Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sex | 22.04.16

Pudim de banana sem açúcar

pudim sem acucar


Creio que podia fazer um livro de receitas só com doces de banana sem açúcar: pudins, bolos, pães, bolachas, panquecas… Parece que cada receita que publico leva banana. E canela. E aveia. 

Para não variar muito cá vai mais uma, desta vez um pudim de banana com leite de côco.

A receita não é muito doce. Este pudim é mais fresquinho, agradavelmente doce e com um toque diferente proporcionado pelo leite de côco.

Cá em casa até o namorado aprovou. Ele é sempre um bocadinho mais critico nestas coisas e já está farto de doces de banana.

Já eu e a Lara estamos bem contentes e consolamo-nos com os bolinhos que vou fazendo.

Cá vai a receita do pudim de banana:

  • 8 a 10 bananas dos Açores bem maduras cortadas em pedaços
  • 1 lata de leite de coco (200 ml)
  • 2 ovos inteiros
  • Canela em pó
  • Óleo e farinha para untar a forma (como uso de silicone não preciso untar)

Bater com todos os ingredientes no liquidificador ou na bimby durante 20 segundos na velocidade 7.

Colocar numa forma de pudim e levar ao forno a 220 º durante cerca de 30 minutos ou até ficar cozido.

Receita original aqui.

Espero que gostem.

Bom apetite!

Qui | 21.04.16

Diferenças entre a primeira e a segunda gravidez

gravidez

 

 

Este é um texto totalmente pessoal. Não é baseado em nenhum dado científico ou verdade universal, apenas na minha experiência pessoal que, tanto pelo que sei, pode ser totalmente diferente da de milhares de outras mulheres.Em termos emocionais não verifico grande diferença. A segunda gravidez é tão desejada como a primeira e as preocupações com o bem estar do bebé são exatamente os mesmos, nem maiores nem menores.

 

Em termos físicos, já existem muitas diferenças:

 

- A minha barriga cresceu muito mais depressa. Com 8 semanas já me sentia grávida de 3 meses. Com 3 meses grávida de 5 e, com 6 meses, grávida de 8.

 

- A barriga também ficou mais descaída logo de início e a cintura mais larga.

 

- O cansaço é enorme e começou muito mais cedo. Isto (quase de certeza) deve-se ao facto de ter uma filha de 2 anos numa fase em que exige muito de nós fisicamente.

 

- Tenho muito mais cãibras e começaram muito mais cedo. Tive imensas na barriga, principalmente quando pegava na minha filha ao colo e tive que fazer um suplemento de magnésio para melhorarem.

 

- O sono dos 3 primeiros meses manteve-se até aos seis meses. Agora, a entrar no sétimo mês, as coisas melhoraram um pouco.

 

- Engordei mais e mais cedo. Não engordei muito mais mas, definitivamente mais do que na primeira gravidez em que engordei  9 quilos no total. Desta vez, aos 6 meses já tinha engordado 8 quilos. A roupa que me servia quando estava grávida de 9 meses da Lara, aos 6 meses da segunda gravidez já me estava apertada.

 

- Tive muito mais desejos por doces. Isto pode dever-se ao facto de não ter ficado com diabetes gestacional nesta gravidez e ter relaxado mais, mas houve uma altura em que comia um gelado todos os dias. Parecia que não conseguia mesmo resistir.

 

- Desta vez tenho mais dificuldade em mexer-me. Logo aos 6 meses comecei a andar como um pato e ontem já tive que pedir ao Milton que me atasse os ténis, coisa que nunca me lembro de ter acontecido na primeira gravidez.

 

Também tenho muito mais dificuldade em baixar-me e carregar pesos.

 

- Sinto o bebé a mexer muito mais do que na primeira gravidez. Não sei se ela será mais mexida que a Lara ou se sou eu que estou mais sensível mas às vezes parece está a esticar-se toda e as passar as mãos pelo interior da barriga. É um bocadinho caricato mas não deixa de ser bom.

 

Em relação a outras coisas como a preparação do enxoval também não vejo grandes diferenças. Quase tudo o que a Lara usou foi emprestado e agora vai ser muito semelhante, até porque grande parte da roupinha e das coisas já foram da Lara.

 

Está tudo a ser preparado com muito amor e muita tranquilidade. A principal diferença é que estou mais experiente mas, também, mais perra e trapalhona.

Sab | 16.04.16

Demos banho ao coelhinho

banho coelhinho 3

 

A Lara anda numa fase em que não larga a chucha nem o coelhinho com que dorme sempre.

 

Leva-o para a creche, para o parque, para o jardim... todo o lado. O resultado é a cor do coelhinho ter mudado de rosa pálido para uma cor indefinida a que podemos chamar de "encardido básico".

 

Um dia destes decidi que estava na altura de o lavar e, para tentar minorar qualquer aborrecimento que a miúda pudesse sentir por ficar sem o coelho durante uma pequena temporada, optei por envolvê-la na operação.

 

Pusemos água morna e detergente no bidé e mergulhámos lá o coelho.

 

A Lara gostou imenso de "dar banho" ao coelhinho. Esfregou-o afincadamente (a água ficou castanha) e manteve-se sempre muito tranquila e participativa.Na hora de o colocar a secar a história foi outra.Começou a ficar muito aflita e, quando o viu pendurado no estendal, começou a chorar.

 

Expliquei-lhe com muita calma que ele estava molhado e precisava de secar. Que ela iria dormir com o coelhinho mais pequeno (que passaria a ser o coelho da rua, que levava consigo sempre que saísse). Chorou mais um bocadinho mas acabou por compreender e aceitar.Para evitar lavá-lo todas as semanas, ficou instituído que o coelhinho maior é o de casa e o outro (praticamente igual mas mais pequenino) é o que levamos a passear connosco.

 

Acho muito curioso este apego ao coelhinho.

 

Sempre que está triste ou abatida procura logo por ele para lhe dar conforto e gosta sempre de o ter por perto em algumas situações, como quando toma o pequeno almoço.Já tinha ouvido falar da importância do "brinquedo de conforto das crianças" mas não me tinha apercebido do impacto emocional dele. É espantoso como aquele coelhinho gasto e amarfanhado é capaz de dar tanta segurança a uma criança.

 

 

banho coelhinho 4

 

banho coelhinho

 

banho coelhinho 2

Sex | 15.04.16

Quiche de chouriço e fiambre: simples, rápida e deliciosa!

quiche de chouriço

Com duas filhas pequenas e um tempo reduzido, estou sempre à procura de receitas rápidas e simples.

Para além de fáceis, têm de ser deliciosas, uma vez que comer é uma das minhas atividades preferidas.

Sendo assim, partilho convosco uma das receitas mais simples e rápidas que conheço. Serve para almoço, jantar, para piqueniques e convívios com amigos. Resulta sempre bem e é do agrado de todos. Sucesso garantido.

Segue a receita:

Quiche de chouriço e fiambre

Ingredientes

– 1 embalagem de massa folhada
– 1 lata de cogumelos laminados
– 200 g de mistura de chouriço e fiambre para pizzas
– 200 g de queijo ralado
– 5 ovos
– sal, pimenta e orégãos qb
– pão ralado (opcional)

Colocar a massa folhada numa tarteira e picar o fundo e os lados com um garfo.

Colocar os cogumelos em cima da massa e, em seguida, o chouriço misturado com o queijo ralado.

Bater os ovos com sal, pimenta e orégãos e distribuir uniformemente sobre os ingredientes na tarteira.

Polvilhar com pão ralado.

Vai ao forno pre aquecido a 180º graus durante 30 a 40 minutos ou até a massa folhada ficar dourada.

Servir com uma salada verde.

Bom apetite!

Sex | 15.04.16

Sobre a minha forma de observar as pessoas

Brin Molko 77

 

Quando vou a um concerto quero sempre ficar na fila da frente.

 

Faz-me mesmo muita diferença não ficar no sítio mais próximo possível dos músicos. Gosto de ouvir música ao vivo mas é muito mais do que isso. Gosto de observar as pessoas ao pormenor: as expressões da cara, a direção do olhar, o desalinho do cabelo, a forma como mexem as mãos, a forma como olham para o público ou, melhor do que isso, a forma como não o fazem e estão completamente inebriados na música que fazem.

 

Poucas coisas me causam tanto interesse como observar pessoas a fazer aquilo que mais gostam e aquilo que melhor fazem. Isto aplica-se a tudo: gosto de ver uma pessoa a cozinhar, a tratar do filho, a costurar, a dançar, a pentear alguém... mas é difícil observar as pessoas diretamente sem parecer um "freak". Então, aproveito para observar as pessoas que estão em palco e, certamente, não ficarão surpreendidas ou incomodadas se alguém as estiver a observar com atenção.

 

Comecei a reparar nesta minha mania quando ia a concertos e me punha a observar os dedos dos guitarristas, a forma como pareciam dançar numa performance própria e isolada de tudo o resto. Ou quando ia a uma discoteca e ficava a observar o que o DJ fazia e a forma como parecia muito concentrado a mexer naqueles "botões".

 

Também observava as pessoas, durante os jantares, que se mantinham caladas a brincar com os guardanapos e a fazer pequenas construções com os objetos decorativos sobre a mesa. A forma como se alheavam do resto das pessoas e ficavam ali, no seu mundo, a criar qualquer coisa ou a imaginar qualquer coisa de que só eles conheciam os contornos, sempre me atraiu muito.

 

Por isso, se alguém me apanhar a olhar para si com um ar meio estranho, não precisa de se assustar "muito". Não estou a julgar nem a criticar interiormente. Estou mesmo só a observar alguma coisa que acho muito interessante. 

Qui | 14.04.16

Mudei de casa 10 vezes #2

Um quarto na cave de um bairro africano

 

funny_little_frog

 

 

Tenho a capacidade fantástica de criar a minha vida na minha própria cabeça e torná-la tão intensa que compete com vantagem com a "realidade material".

 

Fiz isso durante muitas fases da minha vida e, na segunda casa onde vivi depois de ter saído de casa dos meus pais, fazia-o de uma forma que ainda está completamente vívida na minha caixinha de memórias.Depois de ter saído da Ramada, fui viver para casa de uma conhecida do círculo de amigos do meu namorado da altura. Foi uma decisão precipitada e má (não a de ter saído da casa anterior, mas a de ter ido para ali) de que falarei mais à frente.

 

A casa ficava num bairro de Odivelas, maioritariamente habitado por africanos e árabes. O ambiente do bairro era bom e eu gostava da mistura cultural que havia por ali. Existiam lojas com produtos fantásticos, daqueles que não se encontram em mais lado nenhum.

 

O único problema é que a casa ainda ficava um pouco longe do metro e todos os dias eu vinha do trabalho de metro e tinha que andar um bom bocado a pé, depois da uma da manhã, passando por locais muito duvidosos. Na altura era mais corajosa (ou louca) do que agora, mas o facto é que nunca tive problema nenhum.

 

A casa ficava numa cave e eu alugaria um quarto que tinha uma janela interior para o hall de entrada.

 

Era uma casa escura e pouco agradável (embora também não fosse desagradável de todo), com um ar húmido e antigo, e um cheiro constante a fumo. Como era na cave e não existiam janelas para o exterior a não ser na sala comum, onde estava sempre a filha da dona da casa com o namorado e montes de amigos, eu passava muito tempo na zona onde se estendia a roupa. Era uma espécie de pátio com uma janela coberta por uma rede para o exterior. Ficava ali para poder fumar sem encher a casa de (mais) fumo. Sentava-me em cima de uma caixa de madeira, fumava o meu cigarro e ficava a ouvir esta música em repeat e a escrever histórias de amor na minha mente.

 

Curiosamente pensava muito naquele que viria a ser meu namorado em breve.Um dia mostrei-lhe a música. Ele odiou-a. :) Não achava piada nenhuma àquilo.Eu não me importava. Era a banda sonora das minhas alucinações racionais naquela altura e isso só a mim dizia respeito. :P

 

Voltando à casa, aquele quarto interior foi o sítio onde menos gostei de viver até hoje.

 

Na verdade pouco vivia ali, como pouco vivia em todas as casas onde vivi "sozinha". Os quartos que aluguei eram mais um sítio onde tinha as minhas coisas e uma garantia de teto se me chateasse com o meu namorado. Olhando para trás, era mesmo isso. Passava todos os dias e noites fora de casa e muito raramente dormia ali.Se tivesse passado ali mais tempo, teria saído mais cedo.

 

O quarto principal era ocupado pela filha da dona da casa e pelo namorado. Nunca fomos amigas. Éramos demasiado diferentes. Tinhamos uma relação de cortesia, que às vezes me soava a amizade forçada, e era só. Simpatizava muito mais com o namorado dela, que era açoriano e viria a encontrar anos mais tarde nos Açores quando vim viver para cá. Ele parecia-me mais genuíno, simpático e interessante.

 

O facto é que eles eram daquelas pessoas demasiado "à vontadinha" para a minha forma reservada de ser. E as dezenas de amigos que pululavam pela casa a toda a hora também.

 

Ouvia os visitantes a falarem das "minhas sopas" na cozinha, depois de abrirem a panela para espreitar, dei com uma criancinha a passear um peluche do meu quarto pela casa e quando ia buscar um pão ao congelador para comer (praticamente a única coisa que eu tinha no congelador) era informada de que tinha sido retirado para dar lugar a um polvo. Diziam-me a rir "Ou ocupar o espaço com pão ou com um polvo não é?". É pá. Não é. É o meu espaço, aluguei-o e se prefiro pão a polvo ninguém tem nada com isso. Quando aluguei a casa ninguém me tinha dito que podia ocupar um pouquinho do congelador mas só se fosse com produtos que custassem mais do que 5 euros.

 

Um dia entrei em casa e estava lá um rapaz de capuz, com um ar caricato. Ele apresentou-se, cumprimentou-me com dois beijinhos, e encetou conversa dizendo que seria ótimo conversarmos um bocadinho para nos conhecermos melhor. Bem... até o achei simpático mas, andando a correr como andava sempre, indiquei rapidamente que não teria tempo para o conhecer melhor.

 

O meu quarto tinha o teto cheio de estrelas florescentes, que transportava comigo há anos para onde quer que fosse e uma colcha de criança, com flores pequeninas coloridas que ainda hoje tenho. Até era fofinho e agradável mas o dia em que me senti melhor lá dentro foi aquele em que arrumei as minhas tralhas em pouco mais de uma hora para nunca mais lá voltar. Isto depois de uma acesa discussão com a rapariga que lá vivia acerca do pagamento de umas contas de TV e Internet. Tendo em consideração que mal lá parava, estava com pouca vontade de pagar avultadas quantias mensais por um serviço que, ainda por cima, chegava mal e porcamente ao meu quarto. Muitas vezes tinha que invadir o quarto alheio (algo combinado previamente com a rapariga) para ajeitar a antena da TV e poder ver uma série, nas raras vezes em que estava em casa, com uma imagem sem qualidade nenhuma.

 

Enfim... viver ali era no mínimo sufocante. Mas admito que era por uma questão de incompatibilidade de personalidades, facto pelo qual tenho 50% da culpa.Dali sairia para Benfica, a 10 minutos a pé do Centro Comercial Colombo, para dividir casa com mais  quatro raparigas que não conhecia.

 

Essa foi uma experiência boa. Falarei dela depois.

Ter | 12.04.16

Fiquei num Hostel pela primeira vez

Aos 34 anos e grávida de quase 7 meses.
 
Pergunto-me agora porque é que nunca terei ficado num hostel antes... Não sei bem.
 
Desta vez escolhemos um hostel porque tivémos que passar uma noite em Lisboa, antes de regressarmos a Ponta Delgada, e todos os hotéis com preço e localização razoáveis estavam cheios.
 
Sem outra opção viável em termos de preço, optámos pelo hostel "Feel Lisbon B&B", mesmo no centro da baixa de Lisboa.
 
Por acaso, desde que sou mãe, acho que me tornei menos esquisita e muito mais prática. Quando percebi que a casa de banho era partilhada e provavelmente iriamos ouvir barulho a noite toda não me importei nada. Mesmo nada. Não poderia ser muito diferente de acampar e certamente que seria muito melhor que a estadia no hospital, onde passei 5 noites quando a Lara nasceu, com casa de banho partilhada e o barulho constante de choros de bebés (mais precisamente da minha bebé que parecia nunca parar de chorar).
 
De modo que pelas 21 horas estavamos a subir ao primeiro andar de um edifício antigo restaurado, da baixa lisboeta, que tinha toda a envolvência e carisma que só os prédios antigos de Lisboa têm.
 
Abriu-nos a porta do que parecia ser um apartamento comum uma rapariga de pouco mais de 20 anos, de ténis pretos, roupa de algodão confortável, bonita e de nacionalidade difícil de adivinhar. Falou-nos num inglês com sotaque que não conseguimos adivinhar.
 
Gostei automaticamente do sítio: papel de parede branco com suaves motivos cinzentos, decoração simples e de bom gosto, uma sala de estar com um excelente ar, entre o chique e o confortável, com várias mesinhas para dois com plantas, sofás, uma TV, muitas revistas interessantes, uma pkaystation, cozinha totalmente equipada onde havia café, vários tipos de chá e até fruta na dispensa.
 
O quarto era pequeno mas bonito e agradável. As casas de banho (4 para 9 quartos) também eram bastante aceitáveis: impecavelmente limpas tinham como único problema um cheiro desagradável a esgoto, que se devia a um problema na canalização de que o dono do Hostel nos falou na manhã seguinte.
 
Dormi lindamente e não ouvi barulho nenhum. Ainda ficámos um bocadinho na sala de estar a ler e a beber chá, mas não vimos ninguém.
 
Na manhã seguinte, já depois do banho na casa de banho partilhada (que decorreu como se estivesse na minha própria casa) fomos surpreendidos por um pequeno-almoço muito simpático que o próprio dono do Hostel (um rapaz barbudo com um ar muito descontraído e cerca de 30 anos com quem o Milton encetou conversa) estava a confeccionar.
 
Comi ovos mexidos, queijo, um pãozinho de sementes (existiam vários tipos de pães, fruta fresca, iogurtes, compotas, etc), um iogurte, sumo de laranja, um bolinho de fruta e um café.
 
Desta vez já encontrámos vários casais de diferentes nacionalidades que ali estavam hospedados.Posso dizer que adorei a experiência e vou certamente preferir um hostel da próxima vez que for a Lisboa. Além do preço ser muito mais simpático, o ambiente é mesmo muito diferente de um hotel. Ali sentimo-nos mesmo em casa. Numa bonita e aprazível casa partilhada. Senti-me com menos 10 anos... ou 15.
 
Recomendo muito este hostel a todas as pessoas que prezam o mesmo que eu na estadia durante uma viagem: localização, preço, ambiente e pequeno-almoço. Pagámos cerca de 40 euros.
 
Com a exceção daquele tipo de férias em que vamos para um resort e só queremos descanso, praia, comer e dormir o que procuro numas férias é um sítio para dormir, tomar banho e comer de manhã. O resto do tempo é para passear e conhecer a cidade.Deixo-vos algumas fotos do hostel que não lhe fazem justiça mas podem dar uma ideia de como é.
 
 
Fotos da gerência
 
 
FL 1
 
 
FL 2
 
 
FL 3
 
 
FL4
 
 
FL5
 
 
FL7
 
 
FL8
 
 
 
As minhas fotos
 
 
Feel Lisbon 5
 
 
Feel Lisbon 8
 
 
Feel Lisbon 9
 
 
Feel Lisbon
Dom | 10.04.16

Como perturbar um budista

iphone-partido
 
 
O meu namorado é a personificação da tranquilidade budista.
 
 
Aparentemente nada o perturba o que, confesso, às vezes me irrita um bocadinho.
 
 
Eu, que tenho que batalhar tanto e todos os dias para manter a compostura e não ceder às picadas trocistas e insistentes das emoções, que tiro cursos de budismo e psicologia positiva online (sugeridos pelo meu pacífico companheiro) para tentar encarar a realidade de uma perspetiva racional e controlar a parafernália de pensamentos hiperativos que pululam na minha mente a cada instante, eu partilho a cama e a mesa (e o chuveiro) com uma autêntica réplica de buda.
 
 
O mundo pode estar a desabar e o Milton estará a relaxar numa esplanada à beira mar, com um cigarro numa mão e uma cerveja fresca na outra. Ou então a dormitar num sofá confortável.
 
 
Numa tarde dessas ocorreu irmos trocar umas coisas à sportzone. Na fila para a caixa o Milton tirou o telemóvel do bolso e, antes de percebermos o que tinha acontecido, o iPhone 6 no chão, o ecrã para cima, enfeitado com uns raios assimétricos brancos, que eu acreditei por segundos serem pó ou pelos de gato. Acho que ele também pensou o mesmo porque mantinha a calma do costume.
 
 
Ao pegar nele o choque: o ecrã todo esfanicado.
 
 
Olhei para ele.Pálido.Quase verde.Pensei que ia cair para o lado, que ia ter um ataque, que ia desmaiar.Aquilo sim, era estar perturbado. E muito.
 
 
Mais tarde ele explica-me que teve a sensação de lhe terem arrancado um braço. Caramba! Nem eu me sinto assim quando me enervo.
 
 
O iPhone, é uma das principais ferramentas de trabalho do Milton mas é mais do que isso: é como uma extensão dele próprio. Creio que sente verdadeiro afeto pela coisa.
 
 
Felizmente estávamos em Lisboa e pudemos ir arranjá-lo ao parque das nações, mesmo antes de irmos para o aeroporto.
 
 
Apesar dos 160€ de conserto, tivemos sorte. O ecrã ficou com garantia de 10 anos em caso de defeito e o Milton jura que este ecrã é muito melhor que o antigo. Fomos aqui.
 
 
Para melhorar tudo, o serviço foi muito bom. O rapaz que mos atendeu estimou uma hora para trocar o ecrã. Mostramo-nos apreensivos porque tinhamos que estar no aeroporto numa hora e pouco.
 
 
Ele disse que apesar do estimado ser uma hora, ligava para o meu telemóvel se conseguissem antes. Em meia hora o telemóvel estava pronto. Isso é que é fazer uma boa gestão das expetativas do cliente.
 
 
Em suma, apesar de tudo, viemos para casa todos contentes e o Milton regressou aos Açores com a carteira mais leve mas com a tranquilidade do costume e, quiçá, meio atordoado pela positiva com o seu ecrã novo e brilhante como nenhum outro.
Sex | 08.04.16

Descobri a melhor sobremesa de sempre!

folhado-de-maca

Isto foi a melhor invenção gastronómica dos últimos tempos!

É doce, não leva açúcar nem outros ingredientes perniciosos e é a coisa mais tola de fazer de tão simples que é.

Sabem que para mim, as receitas têm que ter 3 características essenciais:

– Têm de ser tão simples de fazer que até uma criança de 5 anos faria.
– Têm de ser deliciosas porque eu adoro comer e sou um bocadinho esquisita.
– Têm de ser saudáveis e, se possível, não levar açúcar, para que eu e as crianças possamos comer à vontadinha.

Descobri esta ideia aqui mas só a coloquei em prática há uns dias.

É tão simples como isto:

Preencher um quadrado de massa folhada com pedaços de pêra polvilhados de canela.


Enrolar.

Levar uns minutos ao forno. E voilá.

Fica uma delícia!

Eu optei por enrolar no formato de torta e acabei por fazer um folhado comprido.

Deixei foi tempo a mais no forno e ficou demasiado dourado (ou castanhinho vá).

Basta deixar uns 10 minutos – dependendo do forno – mas o melhor mesmo é ir vigiando sempre para não deixar queimar.

Acho que já podia fazer um livro com receitas saudáveis e saborosas só de 3 ingredientes.

Ficam as fotos que não fazem justiça nenhuma à delícia que ficou. 

folhado-de-maca-3
folhado-de-maca-4
folhado-de-maca-2

Sex | 08.04.16

Técnica infalível para fazer uma criança de 2 anos tomar comprimidos

comprimido

 

A Lara está com laringite e muita tosse e, depois de consultarmos a pediatra, estamos a fazer um tratamento que inclui tomar um comprimido por dia, durante 15 dias.

 

De todas as vezes que esteve doente, a Lara já teve que levar os clássicos supositórios, tomou xarope e fez inalações com uma bombinha de asma e tudo decorreu mais ou menos bem.

 

Mas com os comprimidos é um bocadinho mais difícil.

 

Começámos por coloca-los misturados com algo que ela gostasse de comer como iogurte e papa de fruta mas, se isso resultou uma ou duas vezes, depois ela colocava a comida na boca e cuspia o comprimido (que já tinhamos partido em bocadinhos).

 

Tentámos coisas diferentes todos os dias: misturá-los com gelatina, com chá (ainda estou para perceber como é que o pai a convenceu a beber todo o chá com o comprimido desfeito) e até uma banana eu artilhei na ponta, com vários bocadinhos de comprido.

 

Como ela vai percebendo que tem ali o comprimido e alguma coisa se passa, temos que usar sempre técnicas diferentes, mais para a distrair do que para a enganar.

 

Hoje, estávamos sem imaginação.Não tinhamos bananas e ela não queria fruta, nem iogurte.

 

De repente, tive uma ideia brilhante. Ou desesperada. Depende do ponto de vista.Atentem bem ao que vou dizer porque é uma técnica bastante complexa e rebuscada.

 

Nem sei como é que a minha mente foi capaz de pensar nela tão claramente.

 

Então foi assim. Anotem por favor.

 

Parti o comprimido ao meio.

Disse-lhe para por metade na boca.

Dei-lhe a garrafinha de água e disse-lhe para beber um pouco.

 

Após este difícil movimento, dei-lhe a outra metade do comprimido e repetimos o processo. Pegou na sua garrafinha, bebeu a aguinha e engoliu o comprimido.

 

E ainda pediu mais.

 

Foi isso.