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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

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Dom | 02.04.17

A nossa primeira viagem com duas crianças pequenas

milton e maria.jpg

 


Fomos 5: eu, o Milton, as miúdas e a mãe do Milton. 

 

Foi a primeira viagem da Maria, com quase 9 meses de idade, e a nossa primeira viagem de avião com duas crianças pequenas.

 

Escrevo, agora, do aeroporto e acho que já posso dizer que correu tudo muito bem.

 

Alugámos um apartamento pequeno no centro de Almada, alugámos um carro grande e lá andámos nós, a mandar os nervos e as birras para um canto, e a proceder como se estivessemos muito habituados a andar com as raparigas debaixo dos braços, para cá e para lá.

 

A meio da estadia, confesso que estava completamente esgotada de cansaço mas, em menos de nada, recompus-me e fiquei fresca outra vez.

 

Visitei Alpiarça, vi a Lara a brincar no mesmo quintal onde eu brincava quando era criança, conseguimos estar muitas vezes com alguns familiares (felizmente a nossa família é muito grande e, com muita pena nossa, não conseguimos estar com todos). Ainda assim conseguimos estar com muitos, várias vezes, e matar saudades como deve de ser.

 

Uma semana passou a voar, tanto que agora a Maria fala, bate palmas, manda beijinhos, tem mais um dente a nascer e já está com as roupinhas quase todas apertadas.

 

A Lara tem conversas cada vez mais giras e mostra um capacidade de adaptação enorme (creio que todas as crianças são assim).

 

Matei saudades de um bom sushi, passei por Cacilhas e por Almada velha, estive a maior parte do tempo com a família, conheci pessoas novas e conheci muito melhor pessoas "mais antigas na minha vida".

 

Nem tudo decorreu de uma forma "linear' e perfeita mas acredito que ultrapassamos os desafios com algum profissionalismo e serenidade.

 

Regresso a casa com um misto de divertimento e serenidade. Serenidade por ter conseguido estar com muitas pessoas tão importantes para mim, entre amigos e familiares. Não estive com todas as pessoas com quem gostaria de estar mas estive com muito mais do que imaginei possível e isso foi fantástico.

 

Por outro lado, a vida calma que levamos nos Açores, desabituou me completamente da agitação das cidades. Demorar mais de uma hora para chegar à ponte e entrar em Almada, estar em locais inundados de pessoas com crianças pequenas, ver pessoas irritadas e stressadas no trânsito e pela rua, correr atrás do tempo como se não pudesse ser de outra forma, são coisas que me inquietaram e que dispenso bem.

 

Já ter a possibilidade de ver peças de teatro, concertos, museus e ir a eventos de todos os géneros é algo que tenho muita pena de não ter nos Açores. Mas, como não se pode ter tudo, creio que a opção pela tranquilidade de viver nos Açores é a mais acertada. Para já.