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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Seg | 19.09.16

O nosso fim de semana em fotos #1

Foi um fim de semana calminho, sem correrias e sem grandes passeios.

 

Acabei por quase não tirar fotos mas resgatei quatro (desculpem a qualidade duvidosa das fotos).

 

Estivemos com amigos, com a família, fomos até à biblioteca ouvir "Histórias Requinhas" e ainda conseguimos ver um filme, séries e ler um bocadinho.

 

Seguem as fotos:

 

cafe-e-livro

No sábado de manhã fui fazer algumas compras de mercearia e parei antes no café Royal para beber um café e ler um bocadinho deste fantástico livro. Foi o meu luxo pessoal do fim de semana.

 

historias-requinhas-2

Foi a segunda vez que fomos à biblioteca ouvir histórias narradas de uma forma divertida e original por um grupo de simpáticas "contadoras de histórias".

 

bavaroise-de-cafe

O doce desta semana foi um delicioso bavaroise de café, magnificamente confeccionado pela minha sogra. Estava tão bom como parece. Se possível, estava ainda melhor.

 

aula-de-musica-com-o-pai

À noite dedicamo-nos a brincadeiras musicas (eles que eu não me meto nisso) e o Milton aproveitou para ensinar um bocadinho de música à Lara.

Dom | 18.09.16

O que comer durante a amamentação

alimentacao-amamentacao

 

Dois meses e meio depois de ter sido mãe pela segunda vez, ando com um apetite voraz e oscilações de peso.Já tive 55 kg e voltei a engordar 1,5 kg.Tenho comido muitos hidratos de carbono.

 

É certo que estou a amamentar em exclusivo mas não é só isso. Sempre que fico mais cansada ou ansiosa, fico cheia de vontade de comer doces e hidratos de carbono, especialmente pão.Sou seguida por uma nutricionista excelente, no Centro de Saúde, e a coisa está mais ou menos controlada mas tenho muitas dificuldades em manter todos os dias uma alimentação correta.

 

Estando a amamentar também não vou fazer dietas sem sentido e, de acordo com a análise da nutricionista, estou em boa forma física (para o esperado nesta altura).

 

Preciso apenas de fazer caminhadas semanais (embora as tenha trocado por exercísios de yoga diários) e acabar com os ataques de gulodice.Segue um exemplo do que costumo comer durante o dia todo.

 

Lembro que esta é a dieta adequada para mim, que estou a amamentar em exclusivo e não tenho grandes restrições alimentares. Qualquer pessoa com algum problema de saúde ou restrições alimentares deve sempre consultar um médico de família ou um nutricionista.

 

Segue, então, a dieta que sigo (ou tento seguir todos os dias):

 

Deixo uma ressalva para o facto de estar a tentar deixar de comer pão depois da hora de almoço. Isso é uma opção minha se quiser comer à tarde ou à noite, de acordo com a minha nutricionista, não há problema. 

Menú para um dia

 

Pequeno almoço - 9h00Pão integral de 50 g com queijo/ queijo fresco/ queijo fresco de barrar+Leite com adoçante e cevada / leite simples+1 peça de fruta da época+Café expresso 

 

Lanche da manhã - 11h001 peça de fruta da época+Frutos secos / 4 bolachas Maria 

 

Almoço - 13h00Uma salada verde+Prato de carne branca ou peixe+Arroz ou massa+1 peça de fruta da época 

 

1º Lanche - 15h301 peça de fruta da época+4 bolachasouPapas de aveiaouIogurte com 2 bolachas Maria e fruta da época/ frutos secos

 

2º lanche - 18h0050g de pão integral com queijo+1 iogurte natural 

 

Jantar - 22h00Sopa+Ovos mexidosouTorrada (50g) com fiambre ou queijo 

 

Ceia - 23h00Snack de frutos secos Uma ou duas vezes por semana como um bolinho ou um gelado.

 

Ps: Isto é o que eu devia comer. 

Sab | 17.09.16

Não sei o que é que me passou pela cabeça

Quando decidi que era rapariga para fazer um belo arroz de pato.Gosto de cozinhar coisas simples, saborosas e muito rápidas. Nada que implique muito trabalho e muito menos muito manuseamento com as mãos. De modo que não sei porque é que achei que era boa ideia fazer arroz de pato e, para isso, comprar um pato inteiro congelado.

 

Mas, há aqueles dias em que nos escorrem pela mente ideias inóspitas e, num desses dias, decidi que ia fazer o tal arroz de pato.

 

Como procedi para fazer o arroz de pato

Comprei o pato e deixei-o descongelar.

 

Uma vez descongelado pedi ao Milton que lhe cortasse o peito.

 

Foi uma badalhoquice pegada. Para pessoas que não percebem nada do assunto como nós. Uma pessoa normal teria agarrado no pato e cortado a carne em menos de nada. Digo eu. Aquilo era gordura e "nhaca" por todo o lado.Muito a custo, lá peguei eu no pato, e depois de muita luta, consegui extrair duas pernas e um peito pequenino para cozer. Enfim...Depois de cozido o peito e as pernas, desfiei-os e procedi à receita.

 

Mas, para não variar muito, não acertei na quantidade de água para o arroz e acabei por deixá-lo cozer de mais. Ficou uma bela papa de arroz de pato.

 

O meu namorado disse que até estava bom, se não pensarmos muito na consistência do arroz.

 

A verdade é que se comeu tudo. Mas não me apanham noutra. A não ser que consiga comprar peito de pato bonitinho e arranjadinho, como o peito de frango ou de perú. Amanhar um pato outra vez - se é que se pode chamar amanhar àquilo que eu fiz-, não obrigado.Enfim, seja como for, segue a foto de um dos meus almoços (ainda rendeu umas 6 ou 7 doses individuais).

 

arroz-de-pato

Qui | 15.09.16

Sou mãe há dois anos e meio

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E, às vezes, sinto-me absolutamente amadora nesta coisa maravilhosa e complexa que é a maternidade.Com dois anos e meio a Lara surpreende-nos todos os dias.

 

O meu bebé transformou-se numa menina cheia de genica e personalidade, uma menina que tem tanto de encantadora como de desafiadora e que faz surgir em mim uma pessoa totalmente desconhecida.Vejamos:- Neste momento a minha filha fala pelos cotovelos, repete tudo o que dizemos e está extremamente comunicativa.

 

- Continua uma macaquinha para mal dos meus nervos. Dá cambalhotas, saltos, trepa a tudo o que vê, faz a espargata nos sofás e todo o tipo de acrobacias em qualquer lado onde esteja. Não raramente cai e bate com a cabeça ou a boca ou o nariz e eu fico cheia de vontade de a manter sempre de joelheiras e capacete.

 

- Quer fazer tudo sozinha o que torna o acto de sair de casa muito lento. Quer empurrar o carrinho da irmã, colocar os cintos de segurança da cadeira sozinha, subir para a sanita e despir-se sozinha, lavar as mãos, pés e dentes sozinha, etc, etc, etc.

 

- Por outro lado pede-nos muitas vezes para lhe dar-mos a comida à boca, embora saiba comer sozinha desde os 12 meses.

 

- Começa a argumentar de uma forma engraçada. Se lhe peço um beijinho e não lhe apetece sai-se com esta: "A Lara dá um beijinho à mamã amanhã sim? Amanhã."- Brinca com outros meninos e conversa com eles. Abraça-os e dá-lhes beijinhos na boca (talvez tenha que contrariar esta parte).

 

- Ainda lhe custa muito partilhar. Só com muita negociação aceita emprestar um brinquedo. Ainda está muita na fase do "É meu." mesmo que o objeto que tenha na mão não seja dela mas de um amiguinho.

 

- Faz birras enormes e muito barulhentas. Este é um dos nossos maiores desafios. Raramente perco a paciência mas questiono-me, muitas vezes, se estarei a fazer alguma coisa mal, se lhe estou a dar a atenção suficiente ou se estes episódios são apenas uma fase que vai passar. Em breve farei uma publicação sobre a forma como lido com as birras da Lara.

 

- É extremamente carinhosa com a irmã e todos os dias lhe dá beijinhos e faz festinhas. É mesmo muito amorosa na forma como fala com a Maria para a acalmar. Parece uma menina mais crescida e ajuizada. Tem sido uma surpresa maravilhosa ver a Lara como irmã mais velha.Desde que a Maria nasceu que tenho aprendido coisas giras sobre isto de ser mãe de duas.

 

- A mais importante é que o amor não se divide mas multiplica-se (sim, eu sei que é um grande cliché mas há muita verdade neste cliché).

 

- Os receios que tinha de tomar conta das duas ao mesmo tempo vão-se dissipando cada vez mais. Não só é possível tomar conta das duas ao mesmo tempo com sucesso como ainda faço mais coisas com as duas do que fazia só com uma.

 

Claro que existiram momentos muito difíceis - um dia fugi para a casa de banho a chorar durante uma birra descomunal da Lara e pedi ao meu namorado para vir mais cedo para casa - mas são muito poucos e fazem-nos aprender imenso.

 

- Cada vez mais sinto que é maravilhoso ter duas filhas com 2 anos de diferença. Sinto que é melhor a cada dia.E pronto, cá vai mais um cliché: na minha vida não faltaram experiências e aventuras várias mas a maternidade é a melhor de todas.

 

Depois de ser mãe, aprendi que todas as verdades absolutas que tinha como certas não estavam nada certas.

 

Aprendi sobre o amor incondicional e soube que o egoísmo tem cura.

 

Aprendi a paciência, e tive vontade de aprender coisas que sempre achei que não eram para mim.

 

Aprendi a ser mais do que uma boa mãe, aprendi a tornar-me uma pessoa melhor e com valores bem definidos, alguém que sirva de modelo às minhas filhas e lhes possa ensinar a bondade, a ética, a curiosidade e a determinação através de exemplos e não de palavras.

 

Aprendi a falar menos e a ouvir mais (ainda tenho muito a melhorar, eu sei).

 

Aprendi a reclamar mais mas nas horas certas.Aprendi a ser mais tolerante e empática.

 

Aprendi a acalmar outras pessoas quando eu também estou cheia de nervos.

 

Aprendi a ser simpática e agradável com as pessoas mesmo quando me sinto zangada com elas (mais uma aprendizagem que ainda tem um longo caminho pela frente).

 

Atenção que aqui não se trata de fingir sentimentos mas sim de não despejar as minhas frustrações de uma forma inútil e desagradável. Trata-se de gerir melhor as minhas emoções.Aprendi a ser mais organizada e a usar melhor o meu tempo.E tenho ainda tanto que aprender.

Qui | 15.09.16

Às vezes pergunto-me se tenho alucinações

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Ou se estas coisas aconteceram mesmo.

 

Então foi assim: Dirijo-me ao estabelecimento onde costumo fazer a depilação 2 minutos antes da hora marcada, mais precisamente pelas 14h58.

 

Chego lá e vejo que a porta está fechada mas encostada e empurro-a um pouco para entrar.

 

Digo "Boa tarde" à senhora que lá está e ela volta-se para mim com um ar "mais ou menos" que deve querer dizer: "Sim? Posso ajudar?" ou "O que é que queres?"

 

Eu indico que tenho depilação marcada para as 15h00. Ela responde que a esteticista (que eu adoro e é uma querida) ainda não chegou e poderá demorar ainda uns minutos. Isto dito com um ar de grande aborrecimento, como se eu fosse uma pedra com olhos por ter chegado tão cedo! Que é isto de chegar 2 minutos mais cedo!!!!

 

Até parece que não tenho vida própria e tenho que ir bater perna para o cabeleireiro.Perante a sua resposta e visto que eram praticamente 15h00 pergunto se posso sentar-me e esperar na sala de espera.Num dia normal sentava-me e pronto mas, perante a hostilidade da senhora, achei melhor perguntar.

 

E o que é que ela responde?

 

a) Sente-se para aí e não me chateie mais.

b) Pode esperar mas fique em pé porque estou agora a proceder à limpeza das cadeiras.

c) Não, porque tenho que fazer um telefonema e prefiro estar sozinha.

 

É isso. Resposta c. 

Qua | 14.09.16

Ganhámos coragem e fomos...

Fazer umas mini férias nas Furnas.

 

Os quatro, mais uma família de amigos.E correu muito bem!

 

A Lara divertiu-se imenso e fartou-se de brincar com o filho dos nossos amigos que tem 10 meses a mais que ela, fizemos belos churrascos e ainda tivemos oportunidade de dar um passeio pelas Furnas e de parar em alguns jardins para os miúdos correrem à vontade.

 

A Maria consolou-se a dormir horas e horas no canguru que se tem revelado a melhor coisa para passeios. Só começámos a usar depois dos 2 meses da Maria e, agora, vou passar a usar mais do que o carrinho.

 

 

É super prático e confortável e proporciona umas belas sonecas à Maria.Deixo-vos algumas fotos daquelas que foram as nossas primeiras férias a 4.

 

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Claro que não podiam faltar as brincadeiras com água e espuma. Basicamente, os miúdos aproveitaram o quintal para fazer as brincadeiras com água que não se fazem dentro de casa. :Dferias-3
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Os miúdos adoraram as pequenas fontes de água quente e fartaram-se de brincar, enquanto os pais estavam sentados num banco de jardim a observar as brincadeiras deles, num muito apreciado momento de descanso. Até parecia mentira ver a Lara entretida com uma atividade que não fosse correr ou saltar durante tanto tempo.


No domingo, último dia das mini férias, almoçámos na Ribeira Quente, em frente a um mar incrivelmente azul.

Seg | 12.09.16

Descobri o maravilhoso mundo das comédias

modern-family

 

Sempre gostei de cinema. Gosto de thrillers, biografias, filmes de fantasia, de ação, de suspense, de terror, filmes noir, animação e documentários. Nunca gostei de comédias. Nada. Não via e pronto. Depois lá vi uma vez o "Life of Brian" e adorei. Voltei a ver o mesmo filme várias vezes e acho sempre a mesma piada. Mas era o único. Não havia outro de que gostasse.Até que engravidei e mudei.

 

Deixei de querer ver filmes de terror ou demasiado violentos. Comecei a ter vontade de tornar a minha vida mais leve.Bem... isto do cinema resultou e não resultou. Resultou porque passei a gostar de certas comédias que antes nunca veria nem durante um minuto. Não resultou inteiramente porque continuo a gostar de bons filmes dramáticos.

 

Como comecei a apreciar comédias

Tudo começou quando o Milton me apresentou a série "Freaks and Geeks". Fiquei maravilhada e não descansei enquanto não vi os episódios todos.

 

Depois, dei por mim a ver "A Modern Family" e a adorar. Enquanto estou em casa com a Maria, passo a maior parte do tempo com ela ao colo, que é a única forma dela se sentir totalmente confortável.  Então, aproveito para dar uso ao Netflix que o Milton arranjou cá para casa e ver alguns filmes.

 

No inicio vi uns dramas históricos e tal mas, desde que descobri as comédias que não quero outra coisa.Claro que não vejo todas a eito. Mas é sempre o  género que mais me apetece ver.

 

Últimamente vi o "Bad Teacher " e o "Neighbors". Este último vi com o Milton e fartamo-nos de rir (ele riu mais para dentro do que para fora mas garantiu-me que se divertiu imenso). Tanto que já estamos ansiosos para ver o 2.

 

A minha vida cinematográfica não tem sido só isto. Tenho visto muito bons filmes que estão longe do género comédia. Mas confesso que estou a adorar perceber que afinal, também gosto muito de comédias. Sinto-me mais leve, mais bem disposta e, sobretudo, durmo muito melhor depois de ver uma boa comédia. Fica a dica. ;)

Qua | 07.09.16

Fartei-me de gritar e a minha filha veio consolar-me

filha 7

 

Eu bem tentei não gritar, porque a Lara (de 2 anos) já estava deitada mas não consegui evitar.O horror tomou conta de mim e não me consegui controlar.

 

Tudo começou durante o jantar.Estava com o Milton a comer sushi que ele tinha trazido para o jantar quando tenho uma sensação estranha atrás de mim.

 

Não liguei muito a esta "intuição" porque muitas vezes é o gato a passar.Acabámos de comer e preparei-me para lavar a loiça.

 

Foi aí que a vi. Ia-me dando um fanico logo ali.Vejo a caminhar, toda apressada, uma barata do tamanho de um rato pequeno. Horrível! Pavorosa!Senti logo um arrepio na espinha e o estômago a dar voltas. QUE NOJO!!!!!!! Fiquei cheia de nervos e entre gritos e exclamações de horror vejo o Milton a tentar apanhá-la sem sucesso!

 

A barata andava às voltas pela cozinha a poucos centímetros dos meus pés. Saltei logo para cima das bancadas da cozinha antes que a baratona me roesse os dedos dos pés (bem sei que não têm dentes mas foi isso que senti).

 

O Milton lá a apanhou e eu fui para o corredor tentar recompor-me.Nesse momento vejo a porta do quarto da Lara a abrir e ela a sair de lá com um ar de quem está a tentar perceber o que se passa. Ela olhou para mim com um ar levemente preoupado e surpreso e deu-me a mão numa atitude meiguinha e apaziguadora.Tão fofinha! Claro que fiquei logo melhor.

Seg | 05.09.16

Preciso mesmo de descontrair um bocado... ou de desabafar

carla e milton

 

 

Nesta fase de regresso às aulas tenho lido imensos relatos de mães que se encontram de coração apertado com o regresso dos filhos às escolas ou com a ida pela primeira vez para a creche.Comecei logo a sentir-me um ET, até que li este magnífico texto.

 

Afinal não deveria ser a única que ficava feliz com o regresso às aulas.Não me interpretem mal. A maior parte das vezes em que fico mais tempo com a Lara, a minha filha de 2 anos, custa-me imenso ver chegar a segunda-feira e saber que já não vou passar tantas horas com ela.

 

E, se por algum motivo a deixasse na creche e ela estivesse a chorar copiosamente, eu não conseguia deixá-la lá se tivesse essa opção, não sem desatar a chorar também. Quem é que consegue?Felizmente ela adora a creche. Diverte-se muito lá e eu sei que está muito bem entregue. E eu sou daquelas mães bem chatas com essas coisas... Ela chega a mandar-se para os braços de algumas auxiliares e educadoras. Sei perfeitamente de quem é que a Lara gosta mais e com quem não tem tanta empatia. Sei, sobretudo, que ela está feliz.

 

O que se passa é que tenho andado cheia de stress... Para além de ter ficado alguns dias sozinha com as duas (o que nem é assim tão difícil) tenho querido fazer uma série de coisas que acabo por não conseguir fazer... o que me deixa muito frustrada. Isso deve passar de alguma forma para as miúdas e acabamos todos cheios de nervos cá em casa.Sinto, sobretudo, que grito mais, que tenho menos paciência, que estou mais intolerante.Depois fico a sentir-me péssima por não estar a ser uma mãe tão maravilhosa como gostava de ser. O que também é parvo.

 

A Lara é teimosa, testa-nos todos os dias, estica a corda constantemente. É o trabalho dela, é normal. É normal que não fique quieta só porque eu lhe digo.

 

Mas, nos últimos dias fico mais nervosa quando ela bate com a cabeça no chão durante uma brincadeira, quando ela tropeça, quando entorna (quase todos os dias) o leite ou o batido de fruta em cima de si (depois de eu lhe dizer várias vezes para não brincar com a comida), quando arranca as mantas do sofá para fazer uma tenda, quando insiste em fazer tudo sozinha e demoramos horas a sair de casa, quando não percebemos bem o que ela quer e ela desata numa gritaria e choradeira de partir vidros e esmigalhar nervos alheios...

 

Dou por mim sem saber bem o que fazer e a questionar a minha eficácia como educadora. Enfim... Deve ser uma fase passageira.O facto é que, quando estou mais descontraída tudo corre melhor.

 

Às vezes conseguimos sair com as duas sem qualquer stress ou problema de maior ou conseguimos passar dias inteiros sem uma única birra da Lara. A Maria, felizmente, está sempre na maior. Se tiver colinho e mama à vontade, nem damos por ela.

 

O problema é que ela gosta muito de silêncio e calmaria e, enquanto a irmã está por perto, não consegue dormir. Elas são tão diferentes que chega a ser divertido observá-las. São praticamente o oposto. E gosto muito que seja assim. :P

 

Isto para dizer que a calma é tudo. Se conseguir manter a calma tudo se resolve melhor e mais rapidamente.

 

A praia como terapia

No fim de semana passado, não conseguimos fazer as coisas como tinhamos planeado: queríamos ir à praia com a Lara durante a manhã, deixando a Maria com a avó.Acontece que tive que fazer as análises para a avaliar a minha intolerância à glicose (que levaram 2 h30 a fazer e já chegaríamos à praia pelas 11h30... Fomos na mesma. Não esperámos que se reunissem as condições perfeitas e fizemos o melhor com o que tinhamos. E foi muito bom.

 

Foi a primeira vez este ano que consegui estar na praia mais do que 5 minutos. Dei alguns mergulhos e não me importei com os quilos a mais, nem com a areia, nem com nada que não fosse passar um momentos bem agradáveis com o Milton e a Lara.

 

Como estava na hora de mais calor, estivemos quase sempre debaixo de chapéu e com muito protetor. Só saíamos para ir a banhos. mesmo assim foi fantástico!Eu e a Lara brincámos muito na areia e na água, o pai teve oportunidade de beber uma cerveja na esplanada e, pelas 2h00 fomos todos almoçar com direito a vista para o mar.

 

Antes disso, ainda consegui tomar um banhinho com a Lara nos balneários. Com água fria. Foi uma aventura mas conseguimos. :PPreciso é de descontrair... um bom bocado. Sem recorrer a xanax de preferência.

 

na praia 7 Parece que estamos a tentar saltar por cima das ondas sem tocas na água. :D Ainda por cima tenho uma "boia natural" à volta da cintura.

 

praia

 

praia 7

 

brincadeiras na praia

 

almoco na praia

 

O meu almoço: wrap de frango. Estava razoável.

 

pai e lara O pai a mostrar à Lara o doidoi que fez na língua.

 

pai

Sab | 03.09.16

Minimalismo como estilo de vida

 [caption id="attachment_3907" align="aligncenter" width="564"]minimalismo

 

Cada vez me faz mais sentido o minimalismo como um estilo de vida  livre de um consumo desnecessário em que acumulamos tralha em casa e esvaziamos a carteira, em nome de valores que nos têm sido impostos por uma sociedade cada vez mais consumista.Comecei por destralhar a casa há umas semanas atrás.

 

Livrei-me de muitas coisas que não usava há anos, doando o que estava bom e deitando fora tudo o que, notoriamente, já não servia para ninguém. Neste momento sinto que ainda há muito a fazer mas sinto-me muito confiante em conseguir adaptar-me a um estilo de vida cada vez mais simples e minimalista.

 

Vejamos as vantagens do minimalismo:

 

- Poupamos imenso dinheiro não adquirindo coisas desnecessárias;

 

- Poupamos espaço físico e mental se não tivermos a casa atulhada com objetos supérfluos.

 

- Poupamos tempo em limpezas quando não temos muitos móveis e coisas em casa;

 

- Ganhamos tempo e espaço mental para fazer coisas que realmente nos dão prazer como conversar, passear ou simplesmente descansar em casa a ler um livro, ver um filme ou praticar meditação.

 

As coisas que eu faço para tornar o meu estilo de vida mais minimalista:

 

  • Desisti da TV por cabo. Cá em casa só temos Internet.
  • Antes de comprar seja o que for, penso muito se realmente me faz falta este ou aquele objeto. Geralmente, chego à conclusão de que não me faz falta nenhuma e não compro nada.
  • Sempre que identifico uma peça de roupa ou outra coisa que não use há mais de um ano, livro-me dela, doando se estiver em condições, ou deitando fora.
  • Tenho muito poucas jóias. Só um anel e dois fios de prata, que uso sempre.
  • Uso os mesmo dois pares de sapatos, neste caso mais ténis, até se desfazerem. Aí deito-os fora e compro outros. Deixei de acumular pares de sapatos.
  • Deixei de comprar malas e mochilas enquanto ainda tiver outras boas para usar. Para entrar uma, tem que sair outra.
  • Não compro livros há anos. Vou todas as semanas à biblioteca.
  • Não compro revistas nem jornais.
  • Não tenho móveis em casa para além dos roupeiros embutidos, 2 mesinhas de cabeceira, um roupeiro e um móvel de muda de fraldas, um pequeno móvel com caixas de arrumação na sala, onde está a televisão e as mesas e cadeiras da sala e da cozinha. Tenho também 3 estantes na parede. Não tenho aparadores, nem móveis de loiças na sala, nem cómodas, não tenho pufs, nem secretária, nem armários extra ou cadeirões extra ou sapateiras. Para limpar, dá um jeitaço.
  •  Não acumulo maquilhagem. Tenho creme hidratante, lápis de olhos, batom para o cieiro e outro para ocasiões especiais, sombras que nunca uso, corretor de olheiras e bb cream.
  • Não tenho carro há anos. Ando quase sempre a pé e de transportes públicos, excepto ao fim de semana.
  • Não uso brincos nem cintos. Tirei os piercings que tinha desde que engravidei e não voltei a colocar.
  • Deixei de levar brindes para casa ou aceitar coisas que não tenho a certeza se uso.
  • Não tenho quase nenhum objeto de decoração, só quadros na parede e um ou outro buda e elefante.

 

Ainda preciso de melhorar muitas coisas como deixar de comprar cadernos e agendas, caixas e frascos mas acredito que estou no bom caminho.Sinto-me, sem dúvida, muito mais leve e organizada.

 

Adoro saber onde estão as coisas e abrir uma gaveta que não esteja atolada de tralha desnecessária.

 

Sinto mesmo que a minha vida melhorou bastante desde que comecei a destralhar e a comprar menos coisas.