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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

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Sex | 23.11.18

As crianças e o minimalismo

brinquedos minimalismo.jpg

Temos poucos brinquedos cá em casa. Poucos não, os suficientes.

Ainda assim, alguns estão arrumados na arrecadação para serem trocados ocasionalmente, quando os miúdos se fartarem de brincar com os que têm disponíveis de momento.

Acredito muito nas vantagens de não ter a casa cheia de brinquedos: para além de ser mais fácil de a manter arrumada, cada brinquedo que temos torna-se mais especial e muito melhor explorado.

Nada tenho a criticar a quem faz diferente e gosta de ter muitos brinquedos (obviamente) mas para nós funciona melhor assim.

Geralmente compramos brinquedos no Natal e nos aniversários, o que não quer dizer que não possamos aparecer em casa com uma surpresa sem motivo especial. Às vezes acontece.

O que nunca acontece é comprarmos brinquedos numa loja porque um dos nossos filhos pediu. Acho que posso afirmar que nunca fizemos isso. Até posso registar mentalmente a vontade e ir comprar o que querem mais tarde, mas nunca na hora em que me é pedido.

Com isto quero mostrar aos meus filhos o valor do dinheiro e a pertinência dos desejos materiais. Não quero incutir-lhes de forma nenhuma que basta pedir para terem o que desejam. Não sei se faço bem ou mal mas fui educada desta forma e creio que os meus pais acertaram nesta parte da educação que me deram.

Nunca nada foi demasiado fácil para mim e desde cedo me mostraram que, se queria alguma coisa, teria que trabalhar para a ter. E assim tem sido.

Claro que não vou exigir que os meus filhos trabalhem para ter brinquedos (para já) mas exijo que os tratem com cuidado e que os estimem muito, porque são o resultado do tempo de alguém, tempo esse que foi usado para gerar dinheiro que serviu para os comprar. Nisto, sou mesmo muito chata.

Por isso, temos poucos brinquedos em casa e investimos sobretudo em brinquedos de construção bem resistentes (como os Lego ou Magnatiles) que não são baratos mas são de boa qualidade e capazes de estimular a imaginação dos miúdos.

Até hoje, nenhum dos meus filhos fez uma birra numa loja para que eu comprasse algo (a mais velha tem quatro anos e meio) e sempre que recebem alguma coisa consideram-no mesmo muito especial (creio que todas as crianças são assim).

Posso dizer que cá em casa vive-se um pouco uma disciplina de mosteiro no que aos brinquedos e aos doces diz respeito. Damos muito valor ao tempo (principalmente ao tempo que passamos juntos) e muito pouca importância ao que é material.


 

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