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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Qui | 31.05.18

Quando um castigo é uma coisa mesmo boa!

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Já nem me lembro das razões, só do castigo. Naquela tarde e até ao dia seguinte nada de desenhos animados (o que havia de se prolongar por vários dias) e nada de leitura de histórias.

 

Eu e o Milton estávamos sempre perto das miúdas, como sempre, mas elas estavam por sua conta no que dizia respeito ao seu entretenimento (embora o castigo fosse só para a Lara).

 

Não estávamos zangados ou de cara feia. Simplesmente explicamos que seriam aquelas as consequências de determinado comportamento e a Lara reagiu com conformismo e tranquilidade (como, felizmente e salvo raras exceções, é o seu hábito).

 

O que aconteceu durante a tarde e até à hora das miúdas irem dormir foi muito giro. Vi a Lara a brincar com coisas com que nunca tinha brincado antes. Foi ao baú dos brinquedos e, pela primeira vez, vi-a toda entretida a vestir as Barbies com as roupinhas que a avó fez para elas. Até me emocionei por a ver a brincar assim com bonecas, tal é a raridade da cena.

 

Entretanto a Lara e a Maria continuaram a brincar sozinhas, cada uma para o seu lado.

 

A determinada altura estão as duas enfiadas na tenda, deitadas, com almofadas e uma mantinha. Tão fofas, a rirem e a abraçarem-se todas animadas.

 

Nós pomos a Lara de castigo e eis que ela arranja uma maneira divertida e fofa de passar o tempo com a irmã.

 

É caso para dizer que este castigo veio mesmo a calhar. Tanto é que, durante dias, não voltámos a ligar a televisão. E elas nem têm pedido. 

 

Têm brincado mais uma com a outra, pintam livros de colorir, conversam, cantam, pulam pela casa, passeiam os bonecos num carinho de passeio de brincar e nem se lembram da televisão. 

 

É caso para dizer que o castigo saiu bem melhor que a encomenda. ;)


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Qua | 30.05.18

Quando a Lara come muito lentamente e nos pede para lhe darmos a comida à boca

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Sempre com alguma calma e serenidade damos-lhe 3 hipóteses:

- Damos-lhe a comida e não lemos uma história mais tarde (por exemplo);

- Ela come sozinha à velocidade que quer e abdica do tempo de brincadeira que teria se comesse mais depressa;


-Come sozinha a uma velocidade razoável e para além de brincar mais tempo, tem a companhia dos pais para brincar e contar histórias.

 

Mas, antes disso, falo-lhe um pouco sobre o “tempo”.  

 

Explico-lhe que o tempo é um dos bens mais preciosos que temos e que é vantajoso geri-lo de uma forma inteligente. Digo-lhe que ninguém controla o tempo, nem os pais conseguem dominar o passar do tempo, mas podemos decidir o que fazemos com ele.

 

Depois falo nos horários que temos que respeitar sempre: o horário da escola, do trabalho, das refeições, dos compromissos e da hora de dormir.

 

O tempo que nos sobra entre as coisas que temos mesmo que fazer é nosso para fazermos o que quisermos.

 

Explico à Lara que na hora de jantar, os pais ou estão a jantar também ou estão a fazer outras coisas que têm que ser feitas. Se tiverem que lhe dar a comida à boca numa altura em que ela já sabe comer sozinha, têm que retirar esse tempo de outra atividade de que todos gostamos mais como brincar com ela ou ler-lhe histórias. Deixamos, então, ao critério da Lara a decisão: ou damos-lhe a comida à boca ou brincamos com ela mais tempo.

 

Em relação ao imenso tempo que a Lara às vezes leva para comer, a explicação é semelhante. Se ela levar demasiado tempo a comer depois acaba por não ter tanto tempo para fazer outras coisas de que gosta antes de dormir ou de ir para a escola. 

 

Não queremos que coma à pressa ou que se sinta ansiosa em relação ao tempo mas tentamos que perceba que o tempo tem o seu valor e que deve ser gerido por ela da melhor forma. Damos-lhe a responsabilidade da sua própria alegria e atividades ao indicar-lhe que o tempo não estica e que deve planear as suas atividades de forma a poder fazer o que quer no tempo disponível. Claro que, com isto, temos esperança que veja as vantagens de trocar a hora inteira que às vezes leva a comer a sopa por mais 30 minutos de brincadeira.

 

Ela ouve com atenção e compreende. Às vezes continua a levar muito tempo para comer mas depois também aceita bem as consequências.

Se quiser muito alguma brincadeira em especial, é vê-la a comer bem e rapidamente e ainda a arrumar o pratinho ao lado do lava loiças.

 

As crianças percebem tudo e estou convencida de que, se falarmos com elas calma e pacientemente, elas colaboram da melhor forma possível.

Ter | 29.05.18

Da biblioteca #9 Dicionários de Imagens

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Na última vez que fui à biblioteca trouxe para a Maria dois dicionários com imagens que já conhecia e tinha trazido para a Lara quando ela era mais pequena.

A vantagem de já ter trazido para casa grande parte dos livros da biblioteca é que já sei quais são mais interessantes e giros para os miúdos.

Estes dicionários de imagens sempre foram dos meus preferidos para as miúdas aprenderem palavras novas.

Aos 22 meses, a Maria já diz quase tudo e conhece a maior parte das palavras do dicionário mas, ainda assim, há sempre palavras que ainda não conhece e ainda se entretém imenso com estes livros. E as imagens, feitas de plasticina, são uma delícia.

Então, ao final da tarde, quando vem da creche, gosto de ficar um bocadinho com a Maria (e às vezes com a ajuda da Lara também) a apontar para as imagens com um pauzinho de comer sushi a fazer de apontador, a mostrar-lhe imagens e a ensinar-lhe palavras novas. 

A verdade é que me divirto tanto ou mais que elas nesta atividade!

Outra vantagem enorme destes livros é o facto das páginas não serem de papel mas de um material mais plástico o que faz com que não se rasguem e se possam limpar facilmente se se sujarem por algum motivo.


Os livros fazem parte de uma coleção de vários livros que se chama: "Imagens animadas" e existem pelo menos 3: "As palavras por imagens", "As palavras do mar" e "As palavras dos Animais".

Nós usamos os da biblioteca mas estes são daqueles livros que vale mesmo a pena comprar, pela durabilidade deles, pelo aspeto lúdico e pelo aspeto pedagógico. De todos os dicionários de imagens que conheço (e já são bastantes) estes são, sem dúvida, os melhores e mais bonitos.

Editora: Fleurus

 

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Dom | 27.05.18

A Maria aos 22 meses

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Com 22 meses a Maria evoluiu bastante em muitas coisas.

O que notámos primeiro foi a sua disposição. A personalidade continua forte e decidida mas, de repente, deixou de acordar mal disposta e a reclamar. Acorda sempre bem disposta, umas vezes fica em silêncio sentada, de olhos abertos, a observar as coisas à sua volta ou a brincar com as chuchas e objetos que estão numa bolsa ao lado do berço e, outras vezes, fica a cantarolar e a falar sozinha até alguém a ir tirar do berço.

Está muito mais sociável e engraçada. Ri-se imenso, faz brincadeiras, mete-se com as pessoas e canta muito.

Faz frases cada vez mais completas e surpreende-nos frequentemente com coisas do tipo: "Mãe, dá-me a chucha cor de rosa." ou "Quero comer iogurte e gelatina."

Continua agarradíssima ao pai, pede-lhe colo constantemente e, mal ele sai do alcance da sua vista, começa logo a choramingar e a chamar por ele.

Adora a escola e, mesmo depois de fins de semana prolongados, vai sempre toda satisfeita para a sua sala.

Continua a comer bem, repete a papa quase sempre, mas a sopa está a ficar cada vez mais difícil. É quase sempre uma briga para comer as primeiras 3 colheres de sopa. Depois, geralmente, come o resto bem.

Adora a irmã e imita-a em tudo mas se é contrariada por ela de alguma forma não hesita em dar-lhe uns tabefes e uns valentes puxões de cabelo. Estamos a trabalhar nisso explicando que à mana (e a todos) só se faz miminhos. Com o tempo acreditamos que vai chegar lá. Para já, os progressos são poucos. A Lara, felizmente, não lhe responde na mesma moeda, embora goste bastante de a chatear de outras formas.

Continua a dormir muito bem, achamos nós. 

O facto é que colocámos a Maria no nosso quarto durante uns dias em que esteve constipada e verificámos que faz bastante barulho de noite, embora adormeça rápido logo de seguida. Quando dorme no quarto dela é raro ouvirmos barulho mas se calhar faz barulho na mesma, não sei.

Nesta fase adora peluches e dorme com uns 3 ou 4. Como não tem tido grandes crises de eczema deixamo-la dormir com os peluches.

Já sabe que a mãe tem um bebé na barriga, que esse bebé é o mano e faz muitas festinhas e dá muitos beijinhos na barriga.

Gosta de brincar com várias coisas mas o que prefere mesmo é brincar com os pais e com a mana, às corridas, às cocegas e a tudo o que seja mexido e faça rir.

Adora ver-me a fazer caretas e sempre que faço uma diferente ela diz: "Mãeeeeee" de uma forma super fofa. :) 

Esta fase em que os nossos filhos nos acham imensa piada é mesmo deliciosa! Não sei quanto tempo dura mas, até agora, posso dizer que é uma das fases mais felizes da minha vida!

E tem sido isto. :D

 

 

Sab | 26.05.18

Alguém tem que contar isto às grávidas ou mulheres que pensam em engravidar

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Há um teste que se faz no segundo trimestre de gravidez que se chama prova de tolerância à glicose e que consiste em beber um líquido com 75 g de glicose em cerca de 10 ou 15 minutos.

A mulher grávida terá que tirar sangue em jejum, 1 hora depois de beber o líquido e duas horas depois.

O teste serve para diagnosticar uma possível situação de diabetes gestacional e, atempadamente, tomar as medidas necessárias para uma gravidez tranquila em que a saúde do bebé e da mãe fiquem assegurados.

Muitas mulheres temem este exame, principalmente as que já o fizeram alguma vez porque o líquido que têm que beber é mesmo muito enjoativo para algumas pessoas.

Eu já fiz o teste várias vezes porque, durante a gravidez da Lara tive diabetes gestacional, diagnóstico feito precisamente através deste teste de tolerância à glicose. Também tive que fazer depois do parto porque fiquei com pré-diabetes (situação que meses depois normalizou).

Na primeira vez não me lembro de me ter custado. Não sei dizer se custou ou não, simplesmente não me lembro.

Quando fiz na gravidez da Maria, aí sim, ia desmaiado e ia-me vomitando toda. Não sei se era por o líquido ser diferente, se por estar em temperatura ambiente, mas foi mesmo uma experiência desagradável. O bom foi que não tive diabetes gestacional.

Agora uma coisa vos digo, se beberem o líquido bem fresquinho faz toda a diferença. Eu fiz um dos testes com água muito fresca e parecia que estava a beber um refrigerante (e nem costumo beber refrigerante). É que faz mesmo toda a diferença.

A senhora das análises é que me deu a dica e, de facto, nem um enjoo senti depois de beber aquilo. Posso dizer que não custou nada.

Claro que há pessoas a quem não custa nada fazer este teste a quem tanto faz beber frio como à temperatura ambiente (alguém que se acuse) mas para quem achar (ou souber) que vai enjoar experimente este truque.

Comigo fez toda a diferença para muito melhor!

 

Sex | 25.05.18

O que é que uma grávida veste???!!!!!

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Nesta foto estou grávida da Maria. :P

 

Na gravidez do primeiro filho, se tiver sorte, até pode vestir mais ou menos o que quiser.

Quando estive grávida da Lara, à exceção de calças de ganga que tinham mesmo que ser de grávida, vesti sempre roupa normal. Os meus vestidos de malha de algodão serviram-me sempre e levei um desses vestidos para o hospital na altura do parto.

Quando estive grávida da Maria, esses vestidos já não me serviam aos 6 meses de gravidez e com 4 meses de gravidez era impossível não usar calças de grávida e as camisolas mais largas que conseguisse encontrar.

Agora, com o rapaz, aos 2 meses de gravidez já não conseguia vestir a minha roupa habitual. Comecei logo a usar roupa mais larga.

Por isso meninas, se estão como eu (ou seja, não são a Carolina Patrocínio), existem umas peças de roupa que vão mesmo ter que usar para vos facilitar os movimentos e a existência em geral.

Como optei por tentar amamentar, comprei logo roupa a pensar nisso. Tudo o que comprei para a gravidez já era adaptado para a amamentação, nomeadamente soutiens, camisolas e vestidos.

Vamos ver.

Peças de roupa indispensáveis para grávidas:


- Calças de ganga e leggings
Não é preciso ter muitas mas convém ter uns dois pares. A não ser que andem sempre de vestido o que, para mim, nem sempre é muito prático.

- Pijamas ou camisas de dormir
Eu prefiro pijamas, mas também comprei camisas de dormir de verão adaptadas para a amamentação. No verão, era o que mais usava em casa. Era super prático durante a amamentação.

- Soutiens 
Podem ser apenas números maiores ou já de amamentação. Convém comprar logo no início da gravidez porque o peito altera logo uns dois tamanhos e os soutiens normais tornam-se desconfortáveis.


- Camisolas e vestidos de amamentação
Estas peças são mais úteis para quem quer amamentar porque facilitam muito o processo, principalmente quando saímos de casa e não é muito prático despirmo-nos.
Comprei várias camisolas e mesmo uma sweet shirt quentinha que me deram imenso jeito.

Comprei tudo o que usei online e, sempre que possível, em altura de promoções.

 
Deixo aqui alguns das minhas peças preferidas.

 

Clicar nas imagens para ver preços e detalhes.

Sex | 25.05.18

Elas vão ter um irmãozinho

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E o universo parece considerar que cá por casa até vamos levando bem esta coisa maravilhosa de lidar com várias crianças pequenas ao mesmo tempo porque decidiu presentear-nos com mais um bebé. :)

Foi mesmo uma grande surpresa e a melhor coisa que nos aconteceu: vem aí um menino para nos tornar ainda mais felizes!

Quando soubemos reagimos de uma forma inacreditável (acho eu): foi natural. Simplesmente aceitámos e ficámos logo muito felizes e com a certeza que seria fantástico ter três filhos assim seguidos.

Parece-me tudo tão natural que nem sei bem o que dizer. 

Quando a Lara nasceu, todo o nosso mundo mudou. Deixarmos de ser dois para ser três foi, de facto, muito diferente. Todo o meu mundo mudou: a forma de ver a vida, a forma de estar, as necessidades, as prioridades, tudo.

Com a Maria, percebemos que ainda podia ser melhor e que seria, sem dúvida, muito mais simples. Estranhamente (ou não) a Maria veio simplificar a nossa vida. Deixámos de nos preocupar tanto com coisas desnecessárias e passámos a ser mais organizados e minimalistas.

Creio que agora as coisas vão manter-se neste espírito de simplificação e alegria (e algum caos de vez em quando, claro).

Se alguém que lê este blogue tem três filhos por favor confirme que é mesmo assim como estou a imaginar: mais amor, mais alegria, mais caos, muito mais felicidade e a certeza absoluta de ser tudo perfeito assim. :)

 

Qui | 24.05.18

Vamos refletir um pouco sobre o que é a nossa vida nos dias de hoje?

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Já todos sabemos que vivemos numa sociedade de consumo de massas onde possuir coisas de desgaste rápido assume uma importância considerável.

Também sabemos que podemos possuir muitas coisas porque essas coisas se têm tornado mais baratas e acessíveis aos nossos bolsos. E consumimos porque isso nos dá prazer e satisfação, ainda que pouco duradoura, e porque nos parece dar uma espécie de "status" que nos equipara aos nossos semelhantes e nos dá algum estatuto social. Ou não.

Eu já gostei mais de comprar coisas. Ainda gosto, claro. Gosto de ter uma coisa nova, principalmente se for uma coisa que me vai facilitar a vida e torna-la mais alegre. Assim de repente, lembro-me da última capa de edredão que comprei para o quarto dos adultos cá de casa e que, semanas depois da compra, ainda me dá alegria sempre que a vejo.

Mas há algo na forma como consumimos hoje em dia que me faz muita confusão.

Ora vejamos, gasto a maior parte do orçamento familiar em três coisas que considero bens essenciais: saúde, educação e comida.

Na minha opinião estas três coisas deveriam ser garantias básicas para qualquer ser humano por isso deveriam ter um preço mais acessível e uma qualidade superior. Mas não.

Hoje em dia, 2 kg de maçãs ou duas peras abacate custam o mesmo que uma t-shirt. Se acrescentar um kg de tomates, pepino, curgete e abóbora é o mesmo que comprar um vestido.

Neste momento é mais barato encher o roupeiro de roupa e sapatos do que alimentar uma família durante duas semanas. Pode isto ser considerado normal ou desejável?

Isto para não dizer que se comprar batatas fritas, bolachas, enlatados e comida pré feita poupo muito mais do que se comprar fruta e legumes frescos. Esta caricata situação torna a saúde e a boa alimentação um verdadeiro luxo.

É também por isso que comprar roupa, sapatos, malas, brinquedos e "coisas em geral" é a última das minhas prioridades. Compro mesmo apenas aquilo de que preciso. Já não sinto espaço no meu roupeiro e na minha mente para acessórios.

Assim de repente, se ganhasse o euro milhões, era capaz de gastar boa parte do dinheiro em viagens (de certeza absoluta), em concertos, em experiências e serviços que me proporcionassem mais tempo livre e sobretudo mais tempo de qualidade. Comprar casas, roupas, carros ou sapatos ficaria para o fim, para quando precisasse de comprar roupa prática e fresca para levar para um qualquer destino paradisíaco onde me instalaria certamente por uns 3 meses com a família toda ou para quando gostasse tanto de um local que quisesse ter lá residência permanente.  :D

Invisto basicamente em coisas que não se vêm (curiosamente ao contrário do que fui ensinada a fazer durante toda a minha infância): comida saudável, serviços  e eletrodomésticos que me fazem ter tempo para a minha família e aquilo que gosto mais de fazer, experiências que me acrescentem alegria e conhecimento e serviços de saúde de qualidade aceitável.

De que me servem as outras coisas?


 

Qua | 23.05.18

Os pais de hoje

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Serão os pais de hoje muito diferentes dos pais de há 20 ou 30 anos atrás?

Se calhar a maior parte sim, mas talvez nem seja assim tanto.

O facto é que não sei dizer como eram a maioria dos pais de antigamente, tampouco como são todos os pais de hoje. Mas posso dizer como é o pai que temos cá em casa.

Nas coisas que faz é bem parecido com a mãe, na personalidade e forma de agir, é bem diferente. E ainda bem.

Ora vejamos:

- O pai cá de casa cozinha, passa a ferro, limpa a casa, lava a loiça e trata da roupa, tal como a mãe.

- O pai conta histórias, dá banho, dá a comida, acorda de noite para atender solicitações várias, coloca as crianças a dormir e brinca muito, tal como a mãe.

- O pai está presente, conversa, leva ao médico, vai às reuniões e eventos da escola e leva ao carrossel, tal como a mãe.

- O pai não dá palmadas nos filhos e grita o menos que consegue, tal como a mãe (talvez a mãe grite mais).

- O pai só não dá de mamar porque não pode, mas está sempre presente a facilitar esse privilégio da mãe, como em todas as outras situações.


Mas o pai é diferente da mãe em muitas coisas:

- É muito mais calmo que a mãe na maioria das situações, exceto quando ouve muitos gritos agudos;

- Toca viola para a audiência de casa, quer queiram quer não;

- Anda mais com as crianças às cavalitas e penduradas no seu pescoço, mesmo que depois fique 3 dias cheio de dores.

- Avisa e ameaça 100 vezes, mesmo que depois se esqueça de cumprir algumas vezes;

- Deixa-as andar nos escorregas mais altos e ser muito mais autónomas. A mãe tem que aprender mais com o pai estas coisas.

- Não impõe tantos limites e regras como a mãe porque não gosta de usar recursos e esforços a dobrar e confia plenamente na mãe para isso (digo eu).

- É mais descomplicado que a mãe em praticamente tudo e encontra as soluções mais caricatas e simples como andar com um bacio atrás, num passeio, durante o desfralde da filha. A mãe acha imensa graça a isso e adota os métodos do pai com bom humor.

- O pai é procurado pelas filhas para resolver as mais variadas situações, principalmente no que diz respeito a consertar brinquedos, mesmo que nem sempre seja muito bem sucedido. 

Somos diferentes numas coisas mas concordamos no essencial. 

O facto é que as crianças (por sorte talvez) são tão ligadas a um como a outro. Passamos o mesmo tempo juntos, salvo raras exceções, e estamos de igual modo presentes na vida delas (física e emocionalmente).

Hoje em dia, olhamos para os nossos filhos de igual para igual, com respeito pelos seus pensamentos e sentimentos. Ouvimos o que têm a dizer mesmo quando não lhes fazemos as vontades.

Também lhes dizemos que é assim porque nós dizemos que é assim, mas nunca sem antes de lhes termos explicado as coisas duas ou três vezes.

Acredito muito que os pais de hoje são os melhores do mundo. Não são sempre?!

 

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