A melhor praia portuguesa em que já estive - Santa Maria 2017 #2
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Olá pessoas bonitas.
Para o caso de ninguém ter reparado, informo que estive de férias. E que férias peculiares foram! Foram umas férias cheias de "primeiras vezes".
Foi a primeira vez que fiz férias a 8, a primeira vez que andei de barco inter ilhas, a primeira vez que comi peixe acabado de pescar por alguém da casa, a primeira vez que comi lapas cozinhadas em casa, a primeira vez que toquei em estrelas do mar, a primeira vez que privei com caranguejos eremitas, a primeira vez que tomei o pequeno almoço em cima de um "calhau" no quintal de casa e a primeira vez, desde que a Internet existe, que fiquei sem Internet e telefone durante 10 dias.
Fomos para Santa Maria, a ilha vizinha da "nossa", com um casal amigo e os seus dois filhos pequenos.
Foi uma experiência muito desafiante e, ao mesmo tempo, muito boa.
Foi desafiante porque não é fácil estar 24 horas por dias com 4 crianças pequenas. O mais pequenino tem 3 meses e é um doce. Super calminho e muito sorridente só contribuia com alegria e graciosidade para o nosso humor de veraneantes. Os outros três foram uma mistura explosiva de graça e testes constantes, sempre com um saldo muito positivo.
Tenho tanto para contar sobre estas férias que terei que dividir as histórias por capítulos mas deixo-vos já algumas pistas sobre aquilo de que se vai falar por aqui:
- Uma praia digna das Caraíbas
- Fazer férias com várias crianças pequenas
- Explorar o "fundo do mar" com crianças pequenas
- A Lara já sabe nadar
- Estive 10 dias incontactável
- Maia, um paraíso quase secreto
- 10 coisas para fazer nas férias com as crianças
A ordem de publicações não será necessariamente esta mas falarei sobre todos estes assuntos em textos individuais.
Posso dizer-vos que já estou cheia de saudades da ilha de Santa Maria que, nestes dias, e pelos momentos maravilhosos que lá passei, já se tornou extremamente familiar.
A foto acima é do sítio onde passámos quase todas as manhãs e tardes, uma piscina de água do mar a poucos metros de casa.
Na Maia tudo é um apelo ao descanso e à contemplação: parece que o tempo anda mais devagar, o mar é maior e mais azul, o sol é mais caloroso, as pessoas mais amistosas e conversadoras, a comida mais saborosa e cada recanto assemelha-se a um pedaço de paraíso que queremos agarrar e conservar assim para sempre.
Nesta página encontram nove ideias de papinhas simples, saudáveis e aparentemente deliciosas para bebés.
- Papa de framboesa e pêra
- Papa de banana
- Papa de batata
- Papa de frango
- Papa de manga, frutos vermelhos e abacate
- Papa de manga, maçã e cenoura
- Papa verde
- Papa de batata doce
- Papa de couve
Toda estas papas podem ser guardadas no frigorífico até 3 dias e no congelador até um mês.
Isto foi um achado para mim que não tenho grande imaginação para papinhas e sopas mas gosto de ser eu a fazer todas as comidas das minhas filhas, mesmo as papas de bebé.
Verifiquem sempre com o pediatra ou médico de família quais os alimentos adequados para cada idade do bebé.
Serei a única pessoa no mundo que tem medo de partir o pé, quando está sentada numa posição complexa e fica com o pé completamente dormente?
Não ficam com a sensação de que podem colocar o pé numa posição estranha e, por não o sentirem, torcê-lo e parti-lo?
É que eu penso nisto de todas as vezes que tenho que pousar um pé dormente no chão ou tenho que caminhar com ele.
Não gosto de música ambiente, nunca gostei. Confunde-me.
Música ambiente, para mim, é ruído e desperdício. Não o afirmo como uma verdade absoluta, é apenas a minha realidade, totalmente subjetiva.
Sinceramente, até me custa ouvir música de olhos abertos.
Se pudesse optar pelo ideal, ouvia música sempre de uma de duas formas: a dançar ou da melhor forma possível, deitada num divã, sozinha, de olhos fechados.
Quando posso fazer algo parecido com isso entro num estado de atenção plena, como se cada um dos meus sentidos e todas as capacidades do meu cérebro estivesse no seu potencial máximo para viver a música da forma mais completa possível.
Ouvir música é como entrar numa realidade paralela onde tudo a razão e a emoção são uma coisa só, como se tudo fosse como deve ser, claro, intenso, real, crú e muito confortável.
Quando consigo estar assim, parece que perco a individualidade, o ego e qualquer emoção que me faça estranhar a realidade: não existe medo, ou vergonha, ou dúvida, ou confusão, ou nervosismo. Tudo se dissolve nesta coisa extraordinária e indescritível que alguém um dia inventou para alimentar a alma.
E é esta, também, a minha terapia.
Bom… estamos a tentar extorquir dinheiro uns aos outros, de uma forma mais ou menos consentida. :D
E isto tudo para ver se nos tornamos pessoas mais positivas e otimistas. Mas a coisa só lá vai à força ou seja, mexendo na nossa carteirita.
No que é que este povo (no qual eu sou uma feliz incluída) pensou?
Em fazer uma aposta, em dinheiro, já se sabe, que consiste no seguinte:
Vamos policiar-nos uns aos outros durante um mês e anotar numa tabela, sempre que alguém disser algo negativo.
No final do mês, quem tiver menos “riscos” na tabela, recebe 0,50€ de cada um dos outros.
Isto promete!!!!
Para já posso adiantar que reina o silêncio na sala. :P
O grande objetivo é tornarmo-nos mais otimistas e perdermos o hábito de nos queixarmos constantemente.
Por acaso até acho que isto é uma ideia muito gira e mesmo divertida. O que já nos rimos à conta disto!
Parecendo que não, estar constantemente atento ao que dizemos é um exercício desafiante. :D
Vou-vos mantendo atualizados.
Já ia a noite bem mandada, estava eu a ver o maluco beleza e o Milton a tratar de "burocracias" da casa.
A determinada altura ele pega na conta da Nespresso, que ainda estava presa à caixa de cápsulas que tinha chegado à tarde.
Exclama ele:
"30 euros de café?!!!"
Respondo-lhe eu:
"Estás a reclamar? Compramos esse café por tua causa, que tens vómitos quando bebes outro qualquer. Sabes que eu fico satisfeita com café instantaneo da marca Dia. Quando quiseres passar de 30 euros para 3 euros avisa que o meu estômago é de classe média baixa e tenho a certeza que não vai sentir-se incomodado."
Li este texto maravilhoso da Rita Ferro Alvim e fiquei a pensar nisto, mais uma vez.
Creio que todos os pais pensam nisso: no que podem fazer para que os filhos sejam adultos felizes.
Eu tenho essa meta irrealista. Gostava muito que estivesse nas minhas mãos a felicidade das minhas filhas. Se soubesse a receita mágica para as tornar felizes para sempre, faria tudo o que pudesse para isso acontecer.
Mas não tenho esse conhecimento. Se as mães o tivessem, o mundo seria composto por pessoas perfeitas e felizes.
O que faço, com a total consciência de que isto pode estar totalmente desadequado, é dar às minhas filhas aquilo que, pessoalmente, considero ser mais importante para a felicidade de alguém. É algo completamente subjetivo, mais relacionado comigo do que com as minhas filhas.
Por outro lado, há uma coisa que posso fazer por elas, que é fazer com que sejam crianças felizes. Posso não controlar a sua fase adulta mas posso tornar a infância delas leve, bonita e alegre.
E como é que pretendo fazer isso (sabendo que existem dias melhores que outros e assumindo isso sem culpas)?
- Dando o exemplo e sendo feliz. Não será a toda a hora e a todo o momento mas farei o possível por estar feliz a maior parte do tempo. Falarei sobre este item de forma mais extensa num outro post, que isto dá para ficar aqui horas a dissertar.
Acredito que a melhor forma (se não a única) de ensinar algo a alguém é através do exemplo e da capacidade de inspirar os outros. Não posso ambicionar contribuir para a felicidade das minhas filhas se eu própria não for a imagem da felicidade, se eu própria não contribuir ativamente para a minha felicidade.
Em casa as minhas filhas vão ver uma pessoa real, às vezes aborrecida, às vezes triste e às vezes zangada mas que estará a maior parte do tempo bem disposta, alegre e feliz. Com ou sem filhos, acredito que essa é a maior responsabilidade de cada um de nós: sermos felizes.
- Passando-lhes os valores que considero mesmo importantes: tolerância, coragem, amor-próprio, relativização da realidade, pensamento critico e a certeza de que podem ser tudo o que quiserem.
- Observá-las a crescer e estar ali, sempre presente. Dar-lhes o que tenho de mais precioso: o meu tempo.
- Ensinando-as a valorizar muito mais o ser do que o ter.
- Ensinando-lhes o valor do trabalho, o valor do dinheiro e a gerir o esforço de uma forma inteligente.
- Tentar o melhor que souber, incutir-lhes sentido de humor. A Lara tem bastante, a Maria ainda não sei. Acredito muito que, se tiverem a capacidade para rir de si próprias, aliada a uma boa auto-confiança, serão, certamente, pessoas felizes.
Que, na noite de festa branca em Ponta Delgada, em vez de ir vestida de branco como exigia o protocolo, fui disfarçada de ventríloco. :P
Apesar de ser mãe de segunda viagem, ainda tenho esquecimentos dignos de uma amadora.
No outro dia calhou irmos dar uma voltinha à noite, com as miúdas e os respetivos lanches. Chegou a hora de dar papa de fruta à Maria e… eis que nos esquecemos da colher.
Como bons portugueses que somos desenrascámos a coisa com meia bolacha Maria, transformando uma falha numa deliciosa colher comestível. :P