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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sab | 20.02.16

Uma tarde de caca ou como sobreviver à gastroenterite da filha

fraldas

 

Na quinta-feira ele saiu mais cedo e conseguimos ir os dois buscar a Lara à creche.

 

Ela parecia bem disposta, como sempre, e lá fomos para casa com ela a tagarelar lá atrás no carro.De repente, um cheiro a laranja azeda ou melhor, a arroto de laranja azeda. Olhei para ele, ele olhou para mim, e concluímos que tinha sido a Lara.Chegámos a casa e tudo decorreu normalmente ou assim nos pareceu.

 

Dei banho à Lara (ela reclamou um bocadinho) e sequei-lhe o cabelo (ela reclamou muito, guinchando e tentando fugir, mas como já é mais ou menos normal não liguei).Brincámos e depois o pai ficou com ela a brincar no quarto.

 

Já perto da hora de jantar o Milton chama-me porque ela estava a vomitar. Foi a segunda vez que ela vomitou. Mantivemos a calma e ajudámo-la como pudemos a vomitar mais, ali mesmo, na carpete peluda e branquinha do quarto. Um grande lago azedo de laranja com sementes de papoila depois, mudamos-lhe a roupa e limpámo-la com toalhitas. Ela reagiu tão bem quanto possível, dadas as condições. Não chorou e confiou em nós para a ajudarmos. Quando fica doentinha ou aflita fica mais sossegada e fica muito mais meiguinha connosco. Parece que fica feliz por estarmos ali a tratar dela (isto sou eu a fantasiar).

 

Não a forçámos a comer e demos-lhe água e chá de funcho.

 

À noite estava tão animada e mexida como sempre e ao fim de mais de meia hora de brincadeira na cama adormeceu.Acordou várias vezes a meio da noite e, de madrugada, bebeu muita água e quis comer bolachas. Comeu quatro bolachas maria com uma rapidez incrível e voltou a dormir. A barriga ainda estava a fazer barulhos de escoamento de líquidos mas não se passou mais nada.

 

De manhã o Milton achou que estava abatida e ficou em casa com a avó.Tudo muito bem. Não vomitou e fez dois cocós duros e um dois mais molinhos até eu chegar a casa, pelas 17h30.Começou aqui a festa da caca.

 

Em 15 minutos fez um cocó líquido (vulgarmente conhecido por diarreia) que mudei prontamente. Sujou só um bocadinho o body mas mudei-lhe a roupa toda.

 

10 minutos depois, oiço umas três descargas líquidas bastante fortes e pensei que, caso fosse continuar dentro de minutos, mais valia aguardar por mais antes de mudar a fralda. Passados 5 minutos mudei de ideias e peguei na Lara para lhe mudar a fralda. Estava praticamente sentada numa poça de cocó, com a roupa toda suja.Foi diretamente para a banheira.10 minutos depois do banhinho tomado, nova cagada.

 

Roupa toda mudada. Alguns minutos depois a mesma coisa.

 

Quando o pai chega estamos as duas a precisar de mudar de roupa outra vez. Peço-lhe para ir ao supermercado comprar fraldas mais pequenas porque aquelas deviam ser grandes demais para deixar passar o cocó tão facilmente.

 

Entretanto faço uma papa de cebola, arroz e cenoura para ajudar a prender um pouco aquela diarreia. Como sou uma pessoa muito otimista fiz logo 6 doses.

 

O pai chega e experimentamos as fantásticas fraldas novas.Tentamos impingir-lhe o puré de arroz e cenoura mas ela cospe e recusa-se a comer aquilo. Olho desconsolada para as outras 5 doses arrumadas em marmitas de vidro. O meu namorado, simpaticamente, oferece-se para as ir comendo. "Aproveito para expelir uns tijolos para as obras cá em casa." brinda-me ele com o seu humor sempre muito charmoso.

 

As fraldas revelam-se tão boas como as que tinhamos. Nova cagada e nova muda de roupa.

 

Desta vez esprememos um bocado os neurónios e resolvemos usar duas fraldas.

 

A Lara come um bocadinho de pão torrado e vamos deitá-la. Como está cansadinha e não dormiu a sesta adormece rapidamente.Agora é orar para haver não festa de noite.

 

 

Pontos positivos a reter:

 

-Ainda bem que tinhamos o roupeiro da Lara cheio de roupa lavada e cheirosa. Pudémos garantir 7 mudas de roupa num dia de inverno.

 

- Fiquei feliz por não ter ficado aflita quando vi a Lara a vomitar. Conseguimos transmitir-lhe calma e segurança e isso refletiu-se na sua própria reação calma, apesar de tudo.

 

 

Pontos a melhorar bastante:

 

- Lembrar-me de não fazer mais de duas doses de papa caseira duvidosa. É melhor ver primeiro se a rapariga vai comer aquilo para não correr o risco de estragar comida. Felizmente o pai parece não se importar de ver o seu cocó transformado em tijolos nos próximos dias

 

.- Tentar ter um pensamento mais rápido e optar logo por usar duas fraldas antes de gastar 10 fraldas numa hora como aconteceu hoje.

 

Ps: Na manhã seguinte, o truque das duas fraldas revelou-se um sucesso. Aguentou-se perfeitamente sem fugas de cocó e, consequentemente, sem roupa suja e sem chatices.