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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Ter | 29.11.16

E então Carla, que tal o primeiro dia de trabalho?

mulher

 

Bem... na verdade vou trabalhar 2 dias e depois tenho férias até 27 de dezembro. Fiz mal as contas e tive que trabalhar estes dois dias porque a licença de maternidade acabou mais cedo do que eu tinha previsto.

 

Para começar, a manhã em casa foi um caos. Agora é que senti a dificuldade de me despachar para o trabalho com duas crianças pequenas em casa.

 

É complexo senhores, é complexo.Nem sabia para onde me havia de virar apesar de ter acordado pelas 6h40.

 

Acabei de tomar banho e fui dar a papa à Lara, depois tinha que mudar a fralda da Maria enquanto o Milton vestia a Lara, tinha que tentar comer alguma coisa e fazer chá de urtiga ao mesmo tempo (dizem que é bom para ajudar a produzir leite), tinha que arrumar o material para tirar leite na hora de almoço, arrumar a marmita, deixar o leite a descongelar para a minha sogra dar leite à Maria, entre outras coisas de que já não me lembro.Parece muito simples mas, no meio de uma certa atrapalhação e de duas crianças a barafustar, é um bocadinho caótico. 

 

Mesmo com roupa e marmitas de comida preparadas de véspera, não é nada fácil.Mal tive tempo de comer (na verdade até perdi a fome) e tive que correr bastante para conseguir chegar ao trabalho pelas 08h30. Estou convencida que a coisa vai ao sítio com mais organização e alguma experiência.

O mais difícil

O que me custou horrores mesmo foi ver a Lara com os brinquedos na mão a pedir-me para brincar com ela.

Ia-me largando a chorar. Dizer-lhe que não tenho tempo para brincar com ela custa-me mesmo muito! Foi nesse momento que caí na real.Felizmente quando saí de casa - que ficou completamente de pantanas - estava o Milton a brincar com a Lara na sala e eu fiquei mais descansada.

 

Fiquei muito feliz mesmo! A casa pode estar toda desarrumada, a casa de banho cheia de cabelos, as camas por fazer, a roupa por arrumar mas, se encontramos tempo para brincar com a nossa filha de manhã, sinto que estamos exatamente como é suposto estarmos.

 

E sinto-me muito feliz, stressada mas feliz! :P

Sab | 26.11.16

Como lido com as birras da minha filha de 2 anos

filhas

 

A certa altura, talvez pela chegada da irmã mais nova, a Lara começou a fazer birras gigantescas. Gritava muito (para desespero do pai), batia-nos, mandava com as coisas ao chão (se não queria comer não estava com rodeios, mandava logo o prato ao chão), entre outras coisas agradáveis e simpáticas.Nunca lhe batemos nem nada parecido com isso mas "passávamo-nos" muitas vezes.

Não sabíamos como agir e, quando dava por mim, estava zangada, cansada e muito frustrada. Chegou uma altura em que achava que não conseguia controlar a minha filha (como se ela fosse uma criatura que precisasse de ser controlada).Brincava todos os dias com ela, tinhamos muitos momentos carinhosos e sempre lhe dei muita atenção (mesmo com a bebé), por isso não percebia porque fazia ela tantas birras. Por vezes, parecia que quanto mais atenção lhe dava, mais birras ela fazia.

 

Até que chegou agosto e tive que ficar com as duas em casa (a Lara de dois anos e a Maria de um mês). Confesso que andava muito ansiosa dias antes de ficar com elas porque receava não conseguir "dar conta do recado".

 

Mas, num instante, lembrava-me que tinha duas filhas e a obrigação de saber (ou aprender) lidar com elas e tomar conta delas ao mesmo tempo. Se existiam pessoas que tinham gémeos, trigémeos e vários filhos e cuidavam deles sozinhas e até os ensinavam em casa, certamente iria conseguir tomar conta das minhas filhas.Não sei se foi este pensamento que me deu força ou se me deu uma inspiração qualquer mas, desde o primeiro dia em que fiquei sozinha com elas, que tudo começou a correr muito melhor com a Lara.

 

Para começar, dei-lhe sempre toda a atenção que podia. Fazia-lhe entender que a adoro e que é muito importante para mim. Todos os dias lhe digo isso, por gestos e palavras. Mas, fiz mais do que isso. O que fiz de diferente foi focar-me totalmente nas minhas filhas.

 

Decidi que, a partir do momento em que o meu namorado fosse trabalhar, eu não quereria saber de loiça para lavar, roupa para arrumar, internet ou telemóvel. Toda a minha atenção seria focada nelas.

 

Curiosamente (ou não), desde que desliguei de tudo, senti-me muito mais tranquila e confiante. Sempre que me sentia a ficar impaciente com uma birra da Lara, caminhava com a bebé ao colo e concentrava-me na minha  respiração até me acalmar. Quando já estava calma, decidia o que fazer e conversava com a Lara com toda a calma.

 

Foi assim que cheguei à técnica que utilizo sempre que a Lara começa uma birra. Digo começa porque nunca a continua.

 

O que faço é tão simples como conversar com ela de forma assertiva e nada emocional. Explico-lhe as coisas o melhor possível, dentro do que ela pode entender. Não me mostro zangada mas também não sorrio.

 

Digo-lhe que gosto muito dela, que independentemente do seu comportamento vou gostar sempre muito dela, mas não vou tolerar certas coisas.Digo-lhe que me sinto triste com o seu comportamento e que ele terá consequências. Explico-lhe que se continua a comportar-se dessa forma, não irei brincar com ela mais tarde, nem vamos comer um gelado e a tarde vai ser uma grande chatice para as duas, chatice essa que ela pode evitar acabando com o comportamento que está a ter.

 

Confesso que nem sempre me senti segura com esta técnica. Nem sei porquê mas ainda me sinto insegura como mãe em muitas situações. O facto é que, independentemente de estar segura com a minha resolução ou não, teria que fazer alguma coisa e, isso, foi o que me pareceu melhor na altura.Deu certo.Podia não ser no minuto seguinte mas, passado um tempo, a Lara passou a fazer o que lhe tinha pedido: fosse dormir a sesta, apanhar as coisas que tinha mandado para o chão ou comer a sopa. Isso sem gritos, stresses desnecessários ou choradeira.

Duas coisas que me ajudam a lidar com as birras

Uma das coisas que tento fazer é prevenir a birra antes dela acontecer. Nem sempre é possível mas, quando sei se vai existir alguma situação potenciadora de birra como, por exemplo, a hora de comer a sopa, explico-lhe que depois da sopa vamos fazer uma coisa muito gira que ela vai adorar. Na verdade íamos fazer a atividade de qualquer maneira mas "teatralizo" isso de uma forma muito entusiasmada e ela fica toda animada e curiosa.

 

Inventar jogos e brincadeiras simples, de que eu própria goste muito, para a entreter nos momentos mais complexos também resulta muito bem. Assim divertimo-nos as duas.Por exemplo, na hora do jantar fingimos que cada colher de carne é um menino que vai viajar na boca da Lara e que cada colher de sopa é um serviço de entregar que vai entregar um brinquedo ao menino. "Esta colher leva uma bola para o Diogo", "Esta leva um boneco, a outra um lego, a outra um barco à vela" e assim sucessivamente. Ela fica tão curiosa para saber o que vem a seguir que come a sopa cheia de vontade e toda satisfeita. :D

 

Tem resultado lindamente. É preciso é estar sempre a inventar coisas novas para que ela não se farte. E acabei por descobrir que estes exercícios simples me divertem muito a mim também. :D

Qui | 24.11.16

Pensei que ia deixar de amamentar a minha filha

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Tal como já escrevi aqui, amamentar foi um dos maiores desafios que tive como mãe.

Foi difícil e muito doloroso amamentar a Lara nos primeiros 45 dias. Muito mesmo!


Logo no primeiro mês ela não estava a ganhar peso suficiente e, a dada altura, fiquei sem saber se conseguiria amamentá-la ou não. Com a ajuda e indicações da pediatra e das enfermeiras do Centro de Saúde, persisti e amamentei a Lara enquanto ela quis, até aos 18 meses.

Com a Maria foi tudo mais fácil. Ela pegou logo na mama e mamou muito melhor que a Lara desde que nasceu. Foi doloroso mas não tanto como da primeira vez e, em duas semanas, já não tinha dores nenhumas.

A Maria era uma bebé gordinha, ganhava peso muito bem  e nunca cheguei a dar-lhe suplemento (à Lara ainda cheguei a dar algumas vezes, no hospital). Ela mamava quando queria e estava acorrer muito bem assim.

Até que, quando foi levar a vacina dos 4 meses, também foi pesada e vista pela médica de família.

Há um mês que não era pesada e descobrimos que durante esse tempo todo tinha aumentado apenas 10g. Já tinha reparado que estava mais magra mas como estava bem disposta e mamava quando queria e com regularidade, nunca me tinha preocupado com isso.

Ela devia aumentar 20 ou 30 g por dia e tinha aumentado 10g num mês o que é o mesmo que nada! Fiquei desnorteadíssima!

A enfermeira pediu-me para a amamentar ali e, de facto, ela largava a mama, começava a chorar e notava-se que saía pouco leite. O facto é que ela tinha mamado em casa há menos de uma hora por isso não devia ter fome e o leite não estava propriamente a jorrar (pensava eu, na minha cabeça, a tentar animar-me).


Comecei a tentar perceber o que podia ter acontecido e encontrei alguns factos relevantes:

  • Tenho tido vários problemas pessoais que me têm deixado muito nervosa, é um facto. Mas já tinha esses problemas no final da gravidez e tinha corrido tudo bem na mesma.Bom... nas últimas semanas tinham surgido questões novas que me estavam a deixar em stress e por isso já tinha procurado ajuda psicológica, para garantir que ficava bem, e parecia-me que estava a resultar.

  • Fiquei sozinha com as minhas filhas durante 5 dias e isso deixou-me muito ansiosa. Os dias em que fiquei sozinha correram bem, mas tive muita ansiedade na semana antes.

  • A partir dos 4 meses, a minha produção de leite diminuiu bastante e adaptou-se à procura da bebé. Acho que isso é normal. Deixamos de produzir leite a mais e, a produção passa a ser ditada pela procura do bebé ou seja, quanto mais o bebé mama mais leite é produzido.

  • A Maria começou a mamar mais depressa. Praticamente mamava, no total, cerca de 5 ou 7 minutos em cada mamada.

  • Nos dias em que estava mais cansada, não insistia tanto para que a Maria mamasse de noite. Mal ela parava voltava a colocá-la a dormir. Antes insistia mais para que ela mamasse.

    Não sei se foi algum destes factores que fez com que a Maria não ganhasse peso ou se foi uma conjugação de vários.


Ela foi medida e estava a crescer bem. A vitalidade também estava boa. O peso é que não.

A enfermeira falou com a médica e, no fim, disseram-me que tinha que começar a dar-lhe leite artificial e começar a papa. Eu perguntei se poderia insistir na amamentação e deram-me a entender (disseram mesmo) que o mais provável era começar a deixar de ter leite e de amamentar. Que já tinha amamentado em exclusivo durante 4 meses o que já era excelente!

Senti-me destroçada. Nem sei como não comecei ali a chorar. Excelente?! Como assim?Tinha amamentado a Lara durante 18 meses e estava tudo a correr bem com a Maria até ali, como é que eu podia desistir de amamentar a minha filha assim?

- Sem tentar perceber o que tinha acontecido?

- Sem saber se foi uma coisa gradual ou se aconteceu numa semana ou em alguns dias?

- Sem saber se eu tinha ficado com pouco leite e ela tinha deixado de querer mamar tanto, ou se ela tinha deixado de querer mamar e por isso é que tinha ficado com pouco leite.

- Sem tentar insistir mais na amamentação?

A médica disse-me que podia amamentar primeiro e depois dar o suplemento para ela ficar satisfeita mas tinha que dar o suplemento. Perguntei se o Promil (complemento alimentar que supostamente ajuda a produzir mais leite) fazia mesmo efeito e a médica pareceu-me cética.

Fui para casa. Pensei muito. Conversei bastante com o meu namorado. E chegámos a um plano de ação.

Gosto muito da minha médica de família e confio totalmente nela. Não costumo ter boas razões para estar satisfeita com o Sistema Nacional de Saúde mas tive muita sorte com a médica de família que me foi atribuída. É profissional, competente, empática e verdadeiramente interessada. Em pouco tempo ajudou-me em muitas situações.

Fiz o que a médica recomendou, mas fiz à minha maneira e depois de pedir também a opinião da pediatra.

Tentei dar papa à Maria e leite no biberão sempre depois dela mamar. Cuspia sempre a papa e pouco bebia do biberão. O leite que lhe oferecia não era artificial mas leite meu que tinha congelado.

Experimentei dar-lhe leite antes dela mamar e ela bebia com bastante vontade. Quando lhe dava depois de mamar não queria. Isso dava-me a entender que estava satisfeita.

Tal como a enfermeira tinha indicado passei a alimenta-la de 2 em 2 horas, mesmo de noite... mas amamentando-a. Ao mesmo tempo, tomava promil, bebia 3 litros de água por dia e 1 litro de chá de urtiga. No fim de algumas mamadas tirava leite com a bomba elétrica, mesmo que só saíssem 10 ml. Guardava o leite para tentar dar-lhe depois dela mamar. Raramente queria.

Passei a fazer de tudo para a Maria mamar mais de 5 minutos. Embalava-a enquanto mamava, cantava para ela, colocava-a em várias posições diferentes (muitas vezes de pé), dançava com ela, colocava música a tocar - que era o que resultava melhor, ela parece adorar Chopin e Nina Simone - e lá conseguia que ela mamasse 8 minutos ou, na loucura, 10.

Tem sido muito cansativo, física e psicologicamente. Mas, não ficava bem comigo mesma se desistisse de amamentar assim tão facilmente.

Ao fim de 5 dias voltámos a pesar a Maria no Centro de Saúde. Tinha aumentado 60 g, 15g por dia. Não era espetacular mas já era 6 vezes mais do que no último mês. Expliquei à enfermeira o que estava a fazer. Ela não discordou as disse que eu tinha que insistir na papa. Eu insisti, a Maria não parecia interessada (o que é normal, no princípio é mesmo assim).

Fomos pesar a Maria passados mais 5 dias e já estava a engordar as 30g por dia recomendadas, praticamente só a mamar, sem papa e sem complemento.

Fiquei tão feliz e aliviada! Afinal consigo amamentar a minha filha.

Alguma coisa aconteceu naquelas semanas em que ela perdeu peso. E o que aconteceu não foi eu deixar de ter leite. Foi ela ter mamado menos provavelmente por minha culpa. Ou por me sentir mais nervosa ou por eu estar tão cansada que não insistia com ela.

Também partilhei a minha experiência num grupo de mães do Facebook onde me contaram outros casos semelhantes, alguns de sucesso, que muito me ajudaram a decidir o que fazer nesta fase.

Claro que terei sempre em conta, acima de tudo, as indicações médicas e a minha intuição mas os grupos de mães têm desempenhado nesta minha experiência de maternidade, um papel de apoio e entreajuda importantíssimo.

Neste momento mudaram algumas coisas na amamentação:

  • Bebo 4 litros de líquidos por dia;

  • Já não acordo sozinha de noite para amamentar. O Milton acorda comigo e ajuda-me indo buscar a Maria, colocando música, indo buscar água, mudando a fralda quando é preciso e contando o tempo em que ela mama. Esta ajuda faz-me toda a diferença. De facto armei-me em forte amamentando sozinha de noite a Maria durante 4 meses e, nas últimas semanas já estava mesmo muito cansada.

  • Estou muito mais atenta às necessidades da Maria, não só para mamar mas também para dormir. Mal ela dá indícios de ter sono, vai logo dormir. Claro que isto só resulta bem quando estamos as duas sozinhas em casa.

  • Crio um ambiente totalmente propício à amamentação. Já não a amamento na rua  ou com ruído, só em casa e com a música que ela gosta.A Maria já tem quase 5 meses e ainda mama em exclusivo.


    Esta foi a minha experiência.

    Cada caso é um caso e, o que funcionou comigo pode não funcionar da mesma maneira com outras mães. Eu segui o que foi recomendado pelos profissionais de saúde mas de uma forma que ia de acordo com a minha intuição de mãe. Nós mães também sabemos e sentimos o que é melhor para os nossos bebés. O bem estar deles é a nossa maior preocupação mas, às vezes, o medo e a rapidez com que as coisas são feitas, impedem-nos de pensar da forma mais clara possível.

    Estou feliz por ter decidido não comprar o leite artificial e dar mais uma hipótese à amamentação. Claro que só pude fazer isso porque tinha leite guardado.

    Aproveito para dar um conselho que me parece de valor e gostaria que me tivessem dado: se puderem tentem tirar leite e congelá-lo nos primeiros 3 meses do bebé que é quando a produção é muito elevada. Depois a produção adapta-se às necessidades do bebé e não é tão fácil extrair o leite.

    É possível, eu continuo a tirar leite para guardar, mas é mais difícil porque não sai tanta quantidade. Se puderem guardem. Pode dar jeito. Com a Lara guardei bastante e acabei por deitar fora. Com a Maria guardei algum e foi o melhor que fiz. Cada caso é um caso mas mais vale ter guardado do que não ter. ;) 


Concluindo...

O texto acabou por ficar enorme mas quis mesmo escreve-lo para deixar a minha experiência com a amamentação e dizer que, em alguns casos, vale a pena insistir. É muito gratificante para nós e o bebé agradece.

É evidente que, se a insistência na amamentação estiver a provocar stresse e ansiedade na mãe o melhor e optar logo pelo complemento. Isso nem se questiona. A mãe acima de tudo tem que estar bem e calma para poder tratar o melhor possível do bebé. No meu caso o que me causava stress era não amamentar, ou desistir sem tentar fazer tudo o que fosse possível, e só por isso é que o fiz.

E, se logo na primeira pesagem, a minha filha não aumentasse de peso, passaria a dar-lhe complemento imediatamente.

Um beijinho enorme para todas as mães  :) 

Ter | 22.11.16

Perdi uma excelente oportunidade de estar calada!

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Manhã.Depois da correria do costume, Lara e pai saiam pela porta em direção ao elevador.

 

Eu, meio despenteada, camisola de amamentação meio aberta, decido que o espaço comum em frente ao elevador é o sítio indicado para sugerir ao Milton que não nos estiquemos nas prendas de Natal que vamos oferecer um ao outro. O facto é que, por motivos vários, as minhas despesas mensais aumentaram imenso e o meu poder de compra está quase nulo. Antes que o homem se lembrasse de me oferecer um anel de diamantes (ah ah ah ah... ah) decidi ter uma rápida conversa sobre isso.

 

Nisto ele já está meio dentro do elevador e, depois de terminar a conversa - o elevador parado no nosso andar - estranho o Milton estar um pouco sem reação e dirijo-me a ele para me despedir e digo - sempre muito brincalhona (enfim!):

 

"Dá cá um beijo!"No último momento desvio a a cara e digo: "Lara"

 

Quando me baixo para dar um beijo à Lara que já estava com um pé no elevador vejo... a vizinha da frente.

 

 Errrrrr....Disse olá como pude e despedi-me deles à pressa.

 

Que bela oportunidade de estar calada! :D

 

Sou mesmo desbocada e fico a falar e falar e brincar em sítios comuns como se estivesse em casa.

 

Bem... o pior que a vizinha (que por acaso é uma rapariga super querida e simpática) pode pensar é que somos um casal caricato e com pouco poder de compra o que, na parte que me diz respeito é bem verdade. :P

 

Fiquei 3 segundos a pensar nisto, fui ao espelho ver se estava muito descabelada e com ramelas nos olhos - não estava, mas tinha a camisola meio aberta - e vim escrever isto. :P

 

Até gostava de dizer que com isto aprendi que o silêncio pode ser uma coisa bem interessante para praticar de vez em quando mas não tenho ilusões. Vou continuar a ser desbocada. É mais forte que eu. :P 

Seg | 21.11.16

A Lara ia adorar isto!

Brinquedos diferentes para meninos e para meninas é coisa na qual acredito cada vez menos. É bom deixar já isto esclarecido. :PTal como já tinha escrito aqui, ainda a Lara era pequenina, ela adora brincar com carrinhos e com pistas. Tudo o que seja parecido com um escorrega, por onde se possam mandar carros (e outras coisas) é sinónimo de muita diversão.

Por isso, tenho a certeza absoluta, que a Lara ia delirar com qualquer um destes brinquedos:

Clicar nas imagens para informações sobre os brinquedos.

Sab | 19.11.16

Os grupos de mães no Facebook

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O Facebook consegue ser um local bastante pernicioso e mal frequentado. Isto porquê? Porque tem pessoas e onde há pessoas, muitas pessoas, mais cedo ou mais tarde a coisa começa a descambar.

 

As pessoas fazem no Facebook mais ou menos o que fazem na vida real com a agravante de estarem escondidas atrás de um ecrã de computador, tablet ou smart phone. É mais ou menos como dar um manto de invisibilidade a cada um de nós. Alguns não quererão saber disso para nada. Outros usam-no para cuscar a vida dos outros, e outros (muitos acredito eu) hão-de usá-lo para pregar rasteiras a conhecidos e desconhecidos só pelo divertimento. É assim a vida e são assim as pessoas.

 

Isto para dizer que, se há sítio onde as pessoas cometem todo o tipo de violência psicológica possível é a Internet e, consequentemente, o Facebook. Basta não gostarem de uma frase de bom dia, de uma foto de perfil ou de uma orelha esquerda para desencadearem uma onda de cyber bullying que pode ter consequências mais ou menos imprevisíveis.

 

Isto para dizer que, sendo eu muitas vezes uma flor de estufa no que diz respeito ao que considero ser a estupidez humana (não obstante muitas vezes eu própria ter ataques de parvoíce), saí de um grupo de Facebook que me era muito útil. Era um grupo de mães onde, muitas vezes, coloquei as minhas dúvidas de mãe, pedi sugestões e dicas e fui sempre muito bem aconselhada e ajudada pela mães que faziam parte desse grupo.

 

Foi com a ajuda desse grupo que contei em muitos momentos de insegurança como mãe e sempre correu muitíssimo bem. Até que surgiu uma questão fraturante. Falava-se dos refugiados sírios. Eu, que tinha uma opinião muito vincada sobre o assunto não consegui tolerar as coisas que se escreviam naquele grupo de mães. Ao ler o que algumas daquelas mães diziam, acho que entrei em choque e saí do grupo para nunca mais voltar. Penso que fui acometida por um pânico que sinto algumas vezes, quando me deparo com certas atitudes e valores de pessoas que estão a educar os seres humanos da geração das minhas filhas.

 

Como tenho aquilo a que chamo de "síndrome de rato", em caso de pânico fujo.Na altura o que pensei foi que os "donos" do grupo não sabiam arrumar a casa e manter o nível tolerável. Achei que deviam bloquear as "malfeitoras" e não permitir comentários racistas, xenófobos ou incitadores de ódio e violência.

 

Na falta de moderação por parte dos moderadores, saí eu.Neste momento deparo-me com uma situação semelhante e, ao mesmo tempo diferente. Faço parte de um grupo de mães focado na alimentação. É um grupo excelente ao qual recorro sempre que necessário e com o qual tenho aprendido imenso.

 

Há uns dias parece que as mães começaram a destratar-se por causa de uma questão qualquer. Confesso que nem sei do que se trata mas consigo imaginar.

 

A criadora do grupo, que me parece ser uma pessoa altruísta, equilibrada e querida demostrou vontade de acabar com o grupo tendo em consideração as proporções que os comentários desagradáveis estavam a ter.Fiquei triste e pedi-lhe que não acabasse com o grupo. Mas claro que a compreendo. Claro que aquela mãe por mais boa vontade que tenha, não pode passar os dias e as noites a apagar comentários e a bloquear pessoas que não sabem respeitar opiniões contrárias à sua.

 

É pá é triste. Caramba. Não somos todas iguais nem temos que ser. Temos apenas que nos respeitar e tolerar a diferença.Por exemplo eu odeio touradas,mas  não odeio toureiros. Não os compreendo, abomino o que fazem mas não desejo mal às pessoas nem me dirijo a eles de forma pouco respeitosa. Quando muito digo: "Acho cruel o que fazes e não vejo arte nem entretenimento em causar sofrimento a um animal. Não compreendo o que fazes e não me sinto à vontade com isso." Não começo a insultar e a chamar nomes e a incitar todas as pessoas a fazer o mesmo.

 

Felizmente existem muitas pessoas razoáveis

 

Isto tudo para dizer que ao que parece o grupo de mães continua a existir (felizmente) e eu continuo a colocar lá as minhas dúvidas e a ajudar e a ser ajudada por mulheres extraordinárias que partilham as suas experiências de maternidade com todo o altruísmo e empatia.

 

Se há coisa para que serve o Facebook é para isto: para as pessoas comunicarem mais facilmente entre si e se ajudarem através da partilha de informação.

 

É uma coisa tão boa, mas tão boa, que não pode acabar apenas porque existem pessoas que estão noutra sintonia. É preciso que as pessoas equilibradas e racionais prevaleçam e lutem de alguma forma contra a loucura a que se assiste na Internet.

 

Continuemos a ser razoáveis e, através do exemplo, a lutar contra a intolerância e falta de civismo a que assistimos constantemente.

 

É preciso persistir.Como dizia alguém: "Às vezes pior do que os atos dos homens maus é a inércia dos homens bons".   

Sex | 18.11.16

Lara #11 Uma coisa muito perniciosa de noite e uma surpreendente de manhã

A Lara.

 

A Lara está com 2 anos e meio e parece que tem tripla personalidade.

 

Em casa, só comigo e com a irmã, porta-se lindamente: mal faz birras, é muito arrumadinha, come tudo, deita-se sem grandes stresses, ajuda a entreter a irmã e até brinca sozinha várias vezes.

 

Claro que lhe dou muito mimo, faço as coisas em casa com a ajuda dela (o que ela adora), demoro-me a ler-lhe livros, brinco com ela e conversamos bastante.

 

Quando o pai está em casa, e como é natural nas crianças da idade dela, faz mais birras, tenta impor mais a sua vontade e corre da mãe para o pai e do pai para a mãe conforme a conveniência e para ver se um de nós lhe faz as vontades.

 

Quando recebemos pessoas em casa ou visitamos amigos, ela fica muito mais difícil fazendo mais birras e tentando "esticar a corda" a cada instante.

 

Numa noite destas fomos a um jantar de São Martinho em casa de amigos. A Lara não quis comer nada durante o jantar e eu não insisti. Depois quis comer bolo de chocolate (um bolo que eu tinha feito e tinha pouco açúcar) e eu deixei.

 

Não acho que tenha feito bem mas, na altura, não tive forças para deixar que aquelas horas de convívio se tornassem um pesadelo para todos com os gritos e guinchos da Lara. Então sim, deixei-a comer um pedaço de bolo de chocolate mesmo não tendo jantado.

 

Correu tudo bem, jantámos, conversámos, a Lara fartou-se de brincar com o filho dos nossos amigos (com umas pequenas birras pelo meio), e pelas 23h00 viemos para casa. Em casa a Lara e a Maria adormeceram rapidamente e sem stresses.

 

De manhã a Lara presenteou-nos acordando às 8h30 em vez das habituais 6 ou 7h00 da manhã.

 

E depois o que é que ela pede para comer ao pequeno almoço?

a) As habituais papas de aveia caseiras

b) O Nestum de arroz que temos sempre de reserva para o caso de não termos papas de aveia feitas

c) O Bolo de Chocolate que tinha comido ao jantar, e do qual ainda tinhamos uma generosa parte em casa

d) Iogurte com bolachas

 

Resposta correta: nenhuma das hipóteses acima.

 

Ela pediu isto:sopa-de-couve-flor

 

Isso mesmo.

 

Uma bela sopinha de couve flor e espinafres.

 

E comeu tudo. :D

Há cada uma!

Sex | 11.11.16

Tag: O meu animal de estimação

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1) Qual é o nome do seu animal de estimação?

Acácio. Nome escolhido pelo Milton.

 

2) Qual é a espécie e a raça dele (a)?

É rafeirinho mesmo. :) Não tem raça. É um gato amarelo comum vá.

 

3) Qual é a idade?

Deve ter uns 4 anos.

 

4) Como você o adquiriu?

Adquiri o Acácio num veterinário, na zona dos gatos para adotar. Era o último de uma ninhada que tinha sido encontrada abandonada. O rapaz gostou dele, achou que tinha uma cara simpática e, apesar de na altura eu não estar  muito convencida, deixei-me levar pela empatia entre eles e trouxemo-lo.

 

5) O que ele (a) mais gosta de comer?

Acho que ele não recusaria um bom peixe fresco mas, na falta disso, come sempre a mesma ração: Purina Chow preferencialmente de frango. Nunca lhe compro de coelho porque me parece um bocadinho estranho comer um animal tão semelhante a ele.

 

6) Há quanto tempo você tem seu animal de estimação?

Quatro anos.

 

7) O que ele (a) faz que é muito engraçado/fofo?

Ele é como um cão. Se eu o chamar pelo nome, esteja ele onde estiver, vem sempre a correr.

 

8) Como é a sua relação com seu animal de estimação?

Posso dizer que, por vezes é um bocadinho tensa. Estou a brincar (or not).O gatinho é muito carente e passa a vida literalmente em cima de nós. No verão é um bocadinho incómodo.Ele tem medo de toda a gente -  deve ter sofrido maus tratos quando era pequeno :(  - mas com os donos é uma "melga". Claro que isso é agradável e bom com peso e medida, a todas as horas do dia torna-se um bocadinho aborrecido.

 

Costumo dizer que é um chato mas uma vez ele saíu de casa pela janela da cozinha e ele ainda estava em convalescença de uma operação. Na altura a Lara tinha uns 5 meses e eu andei, de noite, o quarteirão todo a procurá-lo, completamente chorosa e com a bebé ao colo.

 

As pessoas viram-me tão transtornada que quando fui a ver, já tinha uma parte dos vizinhos a procurar o gato. Foi a vizinha de cima que o encontrou debaixo de um carro escondido. Meu rico gatinho! Aí é que percebi como gostava dele. Que sufoco.No dia a seguir fiz uns bolinho gostosos e fui levar à vizinha. Ela nem sabe o bem que fez.

 

9) Situação engraçada que aconteceu entre vocês.

Assim de repente não sei. Ele é engraçado quando brinca pela casa todo elétrico. É muito meiguinho a maior parte do tempo. Não é especialmente inteligente mas é companheiro e querido.Não estou mesmo a lembrar-me de nenhuma situação caricata que o envolva. Em geral, o Acácio é um gato bastante previsível. :P

 

10) Alguns apelidos/ nome que você chama seu animal de estimação.

Às vezes chamo-lhe Cássio.

Qui | 10.11.16

Confesso que me custava a acreditar mas resulta mesmo!

cebola

Ou, pelo menos, cá em casa resultou.

 

A cebola acabou com a tosse noturna da Lara.

 

Parece difícil de acreditar não é? Eu sei. Para mim também foi mas, no desespero, achei que não fazia mal experimentar.Já tinha ouvido falar deste método em muitos blogues de maternidade mas nunca fui nisso.

 

Continuei com os xaropes, inalações quando recomendados pelo pediatra (que continuarei a fazer sempre que o pediatra ou médico de família assim o indicar) ou não fazia absolutamente nada, naqueles casos em que não existia febre ou outros sintomas.

 

Ora bem a coisa aconteceu da seguinte forma: uma destas noites, depois de ouvir a Lara a tossir de 2 em 2 minutos, decidi cortar uma cebola em quatro partes (com casca e tudo), e colocá-la num pratinho de plástico ao lado da cama. Como a cama da Lara é baixinha coloquei no chão mas pode colocar-se também na mesinha de cabeceira. O objetivo é deixar perto da criança.

 

Fiquei à espera, muito cética. Tossiu mais uma vez. Outra mais espaçada. Talvez mais uma ou duas e parou de tossir.O quarto ficou com um fedor a cebola, como se 50 pessoas tivessem estado a fazer exercício físico muito agressivo durante uma hora seguida mas compensa grandemente.

 

Então e porque é que a cebola acaba com a tosse noturna?

  • A cebola absorve as toxinas e as bactérias presentes no ambiente e no colchão.

É por isso que não devemos usar uma cebola já cortada de um dia para o outro para comer. Elas estarão cheias de bactérias.

 

Nota: Este método só é eficaz em casos de tosse alérgica causada por ácaros, poeira e essas coisas.No dia seguinte de manhã, apareceu a Lara no nosso quarto com o prato com a cebola na mão, como quem pergunta: "O que é que isto estava a fazer ao lado da minha cama?" :)

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