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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Qua | 20.12.17

Fiz um livro sensorial

 

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De vez em quando dá-me a pancada de fazer umas coisas de costura: roupas para bonecas são o mais frequente mas, a determinada altura, achei que seria divertido fazer um livro sensorial para as miúdas.


Comecei o projeto cheia de genica e a primeira coisa foi construir o livro com velcro. A problemática surgiu quando me apercebi que me tinha entusiasmado demais com o número de páginas: imensas…

Lá fui fazendo as atividades mas depressa me apercebi que aquilo dava algum trabalho e era coisa para demorar meses e meses. Com duas crianças pequenas não seria tarefa fácil.

O livro ficou esquecido numa gaveta durante meses. Até que a Maria o descobriu e ficou entretidíssima com as poucas atividades que o livro tinha.

A Lara também pegou nele e gostou de fazer os jogos.

Vai daí decidi acabá-lo e oferecer-lhes no Natal.


Foi uma corrida durante as últimas semanas em que ia fazendo o livro à noite e no fim de semana, enquanto elas dormiam.

Ficou feito e já está embrulhado.

Deixo-vos algumas fotos. Há imensos exercícios mas deixo-vos apenas alguns para terem uma ideia de como ficou.

Depois conto como é que elas reagiram. :D

Não ficou propriamente um primor feito por mãos de fada. Na verdade, ficou um bocadinho tosco mas até acho que fica mais giro assim. 

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Ter | 19.12.17

3 coisas que nunca mais voltei a comer

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3 coisas que nunca mais voltei a comer

Já tinha dito aqui que era viciadíssima em açúcar.

Gosto de comer em geral mas a gulodice sempre foi uma das minhas características. Desde pequena que comia rebuçados, chocolates, bolos e gomas quase todos os dias.

Entretanto à medida que fui crescendo comecei a preocupar-me mais com a alimentação, primeiro por questões estéticas e depois por questões de saúde.

A determinada altura percebi que as dietas não eram a solução ideal para mim e resolvi alterar, gradualmente, os meus hábitos de alimentação.

Passei por várias fases mas, no geral, o que pretendia era reduzir a ingestão de carne vermelha, açúcar e hidratos de carbono simples. Também introduzi mais verduras e legumes na dieta e alguns pratos vegetarianos e vegans.

Há alturas em que me apetece comer mais hidratos de carbono ou mais doces e não contrario muito isso (desde que não seja todos os dias) mas existem hábitos que deixei para sempre e se mantém há mais de um ano.

Existem “produtos” (nem consigo chamá-los alimentos) que já não consigo mesmo comer. Não me apetece nada comê-los e custa-me a acreditar que alguma vez os tenha comido com satisfação.

E que coisas são essas?


- Rebuçados e chupa-chupas

Para mim é açúcar puro. Não consigo mesmo comer nem tenho qualquer vontade de o fazer. Nenhum tipo de rebuçado, nem as natas de caramelo e de fruta.


- Chocolates tipo snickers, twix e m & ms

Eu adorava m & ms de amendoim. Não como há uns 2 anos ou mais. Uma vez ainda tentei comer um bounty mas à primeira dentada aquilo soube-me mesmo mal. Verdade, soube-me mal. Não sei se foi uma reação psicológica ou mesmo física mas não consegui comer mais.


- Gomas

Quando trabalhava no Colombo, comprava sacos cheios de gomas a vulso e deliciava-me a comê-las no cinema, ou enquanto lia, ou enquanto conversava com alguém.
Agora, depois de ver um filme sobre a forma como são feitas já não as consigo comer.

Felizmente o Milton também não é apreciador de nenhum destes produtos por isso é completamente natural estas coisas andarem lá por casa.

Às vezes dão à Lara ou à Maria e eu explico o que entendo ser a verdade sobre estes produtos e a Lara também não come. A Maria ainda não percebe que é de comer e, por enquanto não é difícil desviar-lhe a atenção.

 

Claro que sobremesas como gelados, arroz doce, sobremesas lácteas e pipocas ainda estão na lista de  coisas que adoro comer, embora o faça apenas uma ou duas vezes por semana e às vezes menos.

Seg | 18.12.17

O que ando a ver no Netflix

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- Documentários sobre o David Bowie e sobre o George Harrison.

Isto é coisa para levar semanas a ver. Vemos um bocadinho à noite, depois das miúdas estarem a dormir e estamos a gostar muito. Estamos a ver os dois ao mesmo tempo em dias intercalados.
Sou daquelas pessoas que gostam de saber mais sobre as pessoas que criam as coisas de que gosto, sejam músicos, escritores ou outros artistas e estes documentários estão bem feitos e são mesmo interessantes. Ainda por cima falam de uma fase incrível para a música e a cultura e, na minha opinião, para a estética: os anos 60. Delicio-me a ver.

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- A série “Master of None”

Uma amiga tinha-me falado na série há imenso tempo e resolvemos experimentar.  É uma série cómica e curtinha com cerca de 20 minutos. Adoro. A história anda à volta de um curioso grupo de 4 amigos: um ator indiano, uma lésbica afroamericana, um caucasiano gigante e um asiático muito politicamente correto e bem parecido.
Tem um humor muito contemporâneo que retrata a minha geração. É mesmo muito giro e descontrai imenso.
Neste momento não estou virada para programação muito “pesada” e esta série encaixa na perfeição no tempo que temos disponível.

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- A série “Gilmore Girls”


Nunca tinha visto e fico mesmo feliz por ter imensos episódios à minha espera.
O ambiente, a história e as personagens desta série são os ingredientes perfeitos para o que chamo de “sessões de massagens ao cérebro”. Adoro.
Geralmente vejo a série quando estou sozinha (embora o Milton também goste de ver) e quero descontrair e descansar. É perfeita: engraçada, com um cenário giro, diálogos humorados e inteligentes e personagens muito engraçadas. Às vezes pergunto-me se não será demasiado superficial para depressa compreender que não. Sinto-me verdadeiramente “massajada” a vê-la, com um chá quentinho e uma manta cor de rosa. Até a consigo ver com a Maria e a Lara a brincarem no sofá ao meu lado. É o verdadeiro sinónimo de descontração nesta fase da minha vida. :P

Sex | 15.12.17

Querido Pai Natal #1 Olha-me só estas prendas a metade do preço (ou menos)

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Portei-me muito bem este ano.

Na verdade, acho que mesmo muito bem.

Fui uma rapariga simpática (sempre que possível) e zanguei-me poucas vezes. Com os outros e comigo.

Pratiquei a empatia e a gentileza e gostei muito de o fazer. Tive dias menos bem sucedidos mas isso pode desculpar-se com algum cansaço mental e algumas noites mal dormidas.

Penso, por isso, que não será despropositado de todo se te der uma pequenas lista de presentinhos que talvez queiras ter a amabilidade de me trazer.

Não pesam quase nada e iam deixar-me mesmo ... motivada vá. Feliz, feliz, sinto-me todos os dias.

Ficaria satisfeita com qualquer um destes vestidos, mas se trouxeres uns três ou quatro não será demais. Tenho bastante espaço no roupeiro e umas dezenas de roupas velhas que já podem ser transformadas em panos.

Espreita lá estes vestidos e ... num ataque de generosidade, atira ao calhas com uns 4 para dentro do saco. Assim, só para não te dar muito trabalho a selecionar.

Estão a metade do preço! Alguns têm 60% de desconto! Até tu devias aproveitar!

Agradecimentos antecipados.





Para ver preços e detalhes, clicar em cima das imagens.




Sex | 15.12.17

As nossas conversas #11

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Estamos na sala com a Lara. A Maria já dorme.

Ele, meio gripado, está sentado no sofá com um copo de vinho.

Eu estou a dançar com a Lara no meio da sala.

Um cenário familiar bonito, portanto.

A determinada altura diz-me ele:

"Sabes que com óculos de visão noturna infravermelha conseguem ver-se os peidos?"

Eu:

"Não sabia não. Mas nunca deixo de me surpreender com as coisas interessantes que aprendo contigo."

Se quiserem ver como é, podem ver os pequenos dragões aqui.

 

Qui | 14.12.17

O melhor da música portuguesa em 2017

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Este ano tenho ouvido muita música portuguesa.

Pode ser impressão minha mas parece-me que há cada vez mais música de qualidade ou, pelo menos, música de qualidade em géneros de que gosto e que, antes, não encontrava em músicos portugueses.

Destaco em 2017 quatro músicas que tenho ouvido bastante.

Começo pela minha preferida e vou por ordem decrescente, embora goste mesmo muito de todas.


#1

The Legendary Tigerman

 Fix of Rock'n'Roll

Adoro. Conheço trabalhos anteriores de Paulo Furtado e gosto de tudo o que já ouvi e vi. Gosto muito do estilo e do facto do artista ser multifacetado e muito virado para a estética, o que se revela na forma como se apresenta e nos seus vídeos.


#2

Manel Cruz

Ainda não Acabei

 

Desde que descobri a voz do Manel, nos Ornatos Violeta, que fiquei encantada com esta forma de cantar em português. Acho que não encontro mais ninguém que cante em português de que goste tanto.
A nossa lingua encaixa-se perfeitamente nesta forma de cantar, neste estilo e nesta voz.

 

 

#3

David Fonseca - projecto Bowie 70

Starman (com Áurea)


Não sou fã do David Fonseca mas gosto muito deste projeto. Está muito competente. Sou fã assumidíssima de David Bowie (mais como escritor e letrista) e gosto sempre muito de ver e ouvir covers das suas músicas.
Já falei sobre este projeto aqui.

 

#4

Carolina Deslandes

A Vida Toda

 

Este não é, definitivamente, o meu estilo de música.
Mas, não sei... Acho que nesta fase, depois de ser mãe e tendo neste momento duas miúdas pequenas, só se fosse mesmo um pedregulho com olhos é que ficava indiferente a esta música. :D

Qua | 13.12.17

Ser mãe não é fácil

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É maravilhoso, recompensador, o melhor desafio de todos mas não é fácil.

Ser mãe tem sido a maior aventura da minha vida.

Ser mãe testa todos os dias os meus limites físicos e psicológicos.

Ser mãe é estar preparada para, sem darmos por isso e por vontade própria, ficarmos sempre em segundo lugar, ou terceiro, ou quarto.

É ver no simples ato de beber um café ou almoçar com o namorado sozinha, o maior luxo do mundo.

É estar preparada para me arrastar cheia de sono pela casa, depois de noites sem dormir, sabendo que tenho seres pequeninos que dependem de mim.

É “ser obrigada” por mim própria, de um momento para o outro, a ser melhor pessoa, mais tolerante, mais empática, mais paciente, mais preocupada com o ambiente e com o mundo, mais sociável, mais gentil porque quero dar o melhor dos exemplos às minhas filhas e sei que elas serão muito o reflexo do que viverem na infância.

É ter que cozinhar praticamente todos os dias mesmo sendo a função doméstica de que menos gosto. É fazer papas caseiras, iogurtes, sopas sem sal, comida variada e saudável, bolos sem açúcar que não deixem de ser gostosos, bolachas caseiras e tornar-me especialista em comida saudável.

É passar de desorganizadíssima a um primor de organização, simplesmente porque de outra forma nem conseguiria sair de casa para ir trabalhar.

É inventar formas de ter vontade e paciência para brincar com as minhas filhas com qualidade, nem que seja 30 minutos ao fim do dia, para que o tempo que passo com elas durante a semana não seja uma sequência de banho, comida e cama.

É esforçar-me por fazer com elas os trabalhos manuais que vêm da escola, deixando-as ajudar e refreando a minha vontade de fazer eu para ficar “mais bonito”.

É ter a presença de espírito para ouvir as minhas filhas e resolver uma birra, mesmo antes dela começar, quando estou cansada, ansiosa ou simplesmente sem paciência.

É obriga-las a vestir o casaco mesmo quando estrebucham que não querem, arranjar estratégias criativas para comerem a sopa toda, e conversar seriamente com elas sobre os malefícios do açúcar para que não comam rebuçados, chupas e bolachas com creme.

É ceder de vez em quando e dar-lhes um bolo ou pipocas, fazendo um grande esforço para me convencer a mim própria que devemos ser equilibrados e um doce de vez em quando não lhes fará mal nenhum.

É aceitar que nem todos os dias somos os melhores pais do mundo mas que somos os melhores que conseguimos ser  e estar em paz com isso.

É controlarmos os nervos quando estão doentes e mantermo-nos calmos e alegres, mesmo depois de noites sem dormir.

É dar-lhes comida à boca e andar com eles ao colo até à casa de banho, mesmo quando têm mais do que idade para o fazer sozinhos, apenas porque percebemos que eles precisam de um carinho extra naquele dia.

É dizer-lhes que os adoramos, depois deles dizerem que não gostam de nós, mas que não vamos admitir alguns comportamentos menos adequados.

É pedir-lhes desculpa quando gritamos e dizer-lhes que gostamos muito deles mas também temos as nossas falhas e às vezes estamos demasiado cansados para agirmos melhor.

É esquecer-me de comer durante horas e horas.

É comer uma sopa e uma peça de fruta, por obrigação, só para me conseguir manter de pé para fazer o que for preciso fazer.


Ser mãe não é mesmo nada fácil.

Mas não trocava este desafio por nada. E fazia tudo de novo. É o melhor do mundo.

Dom | 10.12.17

Conversas da Lara #11

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De manhã, deitada no sofá e tapada com a mantinha cor de rosa (portanto bem instalada).

A Maria em pé, perto do sofá, de comando na mão.

Diz a Lara: "Mãe podes pôr o Pocoyo para a Maria?"

Eu: "Para a Maria?" (A Maria só gosta de ver desenhos que tenham sapos, não liga grande coisa ao Pocoyo).

E pronto, as irmãs mais novas também servem para estas coisas. :)