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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Dom | 30.09.18

Pudim de banana: um dos pequenos - almoços de verão preferidos da Maria

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Mais uma receita deliciosa que encontrei aqui.

 

A página https://omeufilhocome.blogspot.com/ é mesmo um baú do tesouro recheado de receitas saudáveis e deliciosas para toda a família. Já retirei daqui várias receitas que fazem as delícias de todos nós cá em casa.

Desta vez, e porque estamos no verão, decidi experimentar o pudim de banana. Ficou uma delícia!

Eu e a Maria, de 2 anos, somos as maiores fãs sendo o pequeno-almoço dela sempre que há em casa.

Custa a acreditar que seja tão bom e docinho sem levar açúcar ou adoçante. Leva apenas um pouco de mel na cobertura.

Podem consultar a receita aqui. Desta vez não alterei nada e fiz a receita exatamente como está descrita.

Bom apetite! :)

Sex | 28.09.18

Conversas da Lara #12

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Viemos passar a tarde à biblioteca e estamos a conversar as duas, encostadas a um pufe.

Eu: "Estás a gostar de estar aqui na biblioteca?"

Lara: "Sim."

Eu: "Depois, se quiseres, também podes vir com o pai. Outro dia."

Silêncio.

Eu: "Tu gostas é de andar de trotinete com o pai não é?" "O pai é mais interessante para andar de trotinete."

Lara (com um grande sorriso maroto): "E a mãe é mais interessante para vir à biblioteca."

Qui | 27.09.18

3 ou 4 formas de sermos pais melhores

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Escrevo estas notas não por ser esta a minha forma natural de agir mas para me recordar de que posso fazer melhor todos os dias.

 

Na verdade, algumas coisas que escrevo no blogue são notas para mim, para ler e reler sempre que preciso de me lembrar de que forma quero fazer as coisas e que tipo de mãe quero ser.

 

Felizmente muitas destas dicas dependem apenas do bom senso e da vontade que temos de fazer sempre mais e melhor, pelo que acredito que cada vez mais pais as pratiquem, ainda que inconscientemente.

 

  • Elogiar mais do que repreender. Não quer dizer que não se repreenda um mau comportamento mas dar mais valor ao reforço positivo quando as crianças nos surpreendem com comportamentos excecionais. 

Por exemplo: elogiar quando arrumaram o quarto todo sem ninguém pedir, quando ajudam os irmãos de alguma forma, quando ficam sossegados durante as compras...

  

  • Não castigar, repreender ou aplicar consequências quando estamos zangados. Se nos sentimos demasiado emotivos, é preferível esperar um pouco e conversar com as crianças quando estivermos todos mais calmos. Agir de “cabeça quente” faz-nos dizer e fazer coisas de que nos arrependemos. Além disso, uma criança (e qualquer pessoa) será muito mais colaborativa se falarmos com ela com calma e serenidade.

  • Ser consistente nas rotinas e na aplicação de consequências, evitando aplicar “castigos” irreais ou impossíveis de manter.

  • Comunicar de uma forma aberta e eficiente: olhar os filhos nos olhos, aceitar as suas emoções e não exercer julgamentos. Ouvir mais do que falar. Mostrar sempre atenção, compreensão e empatia e ajudar as crianças a obter as respostas às suas questões por si mesmas. Tentar evitar aconselhar demasiado e dar-lhes autonomia para resolver as suas questões (claro que depende da gravidade das questões).

Evitar os erros de uma comunicação fechada: ser autoritário, culpabilizar, dar lições ou desvalorizar a importância do que os nossos filhos nos dizem.

 

  • Fomentar a independência e autonomia das crianças evitando resolver tudo por eles. Guardar a intervenção para casos mais graves onde estão em causa os direitos das outras pessoas ou a segurança.

  • Promover a cooperação entre pais e filhos envolvendo a todos na resolução de questões. Se as crianças sentirem que tem algum poder de decisão, mais facilmente cooperam.

 

Inspirei-me no livro “As dez regras de ouro para pais” de Kevin Steele para escrever este texto.

Qua | 26.09.18

A receita mais simples do mundo para um bolo de aniversário

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Seguir os seguintes passos:

Comprar a sobremesa preferida do aniversariante.
Colocar uma vela no topo do bolo.

E já está!

Já usamos "este bolo de aniversário" imensas vezes e sempre com sucesso!

Já não nos faz sentido gastar dezenas de euros num bolo que é uma obra de arte e, com franqueza, tem mais efeito visual que outra coisa.


Nada melhor do que comprar ou fazer o bolo preferido do aniversariante que, convenhamos, é sempre mais agradável ao paladar que os bolos de aniversário mais comuns, que até podem ser bons mas nunca vão superar a sobremesa preferida de alguém.

O bolo da foto é do aniversário do Milton e é um delicioso pudim de feijão, a sobremesa preferida dele. Os corações foram feitos por mim com material reciclado das atividades das miúdas e as velas são daquelas super práticas onde se encaixam os números na ranhura e podem ser usadas durante várias gerações.

Esta é mais uma forma de praticarmos o minimalismo.

Ter | 25.09.18

Comi pombo... e gostei

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Tinha começado a viver em Lisboa há pouco tempo quando me deparei com uma realidade muito curiosa para mim. Os pombos eram considerados algo nojento, verdadeiros "ratos com asas" e animais muito pouco bem vindos. 

Ora na vila onde cresci os pombos eram... alimento. E que boa era a canja de arroz com pombo. Adorava a carne em si e os miúdos de pombo também. Lembro-me perfeitamente do sabor diferente e mais forte da carne de pombo, mais escura que a de galinha e, para mim, muito mais saborosa.

Claro que, quando disse que tinha comido pombo muitas vezes na infância, as pessoas olhavam para mim chocadas. E eu não podia perceber menos porquê.

O facto é que nunca mais comi pombo, até porque não tive oportunidade, mas hoje em dia percebo porque não se comem os pombos das cidades. Mas os que comia eram diferentes e não acredito que não apresentavam qualquer risco para a saúde.

Onde vivia tinha uma vizinha que fazia criação de pombos, que eram exatamente iguais aos pombos das cidades, mas criados em casa. Os pombos eram criados precisamente para comermos e se algum fugia era uma chatice, um verdadeiro e muito lamentado prejuízo.

Sempre cresci a acreditar que comer pombo era tão normal como comer galinha e era até melhor, uma espécie de petisco. E na verdade é normal. Pelo menos na vizinhança onde vivia. E não era uma questão de dinheiro ou falta dele, era mesmo normal. Por isso achei curiosíssimo que algumas pessoas considerassem o pombo um animal tão pouco apelativo gastronomicamente.

De modo que comi pombo muitas vezes e asseguro que é bem saboroso.

 

 

 

Seg | 24.09.18

Pessoas inspiradoras #1

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Bom dia pessoas bonitas e curiosas,

 

Parece que o que mais faço ultimamente por aqui é abrir novas rubricas. Pois que seja.

Começo por dizer que sou uma pessoa que gosta de se inspirar em outras pessoas. Ajuda-me muito a focar nos meus objetivos ouvir e observar pessoas que, de alguma forma, já estão uns passos à frente no caminho que me proponho a seguir.  A monja Coen é uma dessas pessoas.

Desde pequena que me interesso muito por budismo. Vejo-o como uma filosofia e uma corrente de pensamento com que me identifico bastante. Ainda não encontrei no budismo nenhuma incongruência ou informação capaz de me gerar qualquer tipo de duvida. 

Os textos budistas são maravilhosos e falam-me à razão e ao coração em proporções iguais.

Desde os 13 anos que conheço a meditação e a tenho praticado, com mais ou menos frequência. 

O que me falta mesmo é foco e disciplina para colocar em prática os ensinamentos budistas que podiam muito bem basear-se num principio base: estar completamente presente no "Aqui e agora". Eis a minha grande dificuldade e o meu grande objetivo.

Todavia, ouvir as palestras na Monja Coen, inspira-me imenso e leva-me a refletir sobre os meus próprios comportamentos e pensamentos. Oiço sempre antes de dormir e recomendo a todos os que se interessam por temas como a meditação, mindfullness e felicidade.

 

Monja Coen no Youtube

Página da Monja Coen

 

Dom | 23.09.18

Livros maravilhosos para crianças de 2 anos #1

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Tenho uma relação um bocado estranha com livros para crianças pequenas (cerca de 2 anos).

Gosto imenso de ler e já devo ter trazido para casa metade dos livros para crianças pequenas da biblioteca mas a verdade é que não gosto especialmente dos livros para esta faixa etária. As histórias parecem-me sempre meio tolas e inconsequentes e não me dão grande vontade de ler.

Depois de trazer muitos livros diferentes, acabo por gostar mais dos dicionários de imagens que sempre são mais didáticos e ajudam a adquirir vocabulário.

Todavia, existem alguns livros que são giros para esta idade e, para o caso de existir por aqui mais alguém com o mesmo problema que eu, decidi criar uma nova rubrica neste estaminé: "Livros maravilhosos para crianças de 2 anos".

Vê-se logo que é uma rubrica ambiciosa (ou pretensiosa) porque pretende tratar não de livros "bons" ou "adequados" ou "giros" mas sim de livros absolutamente maravilhosos para criancinhas que mal sabem falar quanto mais ter interesses literários.

Mas, tendo em conta a experiência aqui de casa, mencionarei apenas os livros que têm sido de grande interesse quer para as miúdas, quer para os adultos que os leem dezenas de vezes (às vezes seguidas).

Hoje trago os livros do Elmer. Eu não conhecia e fiquei logo fã. A nossa amiga Carolina, que é escritora, ofereceu às miúdas livros do maravilhoso Elmer, o Elefante colorido, que faz as delícias de todos cá em casa.

As histórias são simples, giras e didáticas, sendo que não raramente ensinam princípios éticos (o que me agrada mesmo muito em livros para crianças). 

Existem versões das histórias do Elmer para crianças mais pequenas (pelos 2 anos) e para crianças maiores. Cá em casa temos os dois mas hoje refiro-me apenas aos livros dedicados aos mais pequenos.

São histórias com frases simples e curtas, que apelam muito aos sentidos o que faz com que mesmo as crianças mais pequenas se mantenham sempre interessadas. Os livros também são de cartão muito grosso o que é imprescindível, como sabem todos os educadores de crianças pequenas, prontas para estilhaçar qualquer objeto que lhes chegue às mãos.

Afirmo com absoluta convição que estes livros são um presente fantástico para os mais pequenos. O sucesso é garantido! 


Nota: Este não é um post de publicidade mas bem podia ser.  ;)

 

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Sab | 22.09.18

Lembram-se da Ana dos Cabelos Ruivos?

 

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Eu lembro-me muito bem.

Posso dizer sem erros e sem exageros que foi a série (em desenhos animados) que mais marcou a minha infância e mais influenciou o meu crescimento como pessoa.

Se sempre tive um pouco essa noção, agora que reencontrei a Ana dos Cabelos Ruivos na série da Netflix "Anne with an A", tive a certeza absoluta da forte influência desta série em grande parte dos princípios que me guiaram na juventude e inicio da idade adulta.

Chegou a ser chocante ver as convicções que julgava serem muito pessoais nas palavras da personagem principal da série. Afinal sou muito menos original do que pensava...

A meu favor devo dizer que de todas as séries, desenhos animados, filmes, novelas e outros programas de televisão terei escolhido deixar-me inspirar por aqueles com que mais me identificava e que iam de encontro à minha personalidade e valores. Daí ter-me apaixonado pela personagem de Ana, uma menina órfã, muito tagarela e sonhadora que tinha na sua imaginação a ferramenta mais maravilhosa e poderosa de sempre.

Para perceberem melhor vou explicar um pouco do que se passa na série:

Ana, uma menina de 13 anos que viveu a vida toda situações de bullying, abandono e até maus tratos (por ser diferente física e psicologicamente) é adotada por dois irmãos (uma mulher boa mas austera e um homem muito timido e gentil) na casa dos 60 anos.

Na pequena povoação onde passa a viver, Ana continua a destacar-se pelos seus cabelos ruivos e figura desengonçada e por ter uma personalidade bastante "inesperada" e  incompreendida.

Apesar de passar por muitos desafios e momentos difíceis, Ana vai superando tudo e mantendo-se surpreendentemente alegre e positiva graças à fantástica imaginação que tem e que a faz sonhar acordada durante todo o dia.


E no que é que eu me identifico com esta personagem? Em tantas coisas que até me chego a perguntar se não me terei reinventado a partir da série de desenhos animados.

- Tal como a Ana, sou uma tagarela compulsiva e arranjo assunto sobre tudo e mais alguma coisa. É muito complicado e penoso manter-me calada durante muito tempo.

- Sempre me lembro de sonhar acordada e inventar realidades alternativas na minha cabeça. Ainda hoje faço isso mas, sendo que tenho uma realidade bastante preenchida com 3 crianças pequenas a precisar de atenção, o tempo mental é cada vez menor para as divagações.

- Tal como a Ana, ou talvez depois de aprender com a Ana, ganhei a firme convicção de que não precisava de me casar ou de um homem para ter uma vida válida e feliz.

- Sempre me senti meio estranha em quase todos os meios onde me inseria, principalmente na escola primária e até ao 10º ano. Depois a coisa foi-se atenuando bastante.

- Sempre achei pouco lisonjeador quando um rapaz me elogiava por algum atributo físico (#capazes forever :D ). Não sei bem porquê mas isso sempre me incomodou. Já quando diziam que era inteligente ou se davam ao trabalho de ler as coisas que escrevia para as comentarem comigo, ou quando se mostravam interessados no que pensava ou falavam comigo durante horas sobre assuntos que não interessavam a (quase) ninguém, impressionavam-me imenso.

- Por fim, nunca tive jeito nenhum para não ser quem sou mesmo que pareça pouco madura, meio tonta, infantil ou outra coisa qualquer. Não tenho um jeito sério e nunca terei. Não acredito, de forma nenhuma na máxima: "O hábito faz o monge" ou "À mulher de César não basta sê-lo, tem de parece-lo". 

Sou mais feliz a ser eu própria o que não quer dizer que ande por aí a dizer o que penso ou a fazer o que quero. 

Sou uma pessoa civilizada. :) 


Sex | 21.09.18

Maria #16

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A Maria anda numa fase em que é completamente viciada na Xana Toc Toc.

Acorda a dizer que quer ver a Xana Toc Toc e assim que vem da escola pede para ver a Xana Toc Toc.

Conseguimos que coma a sopa dizendo-lhe que só depois de comer a sopa pode ir ver a Xana Toc Toc.

Convencemos-la a não fazer birra para ir para a escola (tem-lhe custado ir depois das férias e depois da educadora dela ter ido embora) dizendo-lhe que, quando regressar pode ver a Xana Toc Toc.

A irmã tem uma boneca da Xana Toc Toc e a Maria adotou-a. Dorme com ela e leva-a para a escola.

Na escola, por algum motivo, não permitem que os miúdos fiquem com os seus brinquedos de casa e colocam-nos numa caixa até ao fim do dia.

Ora essa caixa fica perto das casas de banho.

Resultado: A Maria passa o dia a dizer que quer fazer chichi só para passar pela caixa de brinquedos e pedir a xana Toc Toc. Safadinha.

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