de uma mesa, de uma cadeira, ou mesmo no chão.

Estava o Eduardo na cadeira de comer e eu a uns dois metros de distância a fazer qualquer coisa na entrada da cozinha. Nisto, vejo um bebé a cair da cadeira, com estrondo, para o chão, e sinto-me empalidecer instantaneamente.

Ainda demorei longos milésimos de segundo a perceber que não era o Eduardo.

Algum tempo depois, no quarto dos miúdos, vejo a Lara a correr e a pisar com toda a força e descuido o bebé, mesmo nas costas.

Bastou para mim.

Arranquei aquele babygrow do Eduardo do estúpido boneco e disse à Lara que a brincadeira tinha acabado.




Qua | 13.11.19

Quando vos apetecer muito "Fast Food"

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Saibam que existem alternativas muito interessantes e saudáveis, e com preços bem simpáticos, em Ponta Delgada.

Eu e o Milton costumamos ir ao Lounge do Anfiteatro, nas Portas do Mar, sempre que queremos comer um hambúrguer.

E, depois de comer estes hambúrgueres, é muito difícil voltar a apreciar os hambúrgueres que comíamos antes.

Existem outros pratos para além de hambúrguer e são todos muito saborosos e bem servidos.

Se não comerem sobremesa (que são muito boas também) gastam pouco mais do que gastariam num restaurante de Fast Food e a qualidade, garantidamente, é mesmo muito melhor.

O espaço, que fica à beira da Marina de Ponta Delgada, também é bastante simpático e bonito. À frente tem um parque infantil com excelente visibilidade a partir do restaurante, o que o torna uma excelente opção para famílias.

Um pequeno senão deste restaurante é que os pratos são sempre os mesmos por isso não vamos lá assim tantas vezes. Ainda assim, é um dos nossos sítios preferidos para almoçar.

Outro senão deste tipo de lugares, quando estamos de dieta ou a tentar seguir uma alimentação mais saudável, é  resistir à tentação de exceder a quantidade de calorias que devemos ingerir. 

Mas, com alguns cuidados, podemos manter o prazer de almoçar fora sem prejudicar a dieta. Neste texto: "como comer fora sem engordar" encontram excelentes dicas para manter uma alimentação saudável, mesmo quando comemos em restaurantes.










Dom | 10.11.19

Carla, a mãe que não celebra o Halloween

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Por aqui (entenda-se: nesta casa) não se celebra o Halloween.

Não é algo radical ou uma convicção para a vida. Se os miúdos quiserem muito, um dia, lá terei que "amargar o caramelo". Até lá, não sou eu que os vou estimular a andar de porta em porta, a encher um saco de doces, para depois ter que dar três nós ao cérebro para inventar uma maneira de me ver livre daqueles quilos de açúcar sem traumatizar, muito, os miúdos.

Somos capazes de ir a casa de amigos ou de fazer qualquer coisa cá em casa, comer uns docinhos até, mas andar a pedir doces de porta em porta é que não. 

Se pode ser divertido? Pode.

Se é uma parte da infância das crianças de que elas vão sentir falta, que as enriquece culturalmente e que lhes daria muita alegria? Opá não sei. Acho que elas encontram alegria em muitas coisas para além de dezenas de rebuçados.

Ah e tal, tem piada é a coisa em si, andar de porta em porta, ser surpreendido com os doces e tal. Não me sensibilizo muito com esta alegria juvenil. Talvez isto mude. 

Para já mantemos uma relação relativamente amistosa com os doces. Elas vão comendo aqui e ali mas não comem em casa, eu não compro e também não as vejo desesperadas por doces quando os veem.

Tenho os copinhos das Fadas do Hall de entrada cheios de chupa-chupas e rebuçados que acumulam dos aniversários dos amiguinhos e elas nem lhes tocam. Vão lá todas as manhãs ver se as fadas já lhes deixaram as moedinhas em troca dos doces e até me parecem bem desiludidas por verem que os copos ainda estão cheios de rebuçados.

Para quem não sabe quem são as Fadas dos Doces podem saber mais sobre esta minha pertinente invenção aqui.

Enfim, pancadas de mãe.

 

Qui | 07.11.19

Pequenas notas mentais #1

Se não tiver tempo para ler um livro inteiro, posso sempre ouvir uma boa música.

Caramba! Uma música refresca-nos a alma e coloca tudo, instantaneamente, no sítio certo. 

Ando nesta, atualmente. 

Depois de ouvir isto sinto-me capaz de levantar voo num  tapete até ao país das maravilhas!

Qui | 07.11.19

Livros de Expressão Plástica para 4 anos: a descoberta do mês

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Lembro-me de ter uns 5 ou 6 anos e adorar uma disciplina na escola que se chamava "Expressão Plástica". Alguém se lembra disso? Pessoas dos anos 80?

Havia colagens, picotagem, pinturas, plasticina... e eu adorava aquilo tudo. Era mesmo o que eu mais gostava de fazer. Sentia que construía mundos, inventava coisas bonitas e adorava sentir que podia criar com as minhas mãos aquilo que a minha mente ditasse.

Dito assim parece um pensamento muito profundo para uma criança de 6 anos mas, bem traduzido, acho que era isso que sentia.

Hoje, não obstante a existência de jogos de computador, playstations, tablets e smartphones cheios de possibilidades, acredito que as crianças ainda preferem criar com as suas próprias mãos, manuseando coisas de verdade, com cheiros e texturas diferentes.

A minha filha mais velha, com 5 anos, é assim. Tem à disposição iPad e televisão (com desenhos animados sempre selecionados ou supervisionados por nós e a horas acordadas) mas gosta mesmo é de livros. Ainda me pede para lhe ler várias histórias todos os dias.

Este ano, talvez por ter começado a fazer estas atividades na escola, está bastante interessada em livros de atividades com jogos e pequenos exercícios adequados à sua idade.

Por isso quando recebi em casa um conjunto de livros de expressão plástica para crianças fiquei entusiasmadíssima. E com muita razão porque a Lara pegou logo neles e ficou entretida durante horas a fazer sozinha as atividades dos livros.

Deixei-a fazer o primeiro sozinha para ver o que acontecia (e também porque tinha a casa para limpar e convinha-me muito que a Lara se entretesse sozinha) e foi uma experiência bastante engraçada.

A Lara fez tudo bem e como era suposto fazer sem eu ter que lhe ler as "instruções" dos exercícios. 

Construiu brinquedos de papel, pintou o que era para pintar e eu só ajudei na parte do recorte e das colagens. E ainda ficou cheia de brinquedos novos.

Estes livros são fantásticos mesmo: 

- O material é resistente e muito apelativo.

- Cada livro tem um tema específico e educativo. Os quatro que recebemos têm temas diferentes. Cada um é referente a uma cultura e a uma parte do mundo diferente. Acho este detalhe fenomenal.

- Cada livro tem atividades que presupõe o uso de diferentes técnicas de pintura: com lápis, com aguarelas, com esponjas, com dedos e utilizando réguas de cartão destacáveis com variadíssimos moldes de desenhos relacionados com o tema específico do livro.

- Os livros têm ainda brinquedos em peças destacáveis que a criança terá de construir: podem ser animais, um leque, uma lanterna chinesa, objetos de decoração, máscaras entre muitas outras coisas.


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