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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Ter | 26.06.18

Ser pai não é nada fácil

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É a melhor coisa do mundo, sem dúvida, ou não estivessemos quase com o terceiro filho em 5 anos, mas apresenta os maiores desafios que já tive que enfrentar.

 

E o que é que não é fácil:

 

  • Ficar vários anos sem ter uma noite de sono completa e acordar a meio da noite toda estremunhada (eu e o Milton) para mudar roupa de cama com chichi, acalmar um choro (ou dois) e inventar formas de acalmar crianças quando estamos com o cérebro a meio gás.

 

  • Acordar todos os dias pelas 7h00 da manhã (ou antes) mesmo ao fim de semana e nas férias.

 

  • Cozinhar quase todos os dias, entre as 22h00 e as 00h00 para que as crianças (e nós) tenham sempre comida caseira e saudável para comer. Isto até pode não parecer grande sacrifício mas acreditem que para mim é.

 

  • Alterar tanto quanto possível a minha impaciência e o meu mau feitio para responder às “birras” de uma forma assertiva e eficiente sem gritos e descontrolos.

 

  • Pensar muito bem em todos os meus atos, palavras e até pensamentos para poder ser o melhor exemplo das pessoas que gostaria que os meus filhos fossem.

 

  • Abdicar de ser o centro do meu universo para colocar as crianças sempre em primeiro lugar em tudo (mesmo que nunca lhes demonstre isso). Este ponto não é grande desafio porque creio que se torna natural assim que nos tornamos pais.

 

  • Estar sempre disponível para responder às 1000 perguntas por hora que as crianças começam a fazer logo que aprendem a falar.

 

  • Aguentar heroicamente sem chorar cada vez que eles sofrem por algum motivo, seja porque têm uma dor ou porque um dos amiguinhos se recusou a brincar com eles na escola. Nunca pensei que isto mexesse tanto connosco...

 

  • Fazer um esforço surreal para que as atividades de bricolage e outras artes solicitadas pela escola não fiquem demasiado ranhosas...

 

  • Abdicar de fazer coisas que nos apetece fazer porque um dos nossos filhos nos pede para brincar com eles. Aqui também não chega a ser grande sacrifício embora algumas vezes insista para que brinquem um pouco sozinhos, coisa que também acho muito importante.

 

  • Ver mais de metade do orçamento desaparecer todos os meses só para gastos com os filhos e fazer contas todos os dias para tentar controlar as finanças quando era possível gastar muito menos com opções diferentes. Isto não deixa de ser um sacrifício mas não me arrependo nem por um segundo destas opções feitas a pensar nas crianças.

 

  • Aprender todas as semanas novas atividades e brincadeiras para as manter entretidas e entusiasmadas durante os fins de semana mais chuvosos.

 

  • Passar a frequentar apenas as piscinas de crianças e as praias mais seguras em horários que variam entre manhã cedíssimo e o final da tarde. E esquecer as cervejinha na praia à vontade porque não nos podemos dar ao luxo de ficar molengões.

 

E tantas coisas mais podiam ser acrescentadas.

 

Acrescento apenas que não fazia tudo de novo e 10 vezes mais porque o que os miúdos nos proporcionam em felicidade e crescimento pessoal é infinitamente maior e melhor que qualquer sacrifício associado à parentalidade. 

 

Ainda assim, acho importante referir que o exercício da parentalidade não é isento de desafios e de momentos menos interessantes. Eles existem, é importante falar deles e relativiza-los.

 

O que é que acrescentariam a esta lista?

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