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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sab | 22.07.17

Aquele momento #1

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Em que percebes que te estavas a sentir péssima, mole, quase de ressaca e cheia de vontade de dormir umas 20 horas seguidas, porque o café que bebeste de manhã era tão fraco como uma água de lavar pés.

Mas quem é que mexeu na máquina de café e pôs isto fraquíssimo????!!!!!!

Sex | 21.07.17

Então Carla, agora que acabaste o curso, já sabes nadar ou quê?

 

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A resposta não é curta, nem simples. Por isso, vou falar de vários aspetos deste curso e do que correu bem e menos bem.

O curso



Aspetos a melhorar

O curso tem demasiadas pessoas para o espaço disponível. Julgo que éramos 10 ou 12 e a piscina estava dividida em 3 partes: uma onde estavam a decorrer aulas de natação com crianças, outra com zonas individuais onde estavam as pessoas do nosso curso que já sabiam nadar, e outra onde estava eu e as outras pessoas que, efetivamente, tinham medo de nadar ou não sabiam nadar quase nada.

Eramos 7 nesta situação e o professor estava connosco mais tempo do que estava com os outros alunos que já sabiam nadar (o que é chato para eles).

O espaço onde estávamos era muito pequeno. Mesmo em exercícios simples era difícil não darmos cabeçadas e braçadas uns aos outros.

Enquanto uns faziam exercícios mais avançados, os outros ficavam parados, o que numa hora fazia com que passássemos demasiado tempo parados.

Alguns precisavam de muita ajuda do professor para fazer os exercícios e, havendo muitos assim, tornava-se impossível fazer muitos exercícios e praticar de modo a progredir qualquer coisa.

Julgo que este curso funcionaria muito melhor se fosse mais caro e tivesse menos pessoas. Mas, por restrições de espaço e para chegar a mais pessoas, calculo que não existisse forma de fazer diferente.


Aspetos positivos

O curso intensivo, na teoria, é uma boa ideia.  Temos ali 8 horas, divididas por 15 dias de julho, onde é suposto aprendermos a estar no meio aquático sem medos e com algum “à vontade”.
O timing é bom, mesmo antes da época balnear, e a ideia de adaptação ao meio aquático também é excelente uma vez que, a maior parte das pessoas, tem mais medo de água do que pouco jeito para nadar.

Gostei muito do professor que deu o curso: era bastante empático, gerava confiança e segurança e tenho a certeza que tem muita vocação para isto. Tenho a certeza que não podia ser melhor. Se ele desse aulas particulares de natação, inscrevia-me já.


A minha experiência

 

Aspetos a melhorar

Controlar mais o meu receio e ter mais paciência.
No princípio fui bastante afoita a fazer os exercícios e acabei por me encontrar no meio da piscina, sem pé, e entrar em pânico. Queria fazer tudo e rapidamente, o que não é boa ideia.
Por algum motivo lembrei-me de olhar para o fundo da piscina e ficar com aquilo na cabeça. Daí resultou ficar em pânico durante exercícios que já tinha feito bem. Cheguei a uma fase em que me recusei a ir de prancha para a parte funda da piscina. Sempre que ia ficava cheia de medo, uma coisa irracional mesmo.

Dei por mim a querer desistir e ir embora.

Sinto que precisava de um professor só para mim, só para estar ali no meio da piscina a ver se eu precisava de ajuda. Até podia tentar fazer tudo sozinha, mas precisava daquela segurança. Ali, não era possível. Naturalmente.

Aspetos positivos

Apesar de, a determinada altura, sentir que tinha regredido um pouco e estava com mais receio do que antes de fazer alguns exercícios, falei com o professor e pedi-lhe para saltar na zona funda da piscina.
Senti que era isso que precisava de fazer. Precisava de fazer as pazes com o fundo da piscina.

E assim foi. Saltei e depois fui várias vezes até ao fundo da piscina pela escada.  Fez-me toda a diferença estar de pés no chão a ver o fundo da piscina e conseguir bater os pés e emergir novamente. Creio que foi este exercício que me ajudou a perder o medo.
O professor ensinou-me a bater os pés como deve de ser para emergir e eu ganhei mais confiança. Quando os alunos mais avançados estavam a mergulhar para a parte funda da piscina e a nadar até à margem, eu quis muito experimentar. Pareceu-me muito divertido.

E mergulhei, e emergi e consegui ir sozinha até à margem. Fiquei muito feliz! Senti-me mesmo muito bem por mergulhar num sítio sem pé e conseguir nadar e ir até um local seguro. Era este um dos meus objetivos.

Resumo

Consegui ir a 5 aulas de 8 e o saldo é muito positivo. Valeu muito a pena fazer este curso.

É evidente que não perdi completamente o medo de água e não saí de lá a nadar com uma profissional (nem era esse o objetivo do curso) mas fiz coisas que nunca tinha feito na vida. Estive com os pés no chão numa piscina de 2,50 m e emergi sozinha, mergulhei e nadei num sítio sem pé. Até consegui estar em pé a flutuar na piscina durante breves momentos. Não foi muito tempo mas creio que o primeiro passo foi dado para conseguir fazer o que quero em pouco tempo.

Foi um investimento grande fazer este curso. Aquela hora na piscina obrigavam-me a usar quase 3 horas do meu dia (entre as viagens e o tempo da aula). Foi cansativo ir até à piscina depois de um dia de trabalho, a pé ou de autocarro e depois ir a correr para casa para tratar das minhas filhas. Fez-me falta este tempo com elas.

Mas foi muito importante para mim fazer isto. Senti medo várias vezes e encontrei forma de o enfrentar.

Senti-me muito bem dentro de água porque adoro água e quero mesmo muito sentir-me mais à vontade neste meio. Poucas coisas são tão relaxantes para mim como estar dentro de água.

O próximo passo é encontrar um professor particular ou aulas de natação num sítio e num horário que não mexa muito com a minha rotina diária.

Provavelmente o que vai acontecer é ir para uma piscina com a família toda e irmos todos fazer natação.

Qui | 20.07.17

Os produtos de beleza responsáveis pela minha bela fronha

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 Diariamente é basicamente um: o sabonete.


Vá... e o creme hidratante.

Mas, na loucura, e quando quero mesmo impressionar (é mais quando vou a um casamento e não quero envergonhar quem me convidou) uso um bb cream, um batom daqueles para esconder as olheiras,  máscara de pestanas, risco preto e um batonzito para o cieiro.

Se estiver muito bem disposta, pinto as unhas de vermelho.

Tenho pouca coisa, é certo, mas opto por produtos de qualidade. Mas valem o investimento porque duram pelo menos um ano. 

Podem encontrar aqui em baixo os meus segredos de beleza (ah ah ah).

Enfim... é clicar para ver o preço. 

Beijinhos e abraços pessoal

Qui | 20.07.17

Lara #19

Se pudesse descrever a Lara com uma só palavra seria: energia.

Acredito que, aos 3 anos, todas as crianças sejam muito enérgicas e passem o tempo a correr, a pular e a trepar mas não deixo de me surpreender com ela.

Na verdade, não vejo muitas meninas assim.

Quando vamos a um parque infantil, o que ela mais gosta de fazer é trepar a coisas. Desde pequena que é assim. Se não conseguia trepar sozinha, depois de tentar bastante, pedia ajuda e insistia para que a ajudássemos a escalar paredes, escadas, e todo o tipo de estruturas.

Hoje, com 3 anos, sobe as escadas dos escorregas grandes sem qualquer dificuldade (já o fazia aos dois anos mas eu não deixava a maior parte das vezes), e gosta de subir o escorrega pela parte em que se escorrega, gosta de descer deitada, de cabeça para baixo e de todas as formas que conseguir imaginar.

Já me habituei a esta genica toda. Na verdade, com a idade dela, eu não era muito diferente. Era muito “macaquinha” também. Subia a árvores, saltava dos telhados para montes de terra, brincava aos cozinheiros com erva e terra e andava sempre toda suja.

Acho que é por isso que, quando olho para a Lara e a vejo com as roupa toda suja, fico muito feliz! Ela que brinque e salte e se divirta muito (claro que estou sempre de olho nela).

Talvez a coloque na ginástica acrobática um dia, se ela assim quiser e se encontrarmos um bom sítio.

 

 

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Qua | 19.07.17

Suplexio - Experimentámos e adorámos

Uma das primeiras coisas que aprendi quando cheguei aos Açores é que aqui se come muito bem.  De tudo: carne, peixe, doces, fruta, lacticínios, legumes…


É muito fácil encontrar bons restaurantes nos Açores. Para todos os gostos.Para mim, que adoro comer, é uma maravilha. Ainda para mais quando existe uma relação qualidade/preço muito boa.

É o caso do Suplexio, onde eu e o Milton fomos almoçar hoje.


Tinha entradas variadas, muito à base de azeitonas, tomate cherry e queijo feta, diversas opções de hambúrgueres (cada uma com um ar mais apetitoso que outra), cerveja artesanal e outros pratos aos quais não prestei atenção porque já estava a planear comer hambúrguer.

 

Comemos hambúrguer, com batata doce frita e salada, e estava mesmo muito bom. Dividimos a última pannacotta que havia no restaurante e saímos de lá muito satisfeitos.


O espaço é muito giro e agradável, casual mas decorado com bom gosto, o atendimento é ok e a relação qualidade/preço é o melhor de tudo: cerca de 10 euros por pessoa.

Comi um hambúrguer de vaca, coisa que não comia há semanas, e soube-me muito bem.


Tinha pensado em deixar de comer carne vermelha (e na verdade como menos de uma vez por mês) mas hoje apeteceu-me. E, mais do que ser vegetariana ou não, o que interessa mesmo é manter uma dieta equilibrada, sem excessos de nenhum tipo. Falarei sobre isso num outro post.


Se querem comer um bom hambúrguer a um preço razoável, é aqui.

 

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Ter | 18.07.17

24 horas do meu dia

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Das 00h00 às 6h00

Se tudo correr bem... estou a dormir.

 

Das 6h00 às 8h00

Pelas 6h00 acorda a Maria e, meio estremunhada, acordo também.
Vestimos e alimentamos as miúdas, tomamos banho e vestimo-nos e comemos (quando conseguimos).
Se a Maria estiver bem disposta e antes da Lara acordar (o que acontece pelas 7h00) ainda consigo fazer papas de aveia, fazer uma sopa, ou estender roupa.


8h00 

Saímos de casa para levar as miúdas à creche e vamos trabalhar.



18h00 

Vamos buscar as miúdas à creche.

 

18h30

Vou para a natação de minibus.



19h00

Regresso da natação a pé. Uns bons 30 a 40 minutos a andar só fazem bem... mesmo que esteja com o cabelo a escorrer e meio tremelicante das pernas, pelo cansaço e por não ter tido tempo de me secar como deve de ser.

 

19h40

Em casa, como qualquer coisa à pressa, visto o primeiro vestido que tenho à mão, seco o cabelo, arranjo a cara e saio de casa para ir ter com o Milton e as miúdas, que estão a jantar com uns amigos.

 

20h30

Encontro o Milton e as miúdas e sento-me para beber uma cerveja.

 

21h30

A Maria começa a ficar rabujenta de sono, a Lara está divertida a brincar com uma amiguinha (filha dos nossos amigos) e vamos fazer uma caminhada para ver se a Maria adormece no carrinho.

 

22h00

Maria adormece e aproveitamos mais um bocadinho da noite numa esplanada no centro da cidade.


00h00

Regressamos a casa e deitamos as miúdas.


00h30 - 2h00

Comemos uns aperitivos enquanto vemos um filme (porque amanhã é fim de semana).


2h00

Vamos dormir.

 

Se fossemos trabalhar no dia seguinte seria assim:



18h30 - 20h00

Passear ou brincar com as nossas filhas e dar-lhes banho.



20h00 - 21h00

Dar o jantar às miúdas e deitá-las.


21h00 - 22h00

Jantar, eventualmente cozinhar para o dia seguinte, arrumar marmitas e mochilas das miúdas, preparar roupas e voltar a deitar a Lara 16 vezes, depois de ela se levantar e vir ter connosco.


23h00

Se tivermos sido rápidos e eficientes, ainda temos tempo para ver um filme ou uma série (apesar de já não estarmos a ver séries regularmente ainda vemos um ou outro episódio se nos apetecer).


00h30

Arrastamo-nos para a cama.

Dom | 16.07.17

Peculiaridades da maternidade #1

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Acordamos de manhã e reparamos que a de 3 anos fez chichi na cama.

Levo a miúda para a banheira, ainda meio a dormir, visto-a  e coloco-a no sofá, onde pretende continuar a dormir (uma vez que na noite anterior levantou-se da cama 20 vezes e só decidiu dormir depois das 23h00).

Já com as duas miúdas no sofá, dou as papas de aveia às duas ao mesmo tempo, mas a Maria, de um ano, come 4 vezes mais depressa que a Lara, que faz uma bola com a comida na boca e não mostra grande apetite.

A bebé acaba por comer parte das papas da irmã.

Já no carro, a caminho da creche, começo a sentir um certo cheiro azedinho. Desconfio que a Maria tenha vomitado.

 

Não vomitou. Em vez disso fez um cocó meio líquido que sujou a roupa toda.

Já tínhamos estacionado na creche quando vimos, efetivamente, o cocó.


Entregámo-la na creche com o “presente” e fomos trabalhar.


Já no trabalho não conseguia deixar de sentir que estava a cheirar a cocó azedo. Eu não estava suja, nem fui eu que pequei na Maria mas parecia que tinha o cheiro colado a mim.

 

É mesmo assim, não é?

Sab | 15.07.17

Conversas da Lara #5

A sabedoria de uma menina de 3 anos


No sábado de manhã oiço a Lara e a Maria a rirem na cozinha.

A Maria dá imensas gargalhadas com a Lara, basta vê-la a rir que começa logo a rir também.

Curiosa com aquela risota toda pergunto à Lara do que se estão a rir.

Então ela diz que estão a rir da porta da cozinha, que está maluca, a bater e a fechar-se sozinha (corrente de ar, portanto).

Eu explico que a porta não está a fechar sozinha, que está a fechar porque o vento que sai da janela aberta está a empurrá-la e a fazê-la bater e fechar.

A Lara olha para mim, como se eu fosse muito disparatada e diz:

"Oh mãe, o vento não pode estar a empurrar a porta. Ele não tem mãos!"

Sex | 14.07.17

Identifiquei-me com esta mãe... e não foi pelos melhores motivos

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Ao fim de semana, e mesmo durante a semana ao fim da tarde, gostamos de ir passear com as miúdas a um jardim que tenha parque infantil com baloiços e escorregas.

Foi o que fizemos no sábado.

 

A Lara, igual a ela própria (e como qualquer criança) é toda ela energia e macacadas.

Tenho feito um exercício interessante que consiste em deixar a Lara estar “à vontade” sem andar sempre atrás dela a limitar-lhe os movimentos e a pedir-lhe cautela.

 

Claro que lhe faço recomendações e estou sempre ali ao pé dela mas tento ser mais descontraída.

Estava eu a empurrar a Lara no baloiço quando uma mãe, que estava ali perto, diz à filha que não pode subir o escorrega pela parte em que se desce.

Que aquela parte é para escorregar e não para subir com os pés.

Que não quer saber que os outros meninos também tenham feito aquilo, que se fizeram está errado, que aquilo não se faz e os meninos fizeram muito mal.

 

E eu a lembrar-me da Lara a subir o escorrega ao contrário, e eu ao lado dela, sem dizer nada e nem vou jurar que não tenha encorajado um pouco. E eu orgulhosa por ela que quer experimentar coisas novas e por mim que estou menos nervosa e menos “chata”.

 

E aquela mãe a criticar a minha filha e a mim (ainda que talvez não soubesse que o estava a fazer).

E eu a lembrar-me das vezes em que disse à Lara que não se fazia tal coisa, que se alguns meninos o faziam estava errado.

Bom… se calhar vou continuar a dizer-lhe que prejudicar alguém seja de que forma for é errado, mesmo que outros o façam. As outras coisas que não prejudicam ninguém… bom, vou só dizer-lhe que não faz mal ser diferente, que talvez ela possa e queira escolher fazer diferente, sem dizer que eu é que estou certa e os outros errados. J

Para a próxima espero mesmo lembrar-me disto.