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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sex | 24.11.17

Black Friday #3 Para os presentes de Natal dos Miúdos

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Coisas giras, queridas e maravilhosas para meninos e meninas.

Adoros as meias para os bebés, as casas de madeira, os camiões de madeira... tudo.

Seguem as minhas sugestões de hoje. As de amanhã são de livros.


Clicar nas imagens para ver os descontos fantásticos e os detalhes. Alguns preços ainda não estão com desconto e é preciso ler as condições para saber como obter os descontos.


Sex | 24.11.17

Quando somos pessoas, mesmo depois de sermos mães

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Ontem foi a primeira vez que caminhei, sozinha, à noite, a ouvir música com headphones até casa, e a única coisa que existia na minha cabeça era isso: eu, a caminhar sozinha e a ouvir música numa cidade.

Não me acontecia há anos!
Provavelmente desde que fui mãe, ou mesmo antes, não sei dizer.

Acho que muitas mulheres sentem o mesmo (mesmo as que não têm filhos). É muito difícil ter a nossa mente ocupada com uma única coisa, mesmo que seja uma coisa muito boa e relaxante, como é caminhar e ouvir música. Normalmente estamos a pensar nos nossos filhos, nas inúmeras coisas que temos para fazer, nos nossos filhos, no trabalho, nos nossos filhos, no almoço que combinámos para dali a duas semanas e do qual não planeámos nada, nos nossos filhos, na roupa que deve estar toda molhada no estendal porque choveu a tarde toda, nos nossos filhos, e por aí fora.

Ontem era só eu, Carla, a de sempre, a caminhar da forma do costume, nem mais depressa nem mais devagar e a fazer uma das coisas que mais gosta: ouvir música.

Na verdade tinha acabado de sair de uma sessão de acupunctura, a segunda que fiz, e a mistura de descontração com mente alerta e focada com que estava souberam-me mesmo muito bem durante aquela caminhada de meia hora.

Nem sequer olhei para trás, gesto que costumo repetir sempre que caminho à noite de headphones. Estava completamente presente e a usufruir daquele momento.

Até agora, posso dizer que a acupunctura tem sido a única “terapia” que me coloca neste “estado arrumado”. Mais tarde, quando tiver feito mais sessões falarei disso com maior conhecimento de causa.

À medida que me ia aproximando de casa e a minha família voltou à minha mente, a felicidade que fui sentindo foi diferente dos outros dias: foi mais pura, menos cansada e com muito mais para dar. Por acaso, quando cheguei, as miúdas já estavam a dormir.

O resto da noite foi a tratar de coisas, a cozinhar a preparar tudo para o dia seguinte mas, ainda assim, foi em tudo diferente dos dias habituais. Optei por deixar algumas coisas para o dia seguinte (coisa antes impensável para mim) e o que fiz foi com toda a minha atenção.

E, deste dia, guardo aqueles passos tão bons, que dei com duas coisas apenas na mente: a música e a sensação boa de caminhar pela cidade.