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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Seg | 30.11.15

A minha filha não me deixa dormir na cama dela

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Sempre ouvi falar de pais que ficam um pouco ao lado dos filhos, nas caminhas, até eles adormecerem.

 

Com a Lara não é assim.  Aliás, é o contrário disso. Se me deitar na caminha dela (que é bem fofa e confortável) fica toda irritada e puxa-me logo de lá.

 

Começa por retirar a almofada debaixo da minha cabeça. Depois puxa-me pela mão até eu sair da sua preciosa cama.

 

Confesso que às vezes faço de propósito. No outro dia a Lara estava a brincar com o pai no quarto.

 

Apetecia-me ir para o pé deles mas estava com uma grande moleza em cima. De modo que me enfiei na cama dela, puxei a colcha de florzinhas para cima e fingi que estava a dormir. A Lara ficou tão irritada que começou a dar pontapés nos brinquedos. Depois veio puxar-me da cama.

 

Bem... pelo menos não acontece só comigo.  Em geral, ela não quer partilhar a cama com ninguém.Só é permitido, a mim e ao pai, permanecer na caminha ao lado dela enquanto estamos a ler a história antes de dormir.

 

Depois é beijinho de boa noite, apagar a luz e deixá-la adormecer confortavelmente e em privacidade na sua cama.

Sab | 28.11.15

12 anos de Escravidão

12anos de escravidão

 

Este é o livro que me tem acompanhado em viagens e que leio à noite.

 

Ao contrário do que é costume estou a ler a versão digital, é mais prático para ler na cama, sem ter que ligar a luz  e também para levar em viagem.Já tenho este livro, junto de dezenas de outros, no iPad há meses.

 

Numa das últimas viagens que fiz, resolvi experimentar. Não estava muito ansiosa por lê-lo porque já tinha visto o filme baseado no livro e, por norma, prefiro ler os livros primeiro.

 

Fiquei muito surpreendida pela positiva.O livro é muito cativante.Confesso que tive receio que fosse demasiado dramático ou "forte" mas não. Claro que a história é intensamente dramática mas, talvez pelo personagem ser o próprio narrador e por ser um homem notável, o livro não nos provoca nenhum mal estar.

 

A escrita é simples, muito racional e destituída de qualquer floreado desnecessário. É um relato de acontecimentos, a partir dos olhos de quem os viveu e de quem os pensou racionalmente.

 

Este homem excepcionalmente educado e inteligente, foi raptado e escravizado durante 12 anos, no entanto, com inteligência e muita presença de espírito, nunca se acomodou ao papel de vítima. Usou sempre a sua inteligência e espírito para suportar da melhor forma o dia a dia, até conseguir voltar para junto da sua família.

 

Ainda vou a meio do livro mas, a cada capítulo sou confrontada com uma realidade que, apesar de saber que existiu, me deixa completamente horrorizada. E, da forma factual que é contada, ainda me parece mais bizarra e difícil de entender.

 

Apesar da história surgir no género "Romance", trata-se de um documentário biográfico em livro.

 

Curiosamente, ou não, conseguimos encontrar muitos paralelismos entre a realidade daquele tempo e a realidade humana e social dos nossos dias. De facto, o que define o carácter de um homem é intemporal.

 

Aconselho o livro a todos, mesmo a jovens de 14 anos.

Sex | 27.11.15

Um autêntico sótão da avó

O vintage está na moda há algum tempo: as roupas voltaram aos modelos e padrões dos anos 60, os livros escolares do tempo do Estado Novo voltaram às livrarias, os bares têm uma decoração cada vez mais retro e até os penteados voltam a usar-se todos arrufados em cima da cabeça.Por mim, perfeito. Adoro! E surpreendo-me sempre que encontro mais uma lojinha com coisinhas do tempo da avó Joaquina.

 

A minha mais recente descoberta deu-se na marginal de Ponta Delgada, na loja Maviripa.

 

Já a conhecia como loja de produtos regionais gourmet e lembranças dos Açores, mas ainda não tinha visto as novidades.

 

Encontrei um cantinho delicioso, cheio de brinquedos do tempo dos nossos pais. cavalinhos de pau, miniaturas de serviços de panelas de latão, balanças e máquinas de costura iguaizinhas a umas com que eu brincava em criança, quadros pequeninos de ardósia como se usava nas escolas nos anos 60 e montes de outros mimos vintage.

 

Achei tudo um pouco inflacionado mas acredito que muitas pessoas tenham vontade de comprar aquelas pequenas preciosidades.Eu fiquei bastante emocionada a olhar para aquilo tudo e a lembrar-me da minha infância.

 

É um fenómeno realmente curioso este do saudosismo... Nem eu sabia que também tinha disso.

 

 

 

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Qui | 26.11.15

Coisas que me fazem espécie #3

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Pessoas que têm blogs para falar mal de outras pessoas que têm blogs.

 

Claro que estamos todos vivos e nem sempre bem dispostos e é inevitável, uma vez ou outra, falarmos de coisas  e pessoas que não nos caíram no goto por algum motivo (ou este post não estivesse dedicado a "coisas que me fazem espécie).  Mas daí a fazer todo um blog sobre isso...

 

Custa-me a acreditar que se dedique tanto tempo e pensamentos a pensar mal de alguém e a espalhá-lo pela Internet. A sério?! Não há mesmo mais nada para fazer?

 

Nem sequer li nada sobre alguém de quem goste ou outra coisa qualquer. Lembrei-me apenas disso por passar num desses blogs hoje.

 

Às vezes os textos têm piada e muitos blogs criticam as pessoas de uma forma humorada e realmente gira. Desses gosto. E quando me identifico com as atitudes das pessoas criticadas ainda acho mais piada. Gosto mesmo de me rir de mim mesma!

 

Mas depois existem aqueles, que não tendo piada nenhuma (nem querendo ter), vivem só de esmiuçar os blogs alheios e proclamar bem alto a falta de moralidade de quem os escreve.

 

Faz-me impressão isso.

 

O tempo é tão precioso e o mundo, apesar de tudo, está tão cheio de coisas boas e de gente criativa e gira, que me custa ver o tempo que se perde a fazer coisas sem sentido nenhum.

 

Era isto. :) 

Dom | 22.11.15

Nas nossas manhãs de fim de semana...

Vamos quase sempre a um parque com a Lara. Desde que não chova, está claro.

 

Habituei-me ao Jardim António Borges. É relativamente sossegado, tem uma zona simpática para crianças, tem muitas árvores e plantas diferentes, lagos, patos, grutas e cantinhos giros.

 

O Milton acha-o um bocadinho húmido e escuro demais mas eu gosto bastante.Parece uma floresta dos contos de fadas em ponto pequeno. Parece mesmo! :)Hoje só tirei fotos na zona infantil por isso não dá para ver o jardim.

 

É difícil tirar a Lara do escorrega para ir dar uma voltinha. Se deixarmos, ela é capaz de andar 100 vezes seguidas de escorrega. Na creche é a mesma coisa. Praticamente todos os dias, quando a vamos buscar, ela está no escorrega.

 

Chego a ter alguma pena de não ter jardim, para instalar um escorrega para ela mas depois penso que assim temos um bom motivo para passear todas as manhãs do fim de semana.

 

 

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Sex | 20.11.15

5 lanches para crianças de 18 meses

Na creche da Lara o lanche é levado pelos pais.Para mim está ótimo assim, perfeito até! Como control freak que se preze, prefiro saber exatamente o que é que ela come.

 

De modo que, todas as manhãs, preparo a lancheira da Lara com um lanche (que nunca volta para casa, rica filha que aprecia como ninguém o que a mamã faz) composto por um iogurte e um "hidrato de carbono saudável".

 

Mando quase sempre iogurte porque a Lara não se orienta a beber de palhinha e não está habituada a beber leite simples, só mesmo nas papas de aveia. Desde que deixou de mamar (com cerca de 18 meses) que não temos insistido muito no leite de vaca. Se lhe dermos bebe, mas não muito e, acabamos por lhe dar apenas na papa e iogurtes.

 

Como come fruta ao almoço e ao jantar, também não costumo dar-lhe ao lanche. Às vezes coloco uma banana na lancheira, em vez do iogurte mas é raro.

 

Deixo aqui 5 lanches opções que costumo fazer para a Lara levar para a creche.

 

Seguem os lanches que acompanho com iogurtes naturais, com o mínimo de açúcar possível. Iogurtes magros não são uma boa opção porque têm corantes artificiais, pelo que os retirei dos lanches da minha filha e dos meus também. Costumava fazer iogurtes caseiros mas para a creche, em frascos de vidro, não são muito práticos.

 

pão integral com manteiga de amendoim

Pão integral com manteiga de amendoim.

 

tarte de aveia e Maçã

Tarte de aveia e maçã.

 

Brioches de laranja sem açúcar, recheados de manteiga de amendoim

Brioches de laranja sem açúcar, recheados de manteiga de amendoim.

 

Pão  7 cereais com queijo flamengo

Pão 7 cereais com queijo flamengo.

 

Tarte de banana e aveia

Tarte de banana e aveia.

Ter | 17.11.15

Loucuras de mãe ou "O que as Saudades fazem"

Lara bebé
 
 
Sempre senti um certo orgulho pelo facto de ser desprendida. Podia definir-me como uma pessoa pronta para, com muita alegria e entusiasmo, fazer as malas e partir a qualquer momento.
 
Continuo a adorar viajar, assim como continuo uma grande entusiasta da mudança.
 
No entanto, cada vez que fico longe de casa (por casa entenda-se o meu namorado e a minha filha) sinto- me estranha e solitária.
 
Acho que essa é uma das principais mudanças que se deram na minha vida desde que sou mãe. Já não gosto tanto de estar sozinha.
 
Continuo a gostar, claro. Gosto muito, e preciso, de estar sozinha de vez em quando. Preciso desse tempo comigo mesma para observar o mundo de uma forma peculiar, para usufruir de cada segundo de uma forma mais focada.
 
Mas agora acontecem- me coisas estranhas.
 
Há dois dias, precisei de viajar e, ainda não tinha saído do aeroporto, já estava a ver as fotos da minha filha no telemóvel, de lágrima no olho. Para manter alguma compostura, optei por não ver mais as fotos, até regressar.
 
Já no dia seguinte, enquanto fui comprar jantar a um centro comercial, vi um senhor com uma bebé ao colo, que não só teria a mesma idade da Lara, como tinha imensas semelhanças físicas. O cabelo com os mesmo caracóis finos castanhos claros, as bochechas desenhadas da mesma forma, as mãos gorduchas, aquela forma de estar tão característica dos 20 meses...
 
Quando dei por mim, estava a descer mais depressa a escada rolante e a seguir o homem e a criança...
 
Quando percebi que estava quase colada a eles e, provavelmente, com um ar de quem ia agarrar na criança a qualque momento, caí em mim e fui à minha vida.
 
Senti-me um bocadinho bizarra mas depois passou.
 
Passei o tempo todo ocupada e sem tempo para pensar demasiado.
 
Correu tudo lindamente, percebi que continuo a adorar viajar sozinha, mas tenho que controlar um pouco as saudades de casa...
 
O facto é que este é um sentimento muito novo na minha vida.
 
Também vos acontece o mesmo?
Seg | 16.11.15

Como entreter uma criança de 20 meses na cozinha ou "Como me tornei Guru de Educação"

Brincar com letras

 

Naqueles dias (raros já se sabe) em que temos que fazer qualquer coisa na cozinha e tomar conta de uma criança ao mesmo tempo e, por um ataque agudo de consciência, não nos apetece por-lhe um ecrã à frente, tento entreter a Lara com objetos números e coloridos que existam por ali mesmo.

 

Já foram molas, formas de gelado e fichas com receitas mas isso já não cola.O que tem colado, e muito bem, é um conjunto de letras magnéticas no nosso frigorífico. A Lara passa ali o tempo de eu fazer o jantar, lavar a loiça e, com alguma sorte, estender a roupa e por mais alguma a lavar.

 

Ela tira todas as letras do balde e aplica-as no frigorífico, tira-as e arruma no balde, muda-as de sítio, dá-me as cores que lhe peço, faz umas figuras abstratas com as letras e, quando se farta, atira tudo ao chão e pisa-as. O que é ótimo também.

 

Aproveito para treinar a educação. Adoro esta parte (ahahahahaha)! Sério.

 

Digo-lhe com muita calma que se ela continuar a proceder assim, terei que concluir que não quer brincar mais e colocarei as letras fora do seu alcance.Se ela volta a insistir, explico novamente que não é assim que se brinca com as letras, pois os seus atos podem danifica-las tornando-as imprestáveis. Isto com um ar muito sério.

 

À terceira, arrumo o balde com as letras. Ela começa a choramingar e eu explico que as suas ações têm consequências, que eu já tinha avisado o que iria acontecer e que deixar de brincar com as letras foi uma opção dela ao persistir num comportamento desadequado.

 

A Lara deixa de chorar e vamos para o quarto brincar com outra coisa qualquer.

 

Entretanto fico toda orgulhosa e cheia de mania que sou uma educadora fantástica. Dura 2 minutos. Depois dá-me um ataque de dúvida e começo a pensar que, de facto, ela já estava farta de brincar com aquilo e que lhe pareceu muito bem que eu arrumasse. E que até terá ficado aborrecida por só lhe ter retirado aquilo da frente à terceira. Será?! 

Sex | 13.11.15

Bolachinhas de Aveia na Bimby

bolachas de aveia

 

Hoje apeteceu-me fazer bolachas.

 

Como não podiam ser muito perniciosas fiz de aveia e usei açúcar amarelo.

 

Pesquisei umas receitas na net, adaptei aos ingredientes que tinha, coloquei menos açúcar, um bocadinho mais de aveia e... não é que ficaram uma delícia?!Parece que a doceira que há em mim, resolveu aparecer hoje.

 

Como quero repetir a receita vou deixa-la aqui, exatamente como fiz.Se alguém fizer, digam-me como ficou. :)

 

Ingredientes

 

- 100g de manteiga amolecida

- 1/2 chávena de açúcar amarelo

- 1 ovo

- 1 colher de chá de baunilha em pó

- 1 pitada de sal- 1/2 colher de chá de fermento em pó

- 3/4 de chávena de farinha (preencher o restante da chávena com aveia)

- 1 de chávena de flocos de aveia

- 1/2 chávena de coco ralado

- 2 colheres de sopa de canela em pó

- sultanas a gosto

 

Misturar a farinha com o fermento e reservar.

 

Colocar todos os ingredientes no copo da bimby (exceto o coco e a canela em pó) e misturar na velocidade 7, durante 2 minutos.

 

Separar metade da massa para uma tigela e misturar (mesmo com as mãos) o coco ralado.

 

Fazer o mesmo com a outra metade da massa, juntando as sultanas e a canela em pó.

 

Moldar as bolachinhas com formas ou em forma de pequenos biscoitos, colocar num tabuleiro forrado com papel vegetal e levar ao forno, pré aquecido a 180º, por cerca de 10 minutos.

 

Ficaram deliciosas!

 

Cá em casa todos adoraram!

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