O meu primeiro livro "a sério" foi o Eva Luna, de Isabel Allende. Tinha 13 anos e andava no 8º ano.
A ideia era trazer a Casa dos Espíritos, livro de que tinha ouvido falar na aula de português e que me tinha gerado muita curiosidade. A minha mãe foi à biblioteca busca-lo mas, como não estava disponível, a funcionária da biblioteca sugeriu, e muito bem, que trouxesse o "Eva Luna".
Nunca tinha lido nada assim e, a partir desta leitura, decidi que o mundo e a minha vida haveria de ser aquilo que eu quisesse.
Ler este livro abriu-me horizontes e fez-me mudar completamente a perceção limitada que tinha da realidade. Posso dizer que me libertou a mente para um mundo de possibilidades, o que viria a alterar completamente a minha vida e dar-me uma coragem e uma motivação desmesuradas para seguir sempre a minha intuição.
Li todos os livro da Isabel Allende e ganhei uma predileção pelos autores da América Latina.
Já li centenas de livros de muitos géneros diferentes e a escrita da Isabel Allende ( e do Luís Sepúlveda também) continua a estar no topo das minhas preferências.
Os livros dão-nos tudo o que possamos imaginar e nada os pode substituir. É por isso que tento ao máximo estimular o gosto pela leitura junto dos meus filhos. Tenho a certeza de que, se gostarem de ler, serão muito mais felizes.
A sopa. O é que as crianças (e alguns adultos) têm contra a sopa?
Bom, provavelmente há sopas melhores que outras e a minha receita base, que consiste em cozer os legumes e verduras todos juntos com um pouco de sal, juntar azeite e triturar tudo, pode não ter o sabor de um bife com batatas fritas, até fica bem comestível.
Ainda assim, cá em casa, só eu e o Eduardo é que comemos sopa de boa vontade. O Milton ignora a sopa e manda vir pizzas para ele (já depois dos miúdos estarem a dormir) e as miúdas comem mas sempre a reclamar.
De maneira que ando em busca de alternativas à sopa, pelo menos para alguns dias.
A excelente notícia é que encontrei uma alternativa fabulosa. A notícia mais ou menos é que a minha receita nova agrada muito à Lara mas nem tanto à Maria.
Sem mais delongas, deixo-vos a receita de pasteis de couve-flor que a Lara pede para repetir sempre. "Estes pastéis são deliciosos." diz ela. Minha rica filha!
Eles ficam com uma pele consistente por fora mas por dentro são um creme molinho. É mesmo assim. E confirmo que ficam bem saborosos.
Podem acompanhar com arroz, esparguete, uma salada ou sopa. À noite costumo comer sopa e alguns pastéis destes.
Segue a receita:
Pastéis de Couve - Flor no Forno
Ingredientes
- 1 ramo médio de couve-flor cozida a vapor - 1 curgete grande cozido a vapor - 1 caneca de aveia (200 ml) - 1 cebola - 30 ml de azeite - 1 ovo - sal q.b. - cominhos q.b. - noz moscada q.b.
Colocar a cebola na bymbi e picar na velocidade 5, cerca de 7 segundos. Refogar na velocidade 1, 100º, durante 7 minutos.
Juntar todos os ingredientes à cebola e triturar na velocidade 6, durante 30 segundos.
Com a ajuda de uma colher de sopa, dispor a massa em bocados num tabuleiro forrado com papel vegetal.
Levar ao forno pré- aquecido durante cerca de 20 minutos ou até os pasteis ficarem ligeiramente dourados por fora.