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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sab | 14.05.16

Nem quero acreditar nisto...

criança a dormir 77Para não me entusiasmar demais. Mas, a minha filha, há uma semana que está a adormecer sozinha.

 

Já tinha falado do método que estamos a adotar. Claro que existia esperança (há sempre) mas também podia dar-se o caso daquele dia ter sido uma vez sem exemplo e as coisas voltarem ao que eram em menos de nada. Mas não. Passada uma semana, a Lara continua a adormecer sozinha e, cada vez mais vezes, brinda-nos com noites inteiras de sono, sem acordar uma única vez.Bem... a coisa não é tão pacífica quanto isso. Nós mantemos toda a rotina do costume antes de dormir: lavamos os dentes e as mãos, contamos uma ou duas histórias, conversamos um bocadinho, conferimos as posições da chucha e do coelhinho de peluche, damos um beijinho, explicamos que está na hora de dormir e que vamos apagar a luz.

 

Ela chora um bocadinho quase sempre. No inicio chorava mais. Apagamos a luz, faz um chorinho e chama-nos. Nós não vamos logo. Esperamos 3 minutos. Geralmente, ao fim de 2 minutos a Lara pára de chorar. Se não for assim, vamos lá falar com ela e explicar que já é uma menina crescida, que pode dormir sozinha, na sua caminha fofinha e quentinha, com os seus amiguinhos, entre outras conversas assim. Às tantas pode chorar mais dois minutos, ou não, mas acaba por se calar e adormecer sozinha.

 

E tem sido assim. Nunca chora mais de 2 minutos seguidos e depois adormece sempre sozinha. Eu e o pai nem queremos acreditar bem nisto. Têm sido meses e meses a sair da cama dela (ao fim de uma hora, às vezes uma hora e meia à espera que adormecesse) todos estremunhados e sem energia para coisa nenhuma.Mais uma vez, sinto que estivemos a fazer a coisa errada.

 

Provavelmente ela não adormecia porque estávamos ali e ela tentava sempre brincar mais, conversar mais, dar mais voltas na cama... não sei. Ou então, ela já é crescida e está numa fase de maior independência e não havia nada que pudéssemos ter feito melhor. Não faço ideia de qual será a verdade nisto.Sei que me sinto como se tivesse ganho um prémio qualquer, e não é um prémio em dinheiro, é um prémio em tempo (que valorizo mais do que o dinheiro).

 

Também é importante para nós que a Lara durma sozinha algum tempo antes da irmã nascer. Não queremos de forma nenhuma que o nascimento da irmã aconteça ao mesmo tempo que outras mudanças na vida dela. Não queremos que ela relacione o surgimento de um bebé cá em casa, com mudanças bruscas na sua rotina (para além daquelas que não pudermos evitar).  É por isso que não a estamos a desfraldar ainda, nem a insistir para que deixe a chucha.

 

Para já, estamos eufóricos com esta nova fase do sono. E muito gratos.As outras coisas, virão a seu tempo. Não estou demasiado preocupada com a fralda nem com a chucha. Sinto que ainda não estamos preparados para esta fase. Vamos fazendo umas tentativas com o bacio mas sem pressões. Ela senta-se lá e tal, mas quando quer sair, não insistimos. Esse será um capítulo a desenvolver mais tarde, mais para o verão (que é sempre uma altura mais adequada para andar de esfregona na mão a limpar chichi do chão).

Sex | 13.05.16

Mudei de casa 10 vezes #3 - Viver em Lisboa, perto do Colombo

Ora aqui vai mais um texto em jeito de Diário de uma Rapariga que saiu do campo para a cidade e decidiu viver em Lisboa. Já falei das primeiras casas onde vivi depois de sair de Alpiarça.

 

A terceira casa onde vivi ficava em Benfica, a 10 minutos ou menos do Centro Comercial Colombo, onde trabalhava na altura.

 

Aluguei um quarto num apartamento onde viviam mais 4 raparigas, 2 tinham um quarto duplo que era a sala e as outras duas ocupavam quartos individuais. O meu era o mais pequeno, mas mesmo assim era cerca de 225 euros sem despesas. Era caro na altura, há uns 10 anos, ainda por cima contando com 50 ou 60 euros de despesas.

 

Foi o terceiro e último quarto que aluguei (depois deixei de dividir casa com outras pessoas que não fossem o namorado) e foi o meu preferido. O quarto tinha um papel de parede muito giro, um armário branco enorme onde cabiam todos os meus pertences e uma luminosidade imensa, que o enchia de leveza e suavidade. Eu gostava realmente daquele espaço mas, mesmo assim, passava ali muito pouco tempo. Acho que posso contar pelos dedos de uma mão as vezes que ali dormi.

 

As raparigas que viviam ali eram todas estudantes universitárias e quase todas uns 5 anos mais novas que eu. De vez em quando encontrávamo-nos na cozinha (o único espaço comum onde podíamos conversar) e falávamos sobre banalidades ou outras coisas. Gostava sobretudo de falar com a Andreína, uma rapariga da Madeira que chegou pouco depois de mim, muito simpática e inteligente. Com as outras falava cordialmente, mas sem desenvolver uma grande amizade. Isto apenas porque eu parava mesmo muito pouco em casa. Se não fosse assim, tenho a certeza que poderia ter feito ali amigas para a vida.

 

Lembro-me de estar sozinha em casa, nas poucas vezes que tomava ali o café da manhã, numa mesinha que havia na varanda (que era enorme) a olhar pela janela (de onde se via o Estádio da Luz), com uma caneca de leite quente na mão e a sentir-me mesmo muito feliz. Aquela casa tinha vibrações boas. Fui muito feliz ali, de uma forma anónima e discreta. Aquela falta de comprometimento com as outras habitantes da casa, aquela partilha de teto com desconhecidas, era algo que eu apreciava mesmo muito. Hoje, já não teria o mesmo espírito. Gosto de estar com pessoas que me são mais próximas. Gosto muito de ver televisão encostada às pessoas de quem mais gosto e não consigo dispensar estar com os meus amigos com regularidade.

 

Em frente ao prédio havia uma telepizza e lembro-me de comprar uma pizza que levava banana e ananás - acho que se chamava mesmo bananás - e adorar. Ainda consigo sentir o sabor doce e salgado daquela pizza.

 

A poucos metros dali existia um Centro Comercial mais pequeno, o Fonte Nova, que tinha um cinema que passava filmes independentes. Um sonho para mim! Vi lá alguns filmes sozinha e adorei.

 

Atravessando uma ponte pedestre chegava ao Colombo num instante. Mais tarde soube que era perigoso andar por ali sozinha à noite por causa dos assaltos. Acho que devia ter aspeto de pessoa que não vale a pena assaltar porque nunca tive qualquer problema por ali, aquela zona parecia o local mais pacífico do mundo. Mas eu sou muito distraída com estas coisas.

 

Daquela casa saí sem qualquer problema, foi uma despedida feliz, para entrar em outra fase da minha vida. Guardo os melhores sentimentos por aquele quarto e aquele apartamento.

 

Encontrei estas duas fotos tiradas no quarto. :P

 

Realmente são... vá... peculiares.

 

Quarto Colombo

Um ângulo do meu quarto, quando vivi em Benfica, perto do Colombo, em 2007.

 

quarto colombo

Ter | 10.05.16

Atividades com crianças #1

Atividades com crianças de 2 anos

Lara a cozinhar

 

Às vezes dou por mim sem saber o que inventar para fazer com uma menina de 2 anos que nunca pára quieta. Lemos, brincamos com plasticina, com balões, fazemos construções com blocos, brincamos às "festas do chá"... Enfim, fazemos as atividades com crianças do costume.

 

Mas, a Lara gosta mesmo é de imitar tudo o que fazemos e participar ativamente nas "coisas dos adultos". Sendo assim, estamos numa fase em que a deixamos participar nas nossas atividades. Ela ajuda a estender a roupa (passando-nos as molas), faz recados pequenos como colocar papeis no lixo, limpa a sua cadeirinha de comer e estamos a colocá-la a participar na confeção das refeições.

 

No outro dia pusémos uma cadeira encostada à bancada e deixámos a Lara ajudar o papá a preparar ovos mexidos com cogumelos e pimentos.

 

A Lara mexeu os ovos desta vez mas também já condimentou frango, descascou ovo cozido e, praticamente todos os dias, dá um toque especial às suas próprias refeições como: partir bocadinhos de bolacha para dentro do iogurte ou bocadinhos de tarte para dentro da taça de papas de aveia.

 

Estamos a ver se a colocamos a fazer refeições completas aos 5 anos de idade (not really), já que cá em casa ninguém aprecia muito cozinhar. :P

 

Por aí, os pequeninos já ajudam nas tarefas domésticas?

 

Lara a cozinhar 3

A Lara muito concentrada a mexer os ovos para o jantar.

 

Lara a cozinhar 2

Seg | 09.05.16

Como fazer uma criança de 2 anos adormecer sozinha

adormecer sozinha

 

Desde que a Lara nasceu que a técnica usada para a fazer adormecer era embalá-la ao som de música eletrónica.

 

Depois, com um ano, passou a dormir sozinha no parque e era só deitá-la que ela, entre conversas e brincadeiras sozinha, acabava por adormecer.

 

Aos 18 meses, mudou-se para uma caminha no chão e, depois de ter ficado doente, ficou mais mimosa e deixou de querer adormecer sozinha. Passámos a deitar-nos na cama dela até ela adormecer o que poderia levar 30 minutos, uma hora ou muito mais...

 

Ela já tem 25 meses e ontem, depois de mais de uma hora a tentar que ela adormecesse, decidimos que íamos começar a deitá-la e a vir embora do quarto. A ideia seria voltar a deitá-la sempre que ela se levantasse, o que previmos que aconteceria dezenas de vezes (pelo menos nos primeiros dias).

 

De modo que o Milton foi deitá-la e, passados 3 minutos, voltou para a sala. Ok. Esperámos. Ouvimo-la a chamar o pai mas não se levantou. 10 minutos. 20 minutos. 30 minutos. Ele foi ao quarto ver como ela estava. Acordada de olhos bem abertos, mas deitada. Ele voltou para a sala. Tudo ok.

 

Perguntei-lhe qual tinha sido a técnica fantástica para a fazer adormecer sozinha. Toca a anotar porque é complexa. :DEntão foi assim: Ele deitou a miúda na cama, informou que estava na hora de dormir, deu-lhe um beijinho e veio-se embora, fechando a porta atrás de si.

 

De acordo com o Milton, o facto de fecharmos a porta é que faz toda a diferença. Fica mais escuro no quarto (embora tenha dezenas de estrelas e planetas luminosos no teto) e ela sabe que não vale a pena tentar sair para vir brincar. Fechamos sempre a porta porque tenho receio que a Lara acorde de noite e se ponha a deambular pela casa às escuras. Eu era sonâmbula em criança e caminhava a dormir sem me aperceber.

 

Enfim... Depois da história do comprimido, já devíamos ter percebido como funcionam estas coisas.

 

Não posso garantir ainda que resulte sempre mas hoje vamos optar pela mesma técnica fantástica.

Sab | 07.05.16

O que temos feito #1

IMG_7157 (1) Experimentar penteados novos. Duram... 5 minutos.

 

IMG_7169 Aproveitamos o sol para ir andar de triciclo.

 

IMG_7403 Damos uma voltinha de carrossel.

 

IMG_7377 Tocamos guitarra ao fim do dia. Espero que os vizinhos não se importem. :)

 

IMG_7376 Tentativas de escultura com balões.

 

IMG_7425 A avó compra um balão bonito que a Lara quer levar consigo para todo o lado: para comer, para dormir, etc.

 

1 Esperamos pelos avós para um almoço do Dia da Mãe.

Qua | 04.05.16

Não posso ficar sozinha em casa

monstro das bolachas

 

Ou como tudo o que existir no armário e no frigorífico.

 

Acho que este é um problema que assiste às mulheres em geral mas há muito tempo que não me acontecia.

 

Ontem fiquei em casa da parte da tarde e, mais ou menos uma hora e meia depois do almoço, deu-me um ataque de fome (daqueles completamente emocionais) e papei tudo o que vi à frente. Como não tenho doces em casa dirigi o meu ataque às bananas, pão, queijo, nozes, bolachas e capuccino. Vá, comi um pãozinho, uma mão cheia de nozes, uma banana, 4 bolachas e bebi um capuccino, também não foi uma desgraça total.

 

Já me deu para fazer bolos de caneca, patés de atum com maionaise e misturas de iogurte com compota e frutas várias. Ontem a coisa resolveu-se de uma forma mais simples.

 

Prometi a mim mesma que a dieta será retomada hoje mas... creio que a solução está em sair de casa. O problema é que a minha barriga e o cansaço constante já não me permitem andar a bater perna por aí e, entre estar sentada em casa e num café ou num centro comercial, não sei bem o que é mais pernicioso. Claro que tenho sempre a opção de um jardim mas o tempo ainda não está muito agradável para isso.

 

Preciso de dominar isto com muita rapidez. Já aumentei 10 quilos! Sei que não é muito para o oitavo mês de gravidez mas 3 quilos foram apenas em 4 semanas o que já é mais chato. Se continuar assim aumento quase o dobro que aumentei na gravidez da Lara. Não me estava a apetecer muito.

 

Nem se trata de uma questão estética porque acho mesmo que estou muito melhor assim do que antes. Estava demasiado magra. Mas sinto-me verdadeiramente pesada e cansada. Custa-me andar durante mais de 10 minutos e praticamente já não consigo atar os atacadores das sapatilhas.Acho que depois do parto vou correr quilómetros pelas ruas de Ponta Delgada.

Ter | 03.05.16

Os 2 anos da Lara

passeio pela cidade

 

A Lara tem 2 anos e 1 mês, aquela idade que uns descrevem como "terrível" e recheada de birras e outros como uma época maravilhosa em que as crianças se tornam mais independentes, mais conversadoras e engraçadas.

 

Logo depois dos 2 anos, notei uma diferença incrível nela, diferença essa que se acentua de dia para dia, a um ritmo muito maior do que até agora.Ela sempre foi muito mexida e aventureira, começou a andar sozinha com 11 meses, sempre trepou a tudo o que pode, não pára quieta um minuto e adora explorar, correr e dançar.

 

Com a fala a história é diferente. Até aos 2 anos, pouco mais dizia que mamã, papá, gato e não. E mesmo assim as palavras muito mal articuladas.Sempre me habituei a ver crianças mais novas que a Lara a falar muito mais e melhor. Nunca foi coisa que me preocupasse demasiado, mas tenho estado atenta.

 

As minhas preocupações com o ritmo de desenvolvimento da Lara começaram e terminaram com os seus dentes que demoraram quase um ano a aparecer. Ela já quase andava e nem um dente tinha naquela boca. Sabendo que as próteses dentárias são bem caras, confesso que já andava um pouco "à rasca".

 

Finalmente, aos 11 meses, apareceu o primeiro sinal de dentição. Depois, vieram todos ao mesmo tempo.Depois da questão dos dentes, deixei de me preocupar tanto com outras coisas como a fala, ou o desfralde (que ainda não começámos). Aceito pacificamente que a Lara tem o seu tempo e nós vamos respeitá-lo sem a pressionar ou nos stressarmos com isso.

 

Agora é que ela está a começar a dizer novas palavras como chapéu, avó, avô, bebé, e pequenas frases como "É meu." e "Olá bebé".

 

Neste momento, estamos assim:

 

 

O que a Lara faz

 

-Tudo o que lhe dizemos ela entende.- Vai buscar as coisas e arrumá-las ao sítio certo.

 

- Come perfeitamente sozinha, fazendo fitas cada vez mais raramente.

 

- É capaz de negociar connosco e entende o que lhe explicamos. Se lhe explicar que terá que comer a sopa para comer morangos depois, ela acede e come a sopa

 

.- Gosta de escolher a sua roupa, os sapatos e as molas para o cabelo.

 

- Ensina-nos a brincar da forma que ela prefere.

 

- Tem uma memória fantástica. Se lhe digo, de manhã, que vamos fazer determinada brincadeira ao fim do dia, ela lembra-se e cobra-nos o prometido. Nós, em princípio, cumprimos sempre o que lhe prometemos. Pelo menos até hoje nunca aconteceu o contrário.

 

- Arruma os seus brinquedos antes de ir brincar com outros. Temos que insistir com ela e ajudá-la, mas ela colabora sem reclamar muito.

 

- Já ajuda na cozinha, a mexer os alimentos com uma colher e a condimentar a comida. Adora!

 

- Começa a revelar uma personalidade muito conservadora. Não gosta que usemos as canecas uns dos outros ou as malas, ou qualquer outra coisa. Se o pai bebe café na caneca que costumo usar ela começa logo a ralhar com ele. Fartamo-nos de rir (disfarçadamente) com esta característica dela. É que nós não somos mesmo nada assim.

 

- Já sabe imensas letras do alfabeto e palavras que começam com essas letras. Ela diz "G de gato", "M de mamã", "P de papá", "C de cão" e por aí fora.

 

 

O que a Lara ainda não faz:

 

- Ainda não usa o bacio. Já fizemos umas tentativas mas ela levantou-se sempre sem fazer nada. Não insistimos. Vamos sugerindo que se sente no bacio e explicamos que é ali que deve fazer cocó e chichi mas não pressionamos demasiado.

 

- Não adormece sozinha. Já o fez, com 12 meses (nem nos deixava deitar na cama dela) mas mais tarde deixou de querer adormecer sozinha. Um de nós deita-se sempre na cama dela até adormecer. Às vezes demora uma hora a adormecer.

 

- Ainda é muito agarrada à chucha e ao coelhinho de peluche com que dorme.- Começa a querer contar, mas só faz sons. Não diz os números como deve de ser.

 

Uma coisa que se tem revelado extraordinária é a independência da Lara em relação aos pais, quando está com outras crianças.Parece cada vez mais "desenrascada" e menos tímida.

 

A última vez que esteve num evento com outras crianças divertiu-se de uma forma que eu nunca imaginei. Nunca a vi tão divertida e entusiasmada!Havia animação para crianças com magia, um pula pula e a presença do Mickey e da Minnie. A Lara ignorou completamente os pais e foi sozinha para o meio das outras crianças assistir aos truques de magia na fila da frente e participar sempre que possível. Fiquei encantada por a ver tão independente e desenrascada, ali tão pequenina ao pé dos outros meninos, sem qualquer timidez ou insegurança. :)

 

Eu fiquei sentada, lá atrás, pesadissíma com a minha barriga enorme, só a ver o que se passava.Fiquei encantada, também, com a forma como a Lara brincou com os primos, dois de 9 anos e um de 15 meses (que se fartou de lhe dar beijinhos na boca, fofinho e meiguinho como nunca vi outro menino daquela idade). Os primos mais velhos estavam a tomar conta dela como se fossem os seus irmãos, com atitudes tão carinhosas que me deixaram francamente comovida.

 

De repente, percebi que a minha bebé já é uma menina grande, que não me procura para tudo, e que se diverte perfeitamente sem mim e sem o pai.

 

Ela rebolou pelo chão (e eu deixei), fartou-se de dançar e correr, pular no pula pula, e de rir com os primos.

 

Só fez uma pequena birra quando saiu do pula pula, para os meninos mais crescidos poderem pular à vontade, e para mudar a fralda (não queria deixar a brincadeira por nada). Todo o tempo restante foi de felicidade e euforia.

 

Estou a adorar cada fase nova da Lara. Cada descoberta, cada graça nova, cada palavra são uma surpresa fantástica para nós.Tanto quanto posso dizer até agora, os 2 anos estão a revelar-se fantásticos. :) 

Seg | 02.05.16

Da biblioteca #4

Continuamos a ir à biblioteca regularmente mas tenho cada vez mais dificuldade em escolher livros para a Lara.Já requisitámos tantos que parece que agora não tenho mais por onde escolher.

 

É certo que ela está mais crescida e, naturalmente, os livros vão sendo outros mas, mesmo assim, não sei bem o que trazer.Talvez por isso também, nesta semana trouxe menos livros infantis. Vou tentar explorar mais cada livro para a Lara aprender as histórias e começar a reconhecer mais vocabulário. Dizem que a repetição de histórias é uma boa técnica. Espero que sim.

 

De modo que trouxemos estes:

 

biblioteca 4.3

 

biblioteca 4.8 É um livro com imagens de quintas que também ensina a contar. É giro porque implica procurar objetos nos desenhos funcionando como um jogo didático.

 

biblioteca 4.5 Uma história para ler antes de dormir: "Loirinha e os Três Ursos" e um livro de janelinhas que ensina a contar.

 

biblioteca 4.6 A Lara adora livros com janelinhas para abrir. Descobri uma coleção (de que faz parte este livro) muito didática e com imagens muito giras.

 

biblioteca 4.2 Este é um livro para as crianças e para os pais. Descreve o dia de uma criança com imagens, acompanhadas de tópicos de conversa para termos com os nossos filhos. Parece um pouco estranho ter livros com "tópicos de conversa" como se não soubéssemos conversar com eles sem ajuda mas é, de facto, uma forma divertida de abordar os assuntos do quotidiano de uma criança. As imagens ilustram situações reais e isso torna as conversas muito mais dinâmicas e divertidas. Tenho lido o livro com a Lara antes de dormir e ela adora.

 

biblioteca 4.1

 

biblioteca 4.4 Trouxe este, do pediatra Mário Cordeiro, para mim e estou a amar. Já tinha lido um livro do autor: "Educar com Amor" e tinha gostado bastante. Este é mais um manual com conselhos práticos e muitas dicas sobre todos os assuntos que envolvem crianças dos 2 aos 5 anos. É ótimo, maravilhoso mesmo. Para além de útil tem uma linguagem acessível e muito cativante.

Dom | 01.05.16

Dia da mãe - Sobre o amor

Não sou muito apologista de dias disto e dias daquilo.Naquilo que é importante, todos os dias são relevantes: todos os dias são do pai, da mãe, das crianças, dos namorados, da alimentação, da saúde, etc.

 

Mas, ontem, quando a minha filha chegou a casa com um saquinho com o presente de dia da mãe que fez na creche, não consegui deixar de ficar emocionada. Não propriamente pelo seu talento para artes plásticas, embora a almofadinha com as suas mãos pintadas estivesse verdadeiramente fofa, mas por estar a receber, pela primeira vez (apesar de ter sido o meu segundo dia da mãe) uma coisa feita na escola por eu ser a mãe dela. É um sentimento esquisito talvez, mas senti uma espécie de confirmação de que sou realmente mãe de alguém, uma consciência renovada de ser mãe daquela pessoa, única e especial, um ser humano peculiar, com personalidade própria e uma graça que não é herdada de ninguém.

 

Se não puder ser uma mãe extraordinária, se não conseguir ensinar tudo o que gostaria, se me faltar a paciência demasiadas vezes espero, pelo menos, conseguir que as minhas filhas saibam o quanto gosto delas, o quanto são o melhor da minha vida.

 

Quando vi a almofadinha que a Lara me ofereceu e li o cartão com palavras que alguém inventou, iguais para todas as mães da creche, abracei-a tanto e dei-lhe tantos beijos como se tivesse recebido o maior tesouro do mundo. E era assim que sentia. Não pela coisa em si, mas pela confirmação de ser mãe dela, algo a que ainda não me habituei completamente. Algo que ainda estranho muitas vezes.

 

Apesar da estranheza, todos os dias tento aprender a ser mãe: tento ensinar qualquer coisa à minha filha: a partilhar, a não maltratar os animais, a não estragar comida, a não bater em ninguém, a ser arrumadinha, a usar o bacio, a comer sem se sujar... Tento ensinar-lhe coisas que eu não faço bem. Ok, já não preciso de usar o bacio mas nem sempre como sem me sujar e nem sempre sou extremamente arrumada. Mas nunca estou completamente segura de estar a fazer as coisas como deve de ser, ou de estar a ser o melhor exemplo para ela.

 

Se tenho dúvidas na maior parte das coisas, não tenho numa. Da importância de lhe dizer e demonstrar o meu amor. É a única coisa que não consigo desleixar (pronto, isto e a alimentação dela quase isenta de doces). Todos os dias digo à Lara o quanto gosto dela, todos os dias lhe dou muitos beijos e abraços. Mesmo quando a repreendo com uma cara séria e lhe digo que estou aborrecida com o seu comportamento, digo-lhe sempre que gosto muito dela e vou gostar sempre muito dela, independentemente de qualquer coisa.

 

No meu tempo de criança não se usava dizer aos filhos que se gostava muito deles. Claro que se demonstrava por atos, claro que sabíamos que os nossos pais nos amavam, mas não era costume dizer-se.

 

Mais tarde, quando temos os nossos filhos, temos uma consciência muito maior do amor dos nossos próprios pais por nós. As mães ainda são aquelas pessoas que, quando temos um filho, nos perguntam primeiro como estamos nós. A minha faz isso e eu sinto-me muito grata por poder sentir-me filha, apesar de também ser mãe. Mas agora usa-se demonstrar o amor e eu aproveito isso ao máximo.

 

Se não conseguir fazer mais nada de jeito quero, pelo menos, que as minhas filhas saibam o quanto são amadas.

 

Dia da Mae 22 Oferta da Lara feita na creche. Amorosa!

Dom | 01.05.16

Consultas de nutrição na gravidez

Healthy Pregnancy

 

Fui à consulta de nutrição do terceiro trimestre de gravidez e vim de lá bastante satisfeita e com apenas duas recomendações: caminhar cerca de 30 minutos por dia e comer mais proteína.

 

Já tinha falado sobre a minha dieta para o segundo trimestre, mas gostava de explicar como tem sido importante ser seguida por uma nutricionista na gravidez.

 

Nesta gravidez fiz algumas consultas de enfermagem no centro de saúde e as enfermeiras, por ter tido diabetes gestacional anteriormente e por ser prediabética, reencaminharam-me para as consultas de nutrição.

 

Foi excelente! A melhor coisa que fiz.

 

A nutricionista é extremamente atenciosa e profissional e tem-me ajudado bastante a estabelecer um plano alimentar adequado a cada fase da gravidez e de acordo com os meus hábitos e preferências alimentares.Tenho aproveitado também para esclarecer diversas dúvidas que tenho sobre os alimentos.

 

Fiquei a saber qual a quantidade de pão que devo comer a cada lanche para não ficar com a glicemia muito elevada (o meu principal problema é o pão) e o que devo misturar com cada alimento para o tornar ainda mais nutritivo e eficiente.

 

De modo que, nesta consulta, verificámos que estava com um aumento de peso adequado (neste momento tenho 60 kg) e que poucas alterações precisava de fazer à dieta. Tenho que comer cerca de 100 g de carne branca ou peixe ao jantar, coisa que não costumava fazer. Normalmente era só sopa e fruta. Antes de dormir convém comer um iogurte e nozes ou outro fruto seco ou umas pequenas papas de aveia.

 

O que não tenho feito de todo, e é muito aconselhável, é algum exercício físico.

 

Tenho-me descuidado completamente nisto. E tenho-me ressentido. Qualquer pequena caminhada que faça cansa-me. Estou a andar mais devagar e a sentir mais falta de ar quando caminho. Parece que isso se deve ao facto de ter parado completamente de caminhar.

 

O meu objetivo, a partir de agora, é caminhar cerca de 30 minutos todos os dias. Vou tentar fazê-lo depois de almoço, sozinha, ou ao fim da tarde com companhia.Tentarei colocar fotos no Instagram assim como prova ahahah.

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