Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Ter | 19.06.18

Torta de Curgete - uma descoberta fantástica, saudável e deliciosa!

 

torta de curgete 3.jpg

Descobri neste blogue - que recomendo muito e onde podem encontrar receitas para toda a família deliciosas, originais e sempre saudáveis - uma torta salgada maravilhosa.

Nunca tinha feito nada parecido mas como me pareceu relativamente simples resolvi experimentar. E ficou perfeita! Alterei muito poucas coisas e cá em casa ficámos todos fãs. 

A Lara, de 4 anos, anda numa fase em que não lhe apetece comer sopa. Vai comendo mas sempre a contragosto e esta torta parece-me uma opção bastante boa.
Desde que provou a torta que adorou (já fizemos 2 vezes) e até come tomate cherry a acompanhar (coisa rara).

O sabor é verdadeiramente bom e a consistência também fica bastante interessante. É ótima para levar para o trabalho e mesmo para um piquenique porque também é uma delícia fria.

 
Torta de Curgete


2 curgetes grandes raladas 
1 cenoura média ralada 
5 ovos
manjericão q.b.
Sal, pimenta e alho em pó q.b.
pão ralado q.b.
Azeitonas pretas descaroçadas para enfeitar

Para o recheio
100 gr de queijo ralado (usei flamengo)
8 fatias de fiambre de frango 

 
Bater os ovos e misturar bem com os outros ingredientes.

Colocar a mistura num tabuleiro com papel vegetal e levar ao forno pré aquecido a 180º durante cerca de 30 minutos (ou até ficar cozinhado).

Depois de cozinhado, retirar do forno e deixar arrefecer.

Colocar em cima da "massa" o queijo ralado e as fatias de fiambre.

Enrolar a torta, cobrir com pão ralado e levar mais 20 minutos ao forno para dourar um pouco e derreter o queijo.

Colocar algumas azeitonas por cima (opcional) e já está.

Pode ser acompanhada por uma salada verde ou outra a gosto.

Bom apetite!


Receita original aqui.

Seg | 18.06.18

Aquele tempo em que eu não tinha nada para fazer

girl-1245773_1280.jpg


Existiu uma altura na minha vida, entre os 21 e os 26 ou 27 anos, em que não tinha absolutamente nada para fazer.

Vivia em Lisboa, sozinha, e trabalhava numa loja de roupa no Centro Comercial Colombo. Trabalhava ao fim de semana e feriados, em turnos que podiam acabar às 00h00, e tinha folgas rotativas duas vezes por semana. 

O trabalho não me realizava minimamente mas fazia-se bem e com as colegas (que são minhas amigas até hoje) tinha uma relação muito boa.

Não tinha grandes planos ou objetivos na vida. Basicamente trabalhava para pagar as contas e o resto do tempo dividia-se em casa de amigos ou conhecidos (ou conhecidos de alguém), jantares, concertos, saídas à noite (sempre para ouvir boa música), festivais de música, cinema, praia e pouco ou nada mais.

Lembro-me de que nunca estava em casa e andava sempre de um lado para o outro.

Íamos ao Lux e ao Purex, no Bairro Alto, quase todas as semanas e conheciam-se muitas pessoas caricatas e interessantes. Tive as conversas mais bizarras de sempre nessa altura e as memórias que tenho desses tempos parecem excertos de filmes franceses independentes.

Sei que também foram tempos muito conturbados (no que a relações diz respeito) mas quase já nem me lembro disso. Francamente prefiro lembrar-me das partes divertidas que foram mesmo muitas. 

Tenho sempre a sensação que aprendi 90% do que sei nesses anos.

A determinada altura - talvez pelo aproximar dos 30 - decidi que tinha que mudar de vida e, no meio dessa mudança, acabei por vir viver para os Açores. 

E hoje a minha vida é bastante diferente. Hoje se há coisa que não posso dizer é que não tenha nada para fazer. Cada hora é preenchida com algo que tenho mesmo que fazer (lavar e estender roupa, cozinhar, tomar conta de crianças, inventar brincadeiras para elas, dar-lhes banho, mudar fraldas, fazer compras, procurar receitas saudáveis, preparar lanches...). 


Antes o meu tempo também estava sempre preenchido mas de uma forma mais aleatória. Estava sempre a fazer qualquer coisa mas geralmente era como se estivesse sempre de férias. :P

Foram bons tempos e muito bem aproveitados. Mas não trocava o meu presente pelo passado de forma nenhuma. Tudo teve o seu tempo e tudo foi bom.

A alegria com que lavo loiça, estendo bodies e calções de criança, e mudo fraldas, a felicidade que sinto mesmo quando estou de mau humor e muito cansada não se compara com uma estadia de meses num resort de luxo nas Caraíbas (embora ainda tenha isso em vista, em família claro).


Dom | 17.06.18

Os meus restaurantes preferidos em São Miguel #1

Calçada do Cais

 

Já tinha ouvido falar muito bem deste restaurante  que fica no centro histórico de Ponta Delgada. Nunca tinha calhado lá ir mas, aproveitando uma oportunidade de jantar fora só com o Milton, decidimos ir experimentar uma noite destas e gostámos muito.

O espaço, agradável e simples no melhor sentido da palavra, estava cheio de turistas (creio que eramos os únicos portugueses) e o pessoal do restaurante era muito profissional e simpático.

Pedimos massas (linguine para o Milton e massa à carbonara para mim) e estavam os dois pratos uma delícia!

Uma das senhoras que nos atendeu, verificando que eu estava grávida disse que poderia pedir a carbonara sem ovo. Foi muito atenciosa e ainda bem que fez esta observação porque eu não fazia ideia dos ingredientes da carbonara e parece que ovo cru é um deles.

O prato veio sem ovo e estava uma maravilha na mesma.

Seguem as fotos do que pedimos que pela fraca qualidade não fazem qualquer justiça ao sabor e aspeto verdadeiro da comida. :)


 

Entrada de pão de alho em bolo levedo

calcada do cais 1.jpg

 

A minha massa à carbonara

carbonara.jpg

 

O linguine para o Milton

calcada do cais 2.jpg

 

A sobremesa (o prato está assim desfeito porque dividimos as sobremesas): gelado de baunilha, gateau de chocolate e uma tarte de maçã deliciosa

sobremesa.jpg 

Sab | 16.06.18

Maria #11

IMG_7948.JPG

 

Falta um mês para fazer dois anos e, há uns dias, sentei-a pela primeira vez à mesa numa cadeira das nossas, com duas almofadas sobrepostas.

Também foi a primeira vez que lhe dei cereais dos nossos (uma espécie de cereais com fibra, com pedaços de amêndoa e mel, com pouco açúcar).

Comeu sozinha e direitinha, como uma menina grande. :D

A Maria não deixa de me surpreender com a sua postura de menina séria e crescida. Na creche já me tinham dito que lhe achavam imensa piada por ser tão pequenina e comer a sopa e o segundo prato sozinha, muito direitinha. 

Não sei se as outras crianças também são assim (algumas serão com certeza) mas a Maria é engraçada por parecer demasiado atinada para a idade.

Faz birras e não são poucas, esperneia e manda-se para o chão quando é contrariada mas, ao mesmo tempo, parece ter comportamentos e uma compreensão de menina crescida.

Sinto que tenho que ter muito cuidado para não a comparar com a irmã, já que são totalmente diferentes e têm características muito próprias.

Mas são mesmo completamente diferentes.

A Lara é mais brincalhona e carinhosa. Tem uma inteligência mais emocional e direcionada para o que lhe interessa (sai à mãe).

A Maria é mais concentrada e focada e tenta fazer todas as coisas tão acertadamente como consegue (sai ao pai, claramente).




Sex | 15.06.18

Brincadeira Montessoriana com Lego

 

montessori 8.jpg

 

De vez em quando, e para variar um bocado as atividades das miúdas, organizo uma atividades diferentes com materiais que tenhamos cá em casa.

Geralmente vou inspirar-me ao pinterest e acabo por fazer umas duas ou três brincadeiras montessorianas (ou outras) com as miúdas.

A Lara responde muito bem a este tipo de iniciativas - na verdade adora - e a Maria também já começa a interessar-se mais.

Uma das atividades mais recentes que fizemos consistia em fazer torres de peças de Lego de acordo com estruturas de cores que eu lhes dava, representadas num desenho que eu pintei previamente com a Lara.

Mostrei à Maria como se fazia, construi e desmanchei algumas torres e depois deixei-a fazer. Bom... não posso dizer que ela tenha feito exatamente o que se pretendia mas ficou ali toda entretida a fazer torres enormes com as cores que bem entendeu e esteve muito bem assim. :) Talvez esta atividade ainda não seja muito adequada para crianças que ainda nem têm 2 anos...

Já a Lara gostou muito e fez as torres todas que lhe apresentei com muita satisfação. :P

Guardei as folhinhas todas para irmos brincando de tempos a tempos. 

montessori 7.jpg

montessori 5.jpg

montessori 4.jpg

montessori 3.jpg

montessori 1.jpg

 

 

Qui | 14.06.18

As nossas manhãs caóticas ou... como tentamos ensinar os filhos a lidar com a frustração

partilha 7.jpg

 

A Lara e a Maria têm cada uma uma chávena e uma taça diferentes. As primeiras foram oferecidas, entretanto, uma partiu-se e eu substituí e as miúdas acham graça a ter a louça diferente.

Uma destas manhãs, agarrei na primeira taça que vi e coloquei lá a papa de aveia para a Maria. Em 5 minutos a Lara começa a chorar, primeiro baixinho e depois numa berraria. Aquela era a taça dela e ela não queria, de maneira nenhuma, que a Maria a usasse.


Primeiro enervei-me um bocado. Disse-lhe que devemos partilhar, que uma taça era apenas uma taça, que ela estava a agir de forma egoísta e isso não era bom nem bonito, que eu também partilho com ela, etc, etc, etc.

Ela continuou a chorar bem alto e a dizer que a Maria já tinha partido uma taça dela (na verdade fui eu que parti, enquanto a lavava) e que não queria que ela usasse as coisas dela.

Bom... enervei-me mais um bocado e disse que, se havia tanta escandaleira por causa de taças personalizadas, acabava-se a personalização e passávamos todos a comer em taças comuns.

Entretanto acalmei-me, refleti um bocado e esperei que a Lara se acalmasse.

Depois, falei com ela novamente e disse-lhe que compreendia que ela ficasse triste por a Maria usar a sua taça. Percebia que ela gostava muita da taça, que era de facto muito bonita, e por isso tinha medo que a Maria a partisse. Depois expliquei-lhe que tinha sido eu a partir a taça e mesmo que fosse a Maria existiam soluções para esse problema e que o facto de não emprestarmos coisas uns aos outros seria muito mais desvantajoso do que o contrário.

Dei alguns exemplos de coisas que partilhamos cá em casa: o Ipad do pai que todos usamos, os óculos de sol que trocamos, o batom da mãe que é usado por ela, entre outras coisas.

O exemplo do Ipad resultou bastante bem porque quase que o usamos todas mais que o Milton. A Lara joga de vez em quando, eu vejo séries e a Maria também vê uns desenhos animados de vez em quando. De modo que expliquei que, se cada um de nós decidisse não partilhar nada com os outros a nossa vida seria muito mais aborrecida.

Bom... ela parece ter compreendido e aceitado bem porque momentos depois concordou comigo e abraçou-me. 

Não substituí a taça da Maria, como a Lara certamente desejaria que fizesse, nem insisti num castigo ou numa desvalorização dos sentimentos dela (embora inicialmente, a minha reação fosse mais nesse sentido).

Parece-me que quando mostramos empatia pela criança e valorizamos os sentimentos dela, mesmo quando não lhe fazemos a vontade, tudo funciona melhor. Infelizmente nem sempre tenho a paciência e o discernimento necessários para o fazer. É algo a trabalhar, sem dúvida.

 

Qua | 13.06.18

Eu e a Lara: diferenças e semelhanças

IMG_2880.jpg

 

Dizem que a Lara é parecida comigo. 

Eu acho que é uma boa mistura entre mim e o pai com mais características minhas: físicas e psicológicas. Mas, olhando bem para ela, é diferente de mim em muitas coisas. É parecida comigo mas está longe de ser igual. E ainda bem.

Fisicamente até é parecida nos traços mas tem cores diferentes. A cor da pele é diferente, a cor dos olhos, do cabelo.

Psicologicamente é, de facto, mais parecida comigo: é tímida como eu mas muito expansiva quando se sente à vontade. É muito física e enérgica, gosta de escalar coisas, correr, sujar-se de areia e terra e rebolar pelo chão até ficar com a roupa toda encardida. Eu era igual quando era pequena.

Fala bastante e gosta muito de argumentar, principalmente de uma forma que a favoreça. Tem um grande sentido de justiça e é muito curiosa acerca de tudo (tal como as outras crianças).

Mas olho para ela e vejo muitas diferenças em relação à criança que eu fui.

A Lara é muito mais meiguinha. Eu era mais arisca e reservada. Ela é muito delicada e física. Gosta imenso de abraços, beijinhos, massagens e não se coíbe de ser ela a ter a iniciativa de nos abraçar e fazer uma massagem nas costas. :)

Ela adora a escola e vai muito feliz para lá. Gosta das professoras e auxiliares e do seu grupo de amiguinhos.
Eu nunca gostei da escola. Gostava de estudar mas detestava ir para a escola que era, para mim, um sítio muito hostil e pouco agradável.

A Lara não gosta de estar sozinha e requisita sempre a nossa companhia para tudo, mesmo para ver desenhos animados.
Eu brincava quase sempre sozinha e não me lembro de pedir alguma vez para alguém me fazer companhia ou brincar comigo (pode ter acontecido mas não me lembro). Lembro-me de fazer muitos desenhos e inventar muitas brincadeiras na minha cabeça e de gostar de brincar assim. Talvez por não conviver com outras crianças com frequência não era lá muito sociável.

A Lara é muito vaidosa e gosta de escolher a roupa, sapatos e até acessórios. Não me lembro de ter essa vontade com 4 anos.

A Lara é um pouco tímida mas creio que tem uma boa auto estima. Diz muitas vezes que gosta de si e luta pelos seus interesses de várias formas. Apesar de tímida espevita quando tem de ser. Por exemplo, se estiver num pula pula cheio de crianças a empurrarem-se, ela vai-se desviando entre os meninos, e lá vai conseguindo safar-se sem empurrar ninguém e sem ser empurrada.
Se fosse eu afastava-me logo da confusão.
Eu era bastante insegura e nunca lutava por nada. Na infância, claro. Depois as coisas mudaram um bocado, para melhor.

Vejo na minha filha uma criança muito mais determinada, alegre e espevitada do que a criança que eu era. E sinto-me mesmo muito feliz com essas diferenças.
 

 

 

Ter | 12.06.18

Coisas que me fazem perder a paciência

appointment-18319_1280.jpg

 



A falta de pontualidade em contexto profissional.

 

Digo em contexto profissional porque a nível pessoal, embora também não seja muito agradável, é mais tolerável, pelo menos para mim.

 

Eu não sou propriamente a pessoa mais pontual do mundo, principalmente ao fim de semana ou nas férias, alturas em que a descontração e a ausência de correrias são totalmente bemvindas. Mas, quando tenho um compromisso e a nível profissional, considero a pontualidade um reflexo de seriedade, respeito e profissionalismo. 

 

Posto isto posso dizer que a falta de pontualidade é uma das coisas que ainda me conseguem tirar completamente do sério. Consigo ser mesmo antipática e desagradável (sem ser mal educada) quando sinto que abusam do meu tempo. Claro que faço por dominar as emoções negativas logo que consiga, normalmente uns minutos depois de dizer duas ou três coisas a quem está à minha frente, mas sinto-me sempre menos bem quando sou antipática.

 

Relato as duas situações mais recentes em que me deparei com falta de pontualidade (e existem tantas e tantas outras).

 

Na cabeleireira

 

Marquei horário na cabeleireira com antecedência e, num sábado à hora de almoço, duas horas antes de ter que sair para um compromisso, o Milton ficou com as miúdas e lá fui eu à hora marcada para a cabeleireira.

 

Chegando lá e depois de verificarem a minha presença, sento-me.

 

Não está lá muita gente e vejo a cabeleireira a começar um corte de cabelo. Tudo bem, como não me dizem nada presumo que seja coisa rápida. Como estou grávida de mais de 30 semanas, o que mais faço é ir ao wc já que devo ter a bexiga minúscula de tão apertada, o que também não me deixa bem disposta. Vou ao wc achando que seria chamada em breve.

 

Volto e passam 15 minutos da hora marcada. Como ninguém diz nada, calculo que me chamem a qualquer momento e entretenho-me com o telemóvel. Volto ao wc. Sento-me novamente e passam mais 15 minutos (30 minutos no total).

 

Ninguém diz nada e a cabeleireira está a fazer um penteado a outra pessoa. Começo a ficar irritada. Doem-me as costas por estar ali sentada há tanto tempo e tenho vontade de ir ao wc outra vez. Lembro-me do Milton sozinho com as miúdas e das coisas que tenho para fazer antes do evento a que vamos todos. Vou à casa de banho já a olhar com cara de ogre para as funcionárias do cabeleireiro que insistem em não me dizer nada. Não fui capaz de ir falar com elas porque estava com receio de me transformar um dragão e começar a cuspir fogo. As hormonas não ajudam a manter o bom humor.

 

Volto a sentar-me e, 45 minutos depois da hora marcada, a cabeleireira (e dona do espaço) pergunta se aceito um café. Disse-lhe logo que tinha pressa, tinha um compromisso em breve e que tinha marcado hora há 45 minutos atrás por isso gostava de saber o que se passava. A expressão da senhora demonstrou que tinha outras coisas para fazer e esperava que eu aguardasse mais não sei quanto tempo. Ficámos a olhar uma para a outra, num impasse... Foi cómico. Entretanto a senhora disse que seria atendida em 5 minutos e eu esperei os tais 5 minutos e a partir daí tudo decorreu normalmente.

 

E eu penso: “Mas como é que deixam uma cliente que marcou hora 45 minutos à espera sem uma justificação, um pedido de desculpa ou uma palavra qualquer?”

 

Não consigo perceber mesmo. Já nem falo apenas na falta de pontualidade e respeito para com o tempo dos clientes mas com o facto de nem se darem ao trabalho de justificar ou falar com as pessoas sobre a situação. Mas o que se passa com as pessoas? Serão os clientes uma espécie de indivíduos assim tão negligenciável? 

 

 

 

No consultório médico (particular)

 

Tenho uma marcação de especialidade para a Lara num dia de semana e o pai, naturalmente e por ter essa possibilidade, vem também. O Milton é trabalhador independente e sempre que vem connosco a uma consulta está a pagar muito mais que o valor da consulta, está a pagar todas as horas em que não trabalha. 

 

Por acaso nesse dia e com uma boa margem de tempo, tinha consulta para mim no obstetra.

 

Só por acaso pergunto à rececionista se as consultas estão a tempo ao que me responde que o médico tinha acabado de chegar e as consultas estavam atrasadas uma hora. 

 

Explico que tenho uma consulta nessa tarde e que, obviamente, não posso faltar ou chegar tarde.

 

Eu e o Milton decidimos ir dar uma volta com a Lara e esperar mas tivemos que ligar para o obstetra a dizer que chegávamos mais tarde o que atrasou a nossa consulta (uma vez que outras pessoas foram colocadas à nossa frente) e fez com que o Milton não pudesse trabalhar mais nessa tarde.

 

Eu não acho isto aceitável. Mas porque é que as pessoas consideram que o seu tempo é mais valioso que o dos outros? Não percebo mesmo.

 

Percebo perfeitamente que as consultas se possam atrasar porque nem todos os casos implicam o mesmo tempo, isso é normal e percetível  (e até desejável) mas a ausência de uma explicação e um pedido de desculpa já não me parece justificável.

 

Parece que se instituíu como normal que o cliente tem que esperar e pronto. Solicitamos um serviço, pagamos o devido e temos que ter todo o tempo disponível para esperar pacientemente que nos atendam “quando calhar”. 

 

Não consigo ser apreciadora deste estado de coisas.

Seg | 11.06.18

Quem me dera que fosse sempre assim!

Maria a limpar 7.jpg

 

 As minhas filhas estão naquela fase fantástica - e que suspeito que não dure muito - de adorarem limpar. Sempre que sujam algo não se coíbem nada de agarrar no aspirador pequeno ou num pano para limparem tudo.

E a Lara ajuda-me mesmo muito aspirando e limpando debaixo das mesas onde, com uma barriga enorme de 7 meses de gravidez, já não consigo chegar sem me torcer toda. E ela limpa bem, muito bem até!

A Maria também adora limpar e chega a gritar por um pano para limpar o tabuleiro da sua cadeirinha de comer. Claro que depois tenho que voltar a dar um jeitinho mas ela até é bem minuciosa, passando com o pano nos cantinhos todos.

Desde muito pequenas que as habituamos a limpar aquilo que sujam mas creio que mesmo que não o tivéssemos feito elas iam gostar de limpar, nem que seja para imitar aquilo que nos veem a fazer. 

A Lara chega mesmo a limpar as coisas que a irmã suja.

No outro dia pediu-me um pano e líquido dos "dói-dóis" para limpar a mesa e as cadeiras dela que a Maria tinha riscado com lápis de cera. Depois percebi que se referia a álcool porque viu uma vez a avó a limpar assim os riscos da mesa. :) Dei-lhe um paninho e papel com álcool e limpámos as duas. :) 


 

 

Dom | 10.06.18

Diferenças entre as minhas filhas

As minhas filhas são muito diferentes. Física e psicologicamente. 

Já estamos habituados a que assim seja e até gostamos muito de ter filhas com características tão diferentes, mas não deixo de me espantar pela forma como essa diferença se manifesta em tudo.

Quando vamos até à praia a Lara enfia-se logo na areia: rebola, manda areia ao ar, faz buracos, bolos de areia... enfim, quando chegamos a casa ela tem areia por todo o lado, metida nas unhas e colada à cabeça. É assim desde pequenina e nós deixamos, claro. Ficamos bem felizes por lhe lavar a roupa, toda encardida de tanto brincar e se divertir.

Ela agora está numa fase em que não só suja a roupa como a rasga. :D Não me importo mesmo nada.

A Maria é o oposto, como seria de esperar. Detesta sujar-se e pisar em "coisas duvidosas.

Não gosta de andar descalça nem na praia. Chora se lhe tiramos os chinelos e é capaz de ficar horas ao meu colo muito sossegada só a ver a paisagem e a irmã a brincar. 

A melhor forma de a manter sossegada ao colo é mesmo ir para um sítio cheio de areia e sentar-me com ela ao colo. Tenho a certeza que dali não saí de maneira nenhuma. :D

 

IMG_7917.JPG

 

IMG_2802.JPG