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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sex | 27.07.18

Tully

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Para uma mãe de duas crianças pequenas, gravidíssima do terceiro filho, foi bastante caricato ver este filme sobre os dramas de uma mãe de 3, completamente esgotada física e emocionalmente.

 

Ainda não percebi bem se o filme é um drama ou uma comédia mas é sem duvida um filme que vale a pena ver, principalmente se têm vários filhos pequenos.

 

Não posso dizer que me tenha identificado (muito) com a personagem mas consigo conceber aquela realidade como a de muitas mulheres com filhos pequenos. 

 

Acho que também é um filme muito bom para os homens verem, porque muitas vezes não se tem uma noção muito real do quão esgotante pode ser para uma mulher estar em casa a cuidar dos filhos.

 

Eu não sei o que isso é porque nunca fiquei a tempo integral (exceto durante as baixas de gravidez e maternidade) a tomar conta dos filhos mas acredito piamente que, por melhor e mais recompensador que seja, é também muito extenuante física e psicologicamente, principalmente para quem não estiver especialmente vocacionado para isso. 

 

As mulheres, muitas vezes, precisam muito de ajuda. Não só ajuda mais prática com as coisas da casa, a comida, a roupa, a organização da casa, as compras, e as crianças, mas também uma ajuda emocional: uma palavra de compreensão, um par de ouvidos para algumas lamurias, uma massagem nos pés, um abraço inesperado, um passeio de uma hora fora de casa...

 

Acho que tenho tido sorte porque nunca me senti muito esgotada (acho eu). Na verdade a determinada altura tive que tomar antidepressivos e já me senti de nervos esfrangalhados, principalmente quando tenho que lidar com outras pessoas ou com situações que não consigo controlar. Mas nunca é algo que dure muito tempo ou que vá desenvolvendo muito. Não tenho dificuldade nenhuma em pedir ajuda quando preciso mesmo muito. Por outro lado sinto que esta aventura da maternidade é algo vivido a dois e nunca me senti sozinha neste papel. 

 

Sempre tive a minha Tully, o Milton, que é a melhor ama da noite que podia querer.

 

Recomendo mesmo muito que assistam a este filme. É giro, pertinente e bastante revelador de uma realidade para a qual nem sempre estamos atentos.

 

 

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