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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Qui | 22.06.17

Tomei um banho de mar quente! Mesmo quente! Nos Açores, claro.

Vivo nos Açores há mais de 7 anos e nunca tinha tomado banho ali.

 

Já ali tinha ido, poucas vezes (é um sítio com um caminho ligeiramente íngreme), mas nunca tinha tomado banho, nem sequer entrado na água.

 

Podia jurar que não tinha pé mas um colega no trabalho garantiu-me que havia uma zona em que tinha pé, e que se me agarrasse a umas cordas que lá havia, a coisa tornava-se mais fácil.

 

E lá fui eu. Confiante que era naquele dia que tomaria banho na Ponta da Ferraria.

 

O lugar, como muitos nos Açores, é quase irreal de tão bonito e diferente. Ali, nota-se como em poucos sítios, que estamos numa ilha de origem vulcânica.

 

Toda a paisagem faz lembrar um mar de lava incandescente apagado: as cores e as formas das rochas vulcânicas são muito características.

Em algumas zonas das rochas sai um fumo quente o que, mesmo para quem vive nos Açores há tantos anos, não deixa de ser fascinante.

 

Cheguei, por fim, à zona do mar onde é possível tomar banho. É uma pequena baía nas rochas, com uma corda presa perto de uma das extremidades.

O Milton foi primeiro, avaliar "o pé". 

 

Parecia tudo ok mas as rochas eram escorregadias e existia alguma ondulaçao. Não havia vigia ali.

 

Mas comecei a ver tantas crianças ali e uma senhora que parecia saber nada tanto como eu (ou seja, nada) que ganhei coragem e fui.

 

Lá me agarrei ao Milton e às cordas e entrei pelo mar quente dentro. E era mesmo quente, espantosamente quente.

 

A determinada altura tive que tirar os pés do chão porque as rochas, além de escorregadias, eram muito acidentadas. Tinham imensos buracos onde os pés ficavam presos e, quando vinha uma onda que nos arrastava alguns metros, parecia mesmo fácil torcer ou partir um pé.

 

Assim, decidi agarrar-me à corda, tirar os pés das rochas e boiar. Com a ondulação que havia, era mesmo o melhor a fazer.

 

E assim fiquei, com uma série de pessoas, a maioria turistas (mulheres, crianças e séniores...) agarrada à corda e maravilhada de cada vez que vinha uma onda quente (era com as ondas que a água ficava mais quente).

 

As ondas eram surpreendentemente quentes! Não quentes a ferver mas também não eram mornas. Eram quentes como um banho no inverno. Fiquei impressionada!

 

Vou regressar com certeza mas da próxima vez espero já saber nadar para poder usufruir melhor daquele espaço fantástico no mar.

 

Vou lembrar-me é de levar sapatos apropriados para andar em rochas escorregadias, como vi muita gente inteligente a usar.

Pouco depois, naquele dia, descobri outra coisa maravilhosa mesmo ali ao lado.

 

Conto-vos em breve sobre isso.

Entretanto deixo-vos algumas fotos (algumas estão tortas mas... vá, encarem-nas como artísticas, o pessoal aqui não é fotógrafo profissional). :P

 

 

ponta da ferraria 3.jpg

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ponta da ferraria 5.jpg

ponta da ferraria 4.jpg

 

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