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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Seg | 09.01.17

Histórias (des)encantadas para crianças

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Um certo dia decidi começar a ler histórias à Lara.

Pus-me a pesquisar contos dos irmãos Grimm que ainda não conhecia, assim, divertia-se ela e eu também.
 
Depois de passar os olhos por alguns títulos pouco chamativos tais como: “O bando de maltrapilhos”, “A noiva do bandido”, “Pele de bicho”, “O ladrão e oseu mestre”, “O judeu no meio dos espinhos”, ”O filho ingrato”, “A velha mendiga”, “Uma porção de mentiras juntas” e outros igualmente sombrios, decidi-me por: “O pescador e a sua mulher”.
 
Começa mais ou menos assim:
 
Era uma vez um pobre pescador e suamulher.
Eram pobres, muito pobres.
Moravam numa choupana à beira-mar, num lugar solitário.
Viviam dos poucos peixes que ele pescava. Poucos porque, de tão pobre que era, ele não possuía um barco.
A sua choupana, de pau-a-pique, era coberta com folhas de palmeira.
Quando chovia, a água caía dentro da casa e os dois tinham de ficar encolhidos, agachados, num canto.
Não tinham razões para serem felizes.
Mas, a despeito de tudo, tinham momentos de felicidade. Era quando começavam afalar sobre os seus sonhos.
Algum dia ele teria sorte (…) e encontraria um tesouro – e então teriam uma casinha branca com janelas azuis, jardim na frente e galinhas no quintal.
 
Não admira que metade de nós sofra com distúrbiospsicológicos. Estas histórias são uma desgraça: cheias de personagens,inacreditavelmente pobres, azarados e miseráveis, que não conseguem mudar devida a não ser que encontrem um tesouro ou uma entidade mágica que lhes concedatodos os desejos.
 
Estou a ver que tenho que inventar as minhas próprias histórias.Qualquer coisa como:
 
“Era uma vez um pobrepescador que vivia pobremente com a sua mulher porque não tinha um barco.
O pobre pescador emigrou com a mulher para um país onde se fabricavam belos barcos.
Então, ele aprendeu o ofício de fabricar barcos durante meia dúzia de anos.
Já mestre na construção de barcos, o pescador voltou à sua terra onde,depois de construir um robusto barquinho, passou a pescar mais peixes e aganhar mais dinheiro.
No Natal, ofereceu uma linda máquina de costura à sua mulher, com a qual ela não só fez lindos vestidos para si, como também passou a colaborar para o orçamento familiar, costurando para as pessoas da aldeia.
E, assim, viveram felizes e remediados para sempre."
 
O que vos parece? Melhor ou quê?
 
 

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